A Umbanda tem fundamento, mas é preciso cada vez mais estudá-la em sua multifacetada origem, rompendo os limites estreitos dos tabus e dogmas que impõem verdades hegemônicas. Assim como os milhos expostos ao fogo transformam-se em pipocas, cada grão a seu tempo, a regência dos Orixás nas vidas humanas nos conduz à profunda mudança, "abrindo-nos" como flor ao amor universal e à formação de uma consciência transcendental. Este livro, As Flores de Obaluaê - o poder curativo dos Orixás, traz nuanças “inéditas” do terreiro como núcleo promotor de saúde sob a perspectiva da psicologia ancestral dos velhos Babalaôs. As reelaborações de ritos e liturgias, tão comuns nos templos umbandistas, reforça a essência que vêm dos Orixás. A forma como interagimos com estas forças, se com ética, caráter elevado e firme devoção, só fortalece a sintonia com os seus poderes divinos, que auxiliam a realização do propósito da vida humana. Entenda o processo de empoderamento dos Guias Espirituais da Umbanda, que atuam em seus médiuns e invocam o poder curativo dos Orixás. A mediunidade nos moldes umbandistas propicia uma “limpeza” gradativa no corpo perispiritual. A cada encontro ritual, interiorizamos atributos que fortalecem nosso senso de percepção, o autoconhecimento, a maturidade emocional, o despertamento para o amor e a reconexão com Deus.
quinta-feira, 29 de março de 2018
quarta-feira, 28 de março de 2018
TRÊS TIPOS DE "MEDIUNIDADE DE INCORPORAÇÃO"?!?
Na redes sociais é bastante comum vermos afirmações que existem três tipos de "mediunidade de incorporação" (consciente, semi-consciente e inconsciente), dando a entender que todas as três são comuns na Umbanda. Isto não é verdade, pois a inconsciente é raríssima hoje em dia. Outro aspecto a considerarmos é que o gestual do corpo referente ao arquétipo faz parte, mas não é o mais importante, embora é o que se enfatize nos desenvolvimentos mediúnicos, que pode parecer "forçado", um ensaio. O que devemos priorizar é o teor das mensagens dos Guias. Infelizmente, muitos se deixam impressionar pelo movimento externo - o que parece ser - e poucos ainda prestam atenção no que está se dizendo - o que de fato é. Umbanda não é teatro e muito menos carnavalização, onde a performance corporal, os adereços e paramentos são mais valiosos que os aconselhamentos das entidades.
segunda-feira, 12 de março de 2018
quinta-feira, 8 de março de 2018
A FALSA INICIAÇÃO NA "UMBANDA".
Uma mera "iniciação" com objetivos pessoais, status, certificados ou quaisquer graus de superioridade perante os semelhantes, como as inexplicáveis "iniciações" que acontecem hoje em dia, ditas de "umbanda", sem o tempo necessário, sem a necessidade de freqüência a uma corrente mediúnica, com total desleixo e sem senso de responsabilidade para com as conseqüências da má utilização dos conhecimentos transmitidos ao "iniciado" incapaz, que não têm requisitos para admissão, exatamente como procedem os "iniciadores" e os irresponsáveis "mestres" midiáticos da atualidade, motivados tão somente pelo dinheiro. Tais "iniciados" são como folhas secas levadas ao vento das oportunidades, movidos pelos banais interesses momentâneos, na maioria das vezes no mundo virtual sem pertencer a correntes mediúnicas de terreiros reais, muito longe das escolas de iniciação que existem no Plano Astral sob a égide da Lei de Umbanda.
A GENUÍNA INICIAÇÃO.
O domínio da mente equivale ao azeite que alimenta a lamparina acesa, e expor um candidato à iniciação sem condição mental é fazê-lo perder-se no "escuro" durante a senda da iniciação, pois o iniciando precisa de capacidade de dirigir o pensamento concentrado para "iluminar" seu mundo interior, sem dispersões pelos apelos do mundo sensório e prazeroso da vida profana, própria do cidadão comum. Do mesmo modo como a luz do Sol só rasga a escuridão de um quarto se a janela estiver aberta, a iluminação começa a invadir o templo interior do neófito quando ele tiver força mental que possibilite as condições psíquicas básicas para seguir as instruções do iniciador. O domínio da mente é o azeite que alimenta a lamparina acesa e à janela aberta para entrar a luz do Sol. Simbolicamente, representam a vitória sobre as paixões inferiores que "honram" o ser frente às leis cósmicas e o tornam capaz para ser um adepto do mestre.
In Mediunidade de Terreiro.
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