Nenhum religioso, adepto ou sacerdote, tem o direito de
exercer intolerância contra outras confissões religiosas. Sentir-se detentor da
verdade e tentar ser o colonizador do outro, notadamente preconceituando os
afrorreligiosos, é ser disseminador de violência, agressão esta que estrutura
uma sociedade ainda intolerante e segregadora. Esforçar-se para deslegitimar e
inferiorizar determinada cultura ancestral e milenar e suas expressões, seja
ela qual for, é abominável e agride o sagrado direito de expressão da fé
individual e coletiva. Infelizmente, historicamente as culturas religiosas da
diáspora Africana tem servido como ideal oposto na busca por distinção,
hegemonia e poder. Usam-nas como catalizadora no disputado mercado religioso.
Agradeço profundamente o amparo da ancestralidade
africana que vibra em meu espírito e rogo à Exu, o Grande Organizador Cósmico,
Orixá partícipe da Criação, que sua ação sobre a minha cabeça (Ori) nunca se
ausente.
Axé, Saravá, Namastê!!!
Norberto Peixoto.