Assista o vídeo 8 do estudo sistematizado:
Gostaríamos de deixar uma orientação para quem está começando a estudar a Umbanda, ou qualquer tema espiritista ou espiritualista, que é sempre tentar buscar a interpretação ou a opinião de diversos autores sobre um determinado tema. O importante para o estudante é sempre tentar buscar a universalidade e o sentido prático do que se está estudando. Conforme se vai assimilando as diversas sínteses dos autores e seus contextos, que provêm de suas práticas e vivências, pode também o estudante com seu universo elaborar suas próprias conclusões e sínteses.
A partir desse vídeo começamos a trabalhar um dos assuntos mais importantes e complexos da Umbanda: os Orixás. Não temos nenhuma pretensão ou intensão de sermos definitivos e nem os donos da verdade, sobre esse e outros assuntos de cunho espiritual, queremos apenas democratizar as nossas próprias sínteses sobre os temas, sempre baseados em nossos estudos pessoais e práticas coletivas nas sessões. A umbanda se faz com os pés no chão e o coração no Cristo, é essa a fonte de nossa força, inspiração e motivação.
O tema Orixás é muito complexo, pois faz parte do contexto histórico/cultural de várias religiões onde cada uma tem suas interpretações, ritos de louvação, fundamentos e oferendas. Na ótica da Umbanda que praticamos na Choupana do Caboclo Pery concebemos os Orixás como sendo “Princípios da Divindade”, “Manifestação dos aspectos da Divindade” ou ainda “As características que compõem o universo Divino” Consideramos que Deus só existe um, os Orixás seriam alguma parte de Sua manifestação nos diversos planos e subplanos, com seus respectivos níveis e subníveis de existência cósmica. Para melhor ilustrar podemos tomar por exemplo dois dos Orixás mais conhecidos e relacioná-los a sua função cósmica:
1. Xangô: como sendo o “Aspecto Divino” do equilíbrio universal - a Justiça Divina;
2. Ogum: como sendo o “Aspecto Divino” da luta pela evolução de todos os seres e almas – Guerreiro Divino.
Os Orixás como energias emanadas do criador possuem um conjunto de características que vão entrando em ressonância com os espíritos de encarnados, conforme vão adquirindo consciência de seus potenciais e natureza espiritual. Esse envolvimento magnético é a energia que vai agrupar os espíritos por afinidades, habilidades e até mesmo pela personalidade, formando as denominadas falanges. Esses agrupamentos de entidades são muito harmônicas e organizados, pois todos os seus membros possuem ideais e objetivos comuns de trabalho espiritual, que é de sempre estarem atentos para auxiliar aqueles de menor compreensão de suas realidades sagradas internas, bem como, direcioná-los para o despertar de seus potenciais.
Na nossa visão de Orixás temos nove “Aspectos Divinos” considerados como básicos, ou seja, seriam as características mais primordiais de Deus. A partir das nove vibrações básicas ocorrem entrecruzamentos vibratórios entre duas ou mais realidades, que formarão um aspecto tão diferente que acaba sendo um novo conjunto de características dando origem aos outros Orixás conhecidos.
Os nove Orixás básicos são:
1. Oxalá
2. Iemanjá
3. Oxum
4. Iansã
5. Xangô
6. Ogum
7. Oxoce
8. Omulu
9. Nanã Buruku
As linhas de trabalho das entidades na umbanda são sete, compostas por espíritos já completamente ligados vibracionalmente às energias dos Orixás (entidades alinhadas), que possuem como missão trazer e fazer vibrar em nós os atributos das divindades. As sete linhas de trabalho na Umbanda são:
1. Paz Divina: Linha dos Pais universais – Oxalá;
2. Consolo e acolhimento Divino: Linha das Mães Universais – Iemanjá;
3. Equilíbrio Universal: Xangô
4. Ação para a Divindade: Ogum
5. Caçadores de Almas: Oxoce
6. Pureza Divina: Crianças
7. Transmutação para a Divindade: Linha das Almas – Pretos Velhos