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quarta-feira, 22 de julho de 2015

A PRÁTICA ISOLADA DO TRANSE MEDIÚNICO FORA DO TERREIRO.


       Fico triste quando observo os dramas vívidos por pessoas de boa fé, mas de pouco ou quase nenhum conhecimento sobre os mecanismos da mediunidade, por falta de leitura ou pesquisa edificante, e que se arvoram nas práticas da fenomenologia do transe quase sempre induzidos a realizarem incorporações particulares, fora do ambiente do terreiro, por um familiar ou "amigo" desavisado, sob o pretexto da "caridade", caridade esta que normalmente visa questões ingênuas, curiosidades frívolas ou questões sem nenhuma urgência. A prática isolada do transe, fora do ambiente preparado espiritualmente e com direção espiritual para tanto, expõe o médium e o consulente as possibilidades malévolas de espíritos mentirosos, enganadores e até mesmo obsessores astrais. O fato é lastimável porque além de contaminar a aura do medianeiro e o ambiente doméstico onde é praticado, pode causar constrangimentos de grande monta, visto que raramente o transe se dá de maneira completa podendo deixar o médium a mercê de suas próprias opiniões. O mais dramático é que normalmente o médium é induzido a tanto tocado na vaidade com insistências do tipo: "seu guia é lindo e poderoso", ou ainda, "você já nasceu pronto e não precisa dar satisfações a ninguém para fazer a caridade". Enfim, estas questões são cada dia mais corriqueiras e trazem consequências que na maioria das vezes são de difíceis soluções, atingindo quase sempre o sistema neurológico e psíquico do praticante. Em questão de espiritualidade é preciso disciplina, orientação e responsabilidade pessoal, além da necessidade de "testar os espíritos para ver se são de Deus", pois as aparências enganam e trazem efeitos terríveis. Em outras palavras, médium coerente e com conhecimento de causa NÃO faz incorporação particular a domicílio, mas sim indica o necessitado para um sessão no ambiente correto que é a casa de religião...asé.

Pai Mozart de Iemanjá.

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