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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

A DESVALORIZAÇÃO DOS TERREIROS E PERTENÇA UMBANDISTA?





      A DESVALORIZAÇÃO DOS TERREIROS E PERTENÇA UMBANDISTA?
- uma reflexão necessária!!!

         Uma comunidade religiosa de Umbanda é o espaço que propicia as vivências espirituais que só podem ocorrer em comunhão de pensamentos, numa união coletiva disciplinada e formadora da egrégora necessária para o intercâmbio mediúnico saudável, objetivando o bem comum da coletividade. Infelizmente, hoje se nota a exacerbação do individualismo eivado de tentativas de se reduzir a significação de grupos e templos religiosos em geral, notadamente os de Umbanda, banalizando-se os processos de iniciação espiritual e aviltando-se o tempo necessário aos mesmos, pois tudo é muito rápido: fundamentos são repassados à distância, fórmulas são ensinadas em fóruns de discussão, magias são receitadas como bolo caseiro e tradição virou sinônimo de “saber” aprendido na frente do monitor, em vez de absorvido e internalizado com a convivência na comunidade de axé, templo religioso, centro ou terreiro de Umbanda. E axé virou sinônimo de oferenda; há muita oferenda envolta em “mistérios” que precisam ser desvelados. Resgatemos a mediunidade, o saber aprendido com os ancestrais, a pedagogia com os espíritos, que a tarefa caritativa aceita e pratica numa comunidade religiosa de Umbanda, vivências que uma casa de axé e fundamento propiciam aos seus membros. Valorizemos o sentimento de pertença, o tempo, os mais velhos, o saber vivenciado, a instrução repassada de boca a orelha, o estudo em conjunto. 
        Reflitamos que, por si só, nenhum conhecimento e vivência tem valor como sabedoria, se não estivermos com nossos corações e mentes elevados, vibrando no amar a si mesmo e ao nosso próximo da mesma forma.

Axé, Saravá, Namastê!!!

Norberto Peixoto
Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade

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