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terça-feira, 12 de abril de 2011

Iansã - vídeo 12 estudo sistematizado



Existem dois Orixás na Umbanda que não possuem reinos específicos, mas atuam em todos, que são Ogum e Iansã, através de suas energias e funções.
Orixá Iansã corresponde a nossa necessidade de mudança, deslocamentos, transformações materiais.  Seu elemento é o ar na sua forma mais revolta. Muito comum associá-la além das tempestades, também a qualquer tipo de evento climático.
Sendo o elemento ar que está presente em todos os reinos, conjugando-se a todos os Orixás, mas não estabelecendo nenhum desdobramento específico, pois sempre que atua é em nível de mudança, transformação como energia propulsora e renovadora. Em nível de terra este Orixá está diretamente relacionado ao intelecto, tal como Xangô, mas de forma distinta, pois o Xangô é de energia refreadora, em termos práticos, coloca o método no pensamento ágil gerado pelo Orixá Iansã. Conseqüentemente, esta Iabá está diretamente ligada aos avanços tecnológicos, e não apenas as mudanças climáticas.
 Encontramos a energia do Orixá Iansã manifestando-se nas matas de Oxossi através da ação dos ventos e da chuva e da função transformadora desta Iabá. São caboclos e caboclas que possuem a especialidade, a qualidade de descarga rápida e transformadora.
Transformar e renovar a natureza através do vento, que ela sabe manipular. O vento nem sempre é tão forte, mas, algumas vezes, forma-se uma tormenta, que provoca muita destruição e mudanças por onde passa, havendo uma reciclagem natural. Normalmente, Iansã sopra a brisa, que, com sua doçura, espalha a criação, fazendo voar as sementes, que irão germinar na terra e fazer brotar uma nova vida. Além disso, esse vento manso também é responsável pelo processo de evaporação de todas as águas da terra, atuando junto aos rios e mares. Esse fenômeno é vital para a renovação dos recursos naturais, que, ao provocar as chuvas, estarão fertilizando a terra.
Tem como símbolos principais o raio e a espada. O raio é o símbolo da Justiça Divina atuando no plano físico. A espada é o instrumento da Lei, que zela, protege e ampara a todos. Em um nível mais profundo e romântico, o raio é a força que ilumina a trevas do ego, iluminando assim, toda nossa sombra psíquica e mostrando-nos o caminho verdadeiro para a auto-realização espiritual. A espada é o símbolo da luta pessoal, do melhoramento, da morte dos próprios vícios e viciações.
Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim. Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.
Sua saudação é o Eparrei! (entoado de forma vibrante), som que faz referência ao barulho das trovoadas, além de ser uma saudação a força dos raios e tempestades. É um poderoso mantra de defesa espiritual, que pode ser vibrado mentalmente dentro do chacra frontal em situações de assédios e demandas espirituais.
Características dos seus filhos: Podem ser irrequietos, mudança de pensamento (jogo de cintura), facilidade de falar, de se comunicar, de interagir. Propensos à educação, à orientação, não se deixando prender por tarefas rotineiras e repetitivas. Precisam colocar em prática a sua garra e impetuosidade diante do novo, como as nuvens nos céus que mudam constantemente de formato, moldando-os aos ventos.
Aspectos positivos: coragem, lealdade e franqueza, fluidez de raciocínio, propiciando a higienização mental, jogo de cintura nas diversas situações e facilidade de falar, além de talentos artísticos, charme e sensualidade.
Aspectos negativos: ciúmes doentios, rancor, impulsividade (agir sem pensar), fraqueza, impaciência e culpa.
Erva: Espada de Santa Barbara.
Saúde: doenças relativas ao aparelho cardiorrespiratório, como angina, dores no peito, bronquite e asma. 
Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.
Fonte: Mitos e Realidade – Mãe Iassan
           Umbanda Pé no Chão 



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