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terça-feira, 28 de abril de 2020

EU PRECISO DO TEMPLO RELIGIOSO PARA FICAR BEM?


EU PRECISO DO TEMPLO RELIGIOSO PARA FICAR BEM?

      Tenho recebido mensagens de pessoas que me dizem achar errado que o terreiro esteja fechado, pois elas precisam de auxilio espiritual. Diante desta repetida solicitação, fiquei pensativo e refleti sobre este comportamento, ao qual verifico também em adeptos de outras confissões religiosas.
      O templo, centro, terreiro ou igreja são locais em que nos reunimos. Sem dúvida, eles têm o seu valor. Neles nos organizamos e louvamos Deus, através dos diversos nomes e formas com que o Divino é percebido na diversidade de entendimentos dos seres humanos. Daí as várias religiões, cerimônias, cultos, ritos e crenças existentes. Embora Deus seja único, se expressa de muitas formas, assim como o fio que une as contas de pérolas em valioso colar.
Todavia, certas reações de dependência aos templos religiosos neste momento que a maioria está fechado, como se não existisse Deus fora dos mesmos, demonstra imaturidade espiritual. Comprova que as religiões instituídas estão falhando, pois não educam o devoto a se conectar com Deus dentro dele. O devoto é o templo vivo – “Vós Sois Deuses”.
       No caso da Umbanda, a dependência psicológica e mental das “incorporações”, tem deixado trabalhadores dos terreiros “desesperados”, impacientes, agressivos e até depressivos. Há os que não estão sentindo os “seus” Guias em casa. Mais grave é a profunda dependência de consulentes habituais destes médiuns e de “seus” Guias, como que sem eles, não soubessem se proteger sozinho ou o que é gravíssimo, não conseguem fazer suas escolhas de vida. O que será que isto quer dizer? Será que os Genuínos Guias podem estar ocupados no Astral neste momento??? Será que agora Eles tem algo mais importante para fazer no Plano Espiritual????
       A Umbanda é Luz Divina e não falha. Mas sou de opinião que uma parte dos umbandistas está falhando, pois não está encontrando Deus dentro de si, não consegue se conectar com o Divino sem a bengala e escora dos “guias espirituais” e dos rituais nos templos. É uma dependência externa diante da ausência de aprendizado espiritual interno que conduza ao amadurecimento da consciência, à sua união com a sua Divindade Interna e d’Ela com Deus – todos somos um.
       Os métodos de desenvolvimento da consciência terão que ser revistos, em todas as religiões, mais cedo ou mais tarde. Em breve, nadas mais será o mesmo. Muito em breve...E no meio umbandista não será diferente.
       Momentos de estranhamento, momentos que nos conduzem à reflexão, interioridade e meditação.
Axé, Saravá, Namastê!!!

      Norberto Peixoto
     Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

ATÉ QUE PONTO TEMOS LIVRE ARBÍTRIO???

      


        Por Norberto Peixoto.

      A maioria de nossas escolhas são baseadas em tendências de encarnações passadas que estão impressas no subconsciente e atraem as circunstâncias de vida que temos que experienciar. Reflitamos que temos liberdade de escolher entre várias opções diante as situações que a vida nos coloca. Na maioria dos casos, no entanto, o livre arbítrio do ser humano é um “escravo” fantasiado de liberdade, aprisionado aos condicionamentos que trazemos de encarnações anteriores. Tomamos decisões ligados no “piloto automático” e mal refletimos sobre a motivação de nossos pensamentos e muito menos sobre nossas ações e suas consequências. Nas Tradições do Oriente se denominam ALMAS CONDICIONADAS, as pessoas que de fato não exercitam o livre arbítrio em ações liberadoras de carma negativo, não geram DHARMA – ações corretas dentro da Lei Cósmica de Causa e Efeito.
       Ocorre que o homem comum nasce com cerca de 90% de uma vida pré-determinada pelas tendências adquiridas em hábitos do passado. Assim é fácil concluir que a maioria das pessoas são marionetes delas mesmas, pois não escolhem e decidem suas ações livres (descondicionadas) de seus padrões mentais; de apegos, aversões, crenças, medos, tabus, recalques, autossabotagens...Enfim, hábitos aprisionantes que vibram no subconsciente.
       É vital o treinamento espiritual e da consciência, que leve em consideração não “apenas” estes 90% de impulsos psicológicos que vibram no inconsciente, mas também que estabeleça os métodos que modelarão realmente quem somos, descondicionando-nos e liberando-nos de nós mesmos através de genuíno autoconhecimento do espírito imortal. Aí sim, teremos escolhas com liberdade, alcançaremos o verdadeiro livre arbítrio, implementando ações corretas diante de nosso real propósito de vida na presente encarnação.

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