Assim,
enfrentando todas as probabilidades hostis no labor espiritual junto à Terra,
os guias precisam estudar previamente o ambiente fluídico onde devem operar
através dos encarnados que lhes servirão de medianeiros. Analisam os fluidos
ambientais, as auras perispirituais e as correntes magnéticas que poderão
influir na receptividade mediúnica; investigam desde as amizades terrenas, e
quanto ao tipo dos espíritos desencarnados que poderão influir futuramente em
suas comunicações doutrinárias.
Malgrado
esse trabalho inteligente, exaustivo e cuidadoso, dos mentores desencarnados, o
programa espiritual em descenso para a matéria continua a sofrer os mais
variados tropeços, cuja maior porcentagem vai até ao fracasso, ante a
imperícia, a má vontade, a negligência, a vaidade e os interesses dos médiuns
esquecidos do seu compromisso pré-reencarnatório. A obra benfeitora ideada no
Espaço retarda-se na sua transferência para o mundo físico, pois, embora os
guias sejam argutos e inteligentes, nem por isso são oráculos infalíveis e
capazes de prever as fraquezas, a enfermidade, a rebeldia, o desânimo e a
desconfiança dos seus medianeiros futuros.
O trabalho
do bem, na Terra, ainda é duvidoso e imprevisível, pois além de laboratório
corretivo do espírito, trata-se de um planeta geologicamente instável e que se
sincroniza perfeitamente com a discórdia, o sensualismo, a cupidez, o egoísmo
e a crueldade dos seus habitantes.
Ramatís
In
Mediunismo