Sabemos que havia uma rixa entre os judeus (aqueles que não se misturavam, através do casamento, com outros povos) e os samaritanos (judeus que se misturaram com outros povos, através do casamento). E o motivo deste atrito era porque os judeus não aceitavam o casamento misto dos samaritanos. Eles não permitiam que os samaritanos freqüentassem os templos judaicos, pois eram considerados impuros. O povo judeu zelava pela pureza da raça e não aceitava que se casassem com outras etnias. A mulher samaritana havia casa 5 vezes e era "sacrilégio" um judeu, ainda mais um Rabi, dirigir-lhe a palavra.
E os nossos exemplos atuais de intolerância religiosa, de não diálogo, de ainda acharmos que existem religiões umas mais puras e verdadeiras que outras; ou ainda dizermos que existe "UMBANDA PURA", como preconizam alguns "umbandistas" que não aceitam as pombagiras, baianos, marinheiros, boiadeiros ou ciganos, alegando que na época de Zélio de Moares - 1908 -, ele fundou as SETE LINHAS e que isto não é "coisa" de Umbanda.
A essência da Umbanda é inclusão.
Afinal, espíritos de pretos velhos e caboclos não eram aceitos nas mesas espíritas, taxados de impuros e inferiores. A Umbanda nasce para abrigá-los no mediunismo e permitir que se comunicassem.