Uma mera "iniciação" com objetivos pessoais, status, certificados ou quaisquer graus de superioridade perante os semelhantes, como as inexplicáveis "iniciações" que acontecem hoje em dia, ditas de "umbanda", sem o tempo necessário, sem a necessidade de freqüência a uma corrente mediúnica, com total desleixo e sem senso de responsabilidade para com as conseqüências da má utilização dos conhecimentos transmitidos ao "iniciado" incapaz, que não têm requisitos para admissão, exatamente como procedem os "iniciadores" e os irresponsáveis "mestres" midiáticos da atualidade, motivados tão somente pelo dinheiro. Tais "iniciados" são como folhas secas levadas ao vento das oportunidades, movidos pelos banais interesses momentâneos, na maioria das vezes no mundo virtual sem pertencer a correntes mediúnicas de terreiros reais, muito longe das escolas de iniciação que existem no Plano Astral sob a égide da Lei de Umbanda.
A GENUÍNA INICIAÇÃO.
O domínio da mente equivale ao azeite que alimenta a lamparina acesa, e expor um candidato à iniciação sem condição mental é fazê-lo perder-se no "escuro" durante a senda da iniciação, pois o iniciando precisa de capacidade de dirigir o pensamento concentrado para "iluminar" seu mundo interior, sem dispersões pelos apelos do mundo sensório e prazeroso da vida profana, própria do cidadão comum. Do mesmo modo como a luz do Sol só rasga a escuridão de um quarto se a janela estiver aberta, a iluminação começa a invadir o templo interior do neófito quando ele tiver força mental que possibilite as condições psíquicas básicas para seguir as instruções do iniciador. O domínio da mente é o azeite que alimenta a lamparina acesa e à janela aberta para entrar a luz do Sol. Simbolicamente, representam a vitória sobre as paixões inferiores que "honram" o ser frente às leis cósmicas e o tornam capaz para ser um adepto do mestre.
In Mediunidade de Terreiro.