“Quando Jesus assinalava a confiança nos olhos súplices dos enfermos, envolvia-os com as ondas do seu mais profundo amor, ativando-lhes a germinação de forças magnéticas através das próprias palavras e gestos com que os atendia e, à semelhança de misterioso turbilhão, fazia eclodir poderosos fluídos no mundo interior dos infelizes enfermos. Sob os gritos de júbilo desatavam-se os músculos rígidos ou se ativavam nervos flácidos; desentorpeciam-se membros enregelados, enquanto as correntes vitais purificadoras regeneravam todo o sistema orgânico, restituindo a vista a cegos, suturando as cordas vocais nos mudos, sensibilizando sistemas auditivos, desatrofiando tímpanos, curando surdos. A influência excitante e criadora que o olhar do faquir exerce sobre a semente enterrada no solo para obrigá-la dinamizar suas energias ocultas a crescer apressadamente, Jesus também a exercia, através do poder assombroso e dinamizador do seu olhar. Um corpo chagado tornava-se limpo no prazo de alguns minutos, sob o energismo incomum que o Mestre projetava na alma e no organismo dos enfermos.”
“Jesus descera à Terra para salvar toda a humanidade; o seu amor cósmico extravasava continuamente numa doação incondicional. Se ele não curou a todos foi porque os óbices contra sua ação benfeitora residiam nos próprios infelizes que o procuravam ainda imaturos em espírito. Em verdade, sua missão principal não era curar os corpos, mas acima de tudo salvar a alma. As curas materiais que realizou serviram apenas para comprovar a força do Espírito eterno, mas sem alterar a Lei do Carma, a qual determina a “cada um colher conforme tiver semeado”. Jesus curou as criaturas que também se libertaram de suas mazelas morais, graças ao estado de fé criadora e pureza de intenções. Enfim, as que foram espiritualmente ao seu encontro, sem quaisquer desconfianças, mas sob o propósito para uma vida digna e amorosa”
Ramatís / “O Sublime Peregrino” / Cap. “Jesus, seus milagres e seus feitos” - Editora do Conhecimento
A incredulidade e os fenômenos mediúnicos: