EU PRECISO
DO TEMPLO RELIGIOSO PARA FICAR BEM?
Tenho
recebido mensagens de pessoas que me dizem achar errado que o terreiro esteja
fechado, pois elas precisam de auxilio espiritual. Diante desta repetida
solicitação, fiquei pensativo e refleti sobre este comportamento, ao qual
verifico também em adeptos de outras confissões religiosas.
O templo,
centro, terreiro ou igreja são locais em que nos reunimos. Sem dúvida, eles têm
o seu valor. Neles nos organizamos e louvamos Deus, através dos diversos nomes
e formas com que o Divino é percebido na diversidade de entendimentos dos seres
humanos. Daí as várias religiões, cerimônias, cultos, ritos e crenças
existentes. Embora Deus seja único, se expressa de muitas formas, assim como o
fio que une as contas de pérolas em valioso colar.
Todavia,
certas reações de dependência aos templos religiosos neste momento que a
maioria está fechado, como se não existisse Deus fora dos mesmos, demonstra
imaturidade espiritual. Comprova que as religiões instituídas estão falhando,
pois não educam o devoto a se conectar com Deus dentro dele. O devoto é o
templo vivo – “Vós Sois Deuses”.
No caso da
Umbanda, a dependência psicológica e mental das “incorporações”, tem deixado
trabalhadores dos terreiros “desesperados”, impacientes, agressivos e até
depressivos. Há os que não estão sentindo os “seus” Guias em casa. Mais grave é
a profunda dependência de consulentes habituais destes médiuns e de “seus”
Guias, como que sem eles, não soubessem se proteger sozinho ou o que é
gravíssimo, não conseguem fazer suas escolhas de vida. O que será que isto quer
dizer? Será que os Genuínos Guias podem estar ocupados no Astral neste
momento??? Será que agora Eles tem algo mais importante para fazer no Plano
Espiritual????
A Umbanda é
Luz Divina e não falha. Mas sou de opinião que uma parte dos umbandistas está falhando,
pois não está encontrando Deus dentro de si, não consegue se conectar com o
Divino sem a bengala e escora dos “guias espirituais” e dos rituais nos
templos. É uma dependência externa diante da ausência de aprendizado espiritual
interno que conduza ao amadurecimento da consciência, à sua união com a sua
Divindade Interna e d’Ela com Deus – todos somos um.
Os métodos
de desenvolvimento da consciência terão que ser revistos, em todas as
religiões, mais cedo ou mais tarde. Em breve, nadas mais será o mesmo. Muito em
breve...E no meio umbandista não será diferente.
Momentos de
estranhamento, momentos que nos conduzem à reflexão, interioridade e meditação.
Axé, Saravá,
Namastê!!!
Norberto
Peixoto
Grupo de
Umbanda Triângulo da Fraternidade.