A DESVALORIZAÇÃO DOS TERREIROS E PERTENÇA UMBANDISTA?
- uma reflexão necessária!!!
Uma comunidade religiosa de Umbanda é o espaço que propicia as
vivências espirituais que só podem ocorrer em comunhão de pensamentos, numa
união coletiva disciplinada e formadora da egrégora necessária para o
intercâmbio mediúnico saudável, objetivando o bem comum da coletividade.
Infelizmente, hoje se nota a exacerbação do individualismo eivado de tentativas
de se reduzir a significação de grupos e templos religiosos em geral,
notadamente os de Umbanda, banalizando-se os processos de iniciação espiritual
e aviltando-se o tempo necessário aos mesmos, pois tudo é muito rápido:
fundamentos são repassados à distância, fórmulas são ensinadas em fóruns de
discussão, magias são receitadas como bolo caseiro e tradição virou sinônimo de
“saber” aprendido na frente do monitor, em vez de absorvido e internalizado com
a convivência na comunidade de axé, templo religioso, centro ou terreiro de
Umbanda. E axé virou sinônimo de oferenda; há muita oferenda envolta em
“mistérios” que precisam ser desvelados. Resgatemos a mediunidade, o saber
aprendido com os ancestrais, a pedagogia com os espíritos, que a tarefa
caritativa aceita e pratica numa comunidade religiosa de Umbanda, vivências que
uma casa de axé e fundamento propiciam aos seus membros. Valorizemos o
sentimento de pertença, o tempo, os mais velhos, o saber vivenciado, a
instrução repassada de boca a orelha, o estudo em conjunto.
Reflitamos que, por si só, nenhum conhecimento e vivência tem valor como sabedoria, se não estivermos com nossos corações e mentes elevados, vibrando no amar a si mesmo e ao nosso próximo da mesma forma.
Reflitamos que, por si só, nenhum conhecimento e vivência tem valor como sabedoria, se não estivermos com nossos corações e mentes elevados, vibrando no amar a si mesmo e ao nosso próximo da mesma forma.
Axé, Saravá, Namastê!!!
Norberto Peixoto
Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade