Capa

domingo, 31 de julho de 2011

Indumentária dos guias na Umbanda

A vestimenta e indumentárias que uma Entidade espiritual séria usa tem como função expressar, simbolicamente, uma atividade ou característica do seu trabalho ou da sua falange, como também ser um instrumento, cuja duplicidade etérica, é usada nos trabalhos de magia na ajuda aos irmãos a serem socorridos.

Não se trata de elementos imprescindíveis à mediunização ou atividade de ajuda do Guia ou Protetor, mas apenas um instrumento a mais que embeleza e instrui a quem busca, para além da aparência, a mensagem que estas vestimentas ou indumentárias visam oferecer, dando à Umbanda o seu caráter ritualístico.

A Umbanda é uma religião que trabalha, e atua no plano físico, através dos seus rituais litúrgicos, desde o acender de uma vela até aos pontos cantados, riscados e etc... Ora, as vestimentas são, para nós, objetos litúrgicos, ou seja: instrumentos que nos levem ao sagrado, como é a capa do Exu, que simboliza seu poder de proteção e defesa e, ao mesmo tempo, é usada a sua contra parte etérica nos trabalhos do terreiro, neste mesmo mister. Sem dúvida, tudo isso dentro do discernimento e amparado pelo afã de, unicamente, realizar o culto umbandista da forma mais bela, simples e espiritualizante possível. Da mesma forma como um culto despido de qualquer aparato pode levar ao orgulho e à ilusão de ser mais espiritualizado que os outros, o culto com uso de indumentárias litúrgicas poderá levar os desavisados ao exagero, à fantasia, ao luxo e à vaidade. Tanto uma forma de culto quanto outra não pode ser medida pelo mau uso feito por aqueles que a praticam, e sim pelo cumprimento de suas finalidades específicas, a de levar os corações ao altar de Deus, única fonte de paz e alegria.

Seja qual for a forma de culto que se use, isso é de menos importância. O importante é sabermos se esta Casa está cumprindo sua missão de religação, se está proporcionando o encontro com Deus, por meio de Jesus e Seu Evangelho, ou está aprisionando a gurus, guias, filosofias ou espírito tal ou tal.

Diz o Caboclo Ventania de Aruanda que

O filósofo e o Preto Velho

 
  Certo dia, um filósofo adentra a uma tenda de umbanda e senta-se no banquinho de um preto velho. Sua intenção era questionar, investigar; enfim, experimentar.

Ao se sentar, o preto velho já sabia o que ele queria, mas mesmo assim saudou-o gentilmente e perguntou em que poderia ajudar. O filósofo respondeu:
_ Meu preto velho, na era da biotecnologia vemos os cientistas avançarem cada vez mais nas pesquisas referentes à manipulação do material genético humano. Além disso, estamos na era do multiculturalismo, de forma tal que a diversidade, inclusive no sentido intelectual, se faz cada vez mais presente. Pergunto eu: _ o que pode um preto velho dizer sobre assuntos de tamanha complexidade?
Preto Velho, com toda sua calma, respondeu gentilmente ao filósofo:
Misin fio, vós suncê (Sic) tem palavra bonita na boca, por causa de que tu és homem letrado (Sic). Nego véio cá, num estudou nem escrevinhou essas coisa. Mas daqui do meu cantinho, aonde os ventos de Aruanda tocam em meus ouvidos, recebo as notícias que vem da Terra. Vejo também com meus próprios olhos e presencio as lágrimas e sorrisos que brotam como flores e espinhos no âmago de meus filhos.
Vou dizer a vós suncê uma coisa. Esse bicho chamado “biotecnologia”, eu sei muito bem como funciona. Misin fio, [bio] vem do grego “bios” = vida. “Téchne” e “Logos” também vem do grego, fio. Logo, biotecnologia é o conhecimento sobre as práticas (manipulação) referentes à vida.
Assim sendo, nego véio é a favor de tudo que respeita a vida e que é usado para o bem. O bem, não só de si mesmo, mas da humanidade. Uma faca pode ser uma ferramenta de cozinha e ajudar a preparar um alimento. No entanto, a mesma faca pode ser uma arma a machucar alguém. Não é a ferramenta, mas sim o que se faz com ela que torna perigosa a humanidade.
Pasmo, o intelectual não sabia o que dizer, tamanha sua surpresa sobre tão sábias palavras. E não só isto, o conhecimento até sobre a origem das expressões que vem do grego, aquela humilde entidade possuía.
Por alguns segundos sentiu um misto de inveja e indignação, uma vez que pensou ser mais conhecedor sobre as coisas da vida que o Preto Velho. Daí então indagou:
_ Você acha que suas opiniões podem superar a luz da ciência? Este, respondeu:
_ Fio, o que nego véio fala, nego véio comprova, pois este nego vivenciou. Caminhou na terra que vós suncê pisa hoje. Sorriu, chorou, se emocionou, amou. Conviveu com homens de bem e também com homens do mal. Fez suas escolhas e por isso é hoje um espírito guia. E só pude aqui chegar porque acertei na maioria das escolhas que fiz. Naquelas em que não acertei, tive que vivenciar novamente, até aprender. Assim como vós, na Terra.
Quanto aos estudos (risos), esse nego véio aqui não frequentou escola na última encarnação. Mas, das muitas encarnações que tive, eu estudei, me formei e, em algumas delas me doutorei. A medicina chinesa, a filosofia grega, a sabedoria hindu; tudo isso fez parte da minha evolução. Da matemática egípcia até os estudos astronômicos de Galileu pude aprender.
E depois de aprender tudo isso, sabe qual o maior ensinamento que obtive misin fio?!

sábado, 30 de julho de 2011

Batismo na Umbanda


É muito comum médiuns umbandistas serem batizados sem nenhum tipo de consciência sobre o que significa esse sacramento. Pais e Mães espirituais simplesmente batizam seus filhos sem ao menos perguntarem se é isso mesmo que eles desejam, sem ao menos prepararem ou explicarem o que significa esse ritual, assim como é comum vermos médiuns trabalhando há anos em seus terreiros com várias confirmações, mas sem terem sido batizados ou convertidos para a Umbanda, religião que comunga, ama e pela qual se dedica.

Nessas duas situações percebo a falta de atenção desses Pais e Mães espirituais que, talvez por falta de conhecimento ou por falta de tempo, deixam de lado esse importantíssimo e fundamental ritual para qualquer Ser, independente de religião. Aliás, o Batismo é o mais importante sacramento para qualquer religião, e isso é tão claro que percebemos com facilidade o quanto as religiões de forma geral incentivam, divulgam e trabalham em prol do batismo entre sua comunidade e seus fiéis, algumas inclusive chegam a exigir tal sacramento.


É fato que existe hoje em dia um movimento de valorização da Umbanda, mas será que as principais regras estão sendo cumpridas? Será que os fundamentos básicos e iniciais estão sendo preparados? Será que o Batismo ou a Conversão Religiosa, sacramentos fundamentais para todo Ser que dão “vida ao Espírito”, estão sendo realizados nos terreiros com total consciência, responsabilidade e beleza?

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Desenvolvimento mediúnico na Umbanda


Vamos falar um pouco sobre desenvolvimento, pois sabemos que este é um dos maiores problemas que encontramos dentro de muitas casas e muitos Zeladores permitem que tal procedimento aconteça ao Deus Dara, sem uma regra ou uma doutrina necessária para o futuro do médium, que vejo da seguinte forma:
--Vem a ser a base de todo trabalho resultante para o futuro de um médium e tem que haver um preparo minucioso para que o mesmo não se perca com suas próprias entidades. Tudo deve ter um começo, meio e fim.
Para nós o que realmente interessa é o começo! Imagine um alicerce mal construído, a base quebra e tudo desmorona, ou seja, os andares de cima não se ajustam à base e tudo vem a baixo.
Portanto, para nós o que interessa em nosso desenvolvimento é a nossa base, que é chamada de Entidade Chefe de nossa Coroa, seja ela um Caboclo ou um Preto velho.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Vício do álcool


PERGUNTA: No conceito dos habitantes de vossa esfera espiritual, o álcool é também considerado como um dos grandes malefícios da Terra?
RAMATIS: — Em nossa esfera espiritual não consideramos a indústria do álcool como um malefício, mas sim como incontestável benefício para o ser humano. O vosso mundo deve muitos favores ao álcool, pois é elemento de grande utilidade. Ele serve para a fabricação de xaropes, tintas e desinfetantes; move motores, alimenta fogões, ilumina habitações, higieniza as mãos, desinfeta as seringas hipodérmicas e as contusões infeccionadas; limpa os móveis e as roupas, extrai manchas e asseia objetos, destrói germens perigosos e enriquece os recursos da química do mundo.
Usado com parcimônia nos medicamentos, estimula o aparelho cardíaco, ajuda a filtração hepática e desobstrui as veias atacadas pelas gorduras, rios homens idosos. O abuso na sua ingestão é que merece censuras, pois avilta, deprime e mata, embora sejam fabricadas com ele as mais variadas bebidas que se apresentam com reclames pomposos.
O alcoólatra, seja o que se embriaga com o uísque caríssimo ou o que se entrega à cachaça pobre, não passa de um “caneco vivo”, pelo qual muitos espíritos desencarnados e viciados se esforçam para beber “etericamente” e aliviar a sua sede ardente de álcool. Muitas vezes o homem se rebela contra as vicissitudes da vida humana e por isso entrega-se à embriaguez constante, mas não sabe que as entidades astutas, das sombras, o seguem incessantemente, alimentando a esperança de torná-lo o seu recipiente vivo ou o seu tentáculo absorvente no mundo carnal.

PERGUNTA: Quer isso dizer que todos os beberrões desencarnados vivem à cata de “canecos vivos”, na Terra, para poderem saciar o seu vício; não é isso mesmo?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Os gafanhotos e o mel de João Batista !?


 O Evangelho de Mateus (3.1-4) fala um pouco sobre João Batista, que recebeu de Deus a nobre incumbência de batizar homens e mulheres nas águas do rio Jordão para purificação dos pecados. A história desse último profeta do Antigo Testamento e primeiro apóstolo do Novo Testamento é, para mim, uma das mais singelas, especiais e interessantes da Bíblia. Explico por quê.

A história de João Batista não tem o mesmo peso biográfico ou volume de informações que a dos outros personagens bíblicos. No entanto, percebemos que os relatos sobre esse arauto de Deus na terra são altamente impactantes. Apresento algumas razões para afirmar isso:

A comercialização da fé


Quais são os limites éticos e morais para a exploração da mediunidade?

Foi programada para o mês de julho a estréia do remake da novela “O Astro”, na TV Globo, como parte das comemorações dos 60 anos da telenovela no Brasil. Nela, o protagonista, Herculano Quintanilha (vivido agora pelo ator Rodrigo Lombardi) utiliza seus poderes “paranormais” como forma de garantir seu sustento após oito anos na prisão. Entre seus dons, o personagem consegue mover objetos, advinhar pensamentos e até levitar.
Na mesma época da primeira versão de “O Astro”, estava no ar a novela “O profeta”, na extinta TV Tupi, que explorava ainda mais a questão da mediunidade do personagem principal, que também se valiada sua condição.
Deixando de lado a ficção, as histórias trazem à tona uma eterna discussão acerca dos dons extrafísicos:seria ético e moral utilizar a mediunidade como fonte de lucro? A mediunidade seria apenas uma habilidade, assim como qualquer aptidão para exercer uma profissão ou hobby, e poderia ser explorada para fins materiais?

terça-feira, 26 de julho de 2011

Saluba Nanã, Saluba!!!

De onde vem o mal de Alzheimer


O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa crônica e irreversível que afeta de um modo geral as faculdades cognitivas do seu portador através de uma atrofia cerebral generalizada, da qual resulta uma morte lenta e progressiva das células neuronais.
Estudo conclusivo aponta a ingestão de carne e laticínios como origem da doença, antes suposta ser degenerativa.

Associado à degeneração dos neurônios, a doença de Alzheimer também pode ter ligação com a presença excessiva de um tipo de aminoácido, a homocisteína, no sangue. Embora pesquisas já tivessem sugerido essa relação, pela primeira vez um estudo conseguiu comprovar que, quanto maior o nível da proteína, mais chances a pessoa tem de desenvolver a doença.

A constatação é do hematologista Dimitri Zylberstein, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

De que modo o feiticeiro prepara os objetos de enfeitiçamento?




PERGUNTA: - De que modo o feiticeiro prepara os objetos de enfeitiçamento?
RAMATÍS: - Isso ele faz através de processos que achamos desnecessário esmiuçar nesta obra, cuja finalidade é de advertência e não tratado técnico de feitiçaria. Mas, num sentido geral, os objetos de enfeitiçamento funcionam como "acumuladores" e "condensadores" de forças, obedientes à vontade experimentada dos feiticeiros.

Mas o êxito da bruxaria também depende da cooperação eficiente dos espíritos desencarnados e comparsas do feiticeiro, os quais se encarregam de desmaterializar os objetos em questão, transportando as "matrizes" ou duplos etéricos para serem materializados nos travesseiros, colchões ou locais onde as vítimas permanecem freqüentemente. Antigamente, os feiticeiros e experimentados médiuns das Trevas...

domingo, 24 de julho de 2011

Zelador de Umbanda


Como falamos sobre Médiuns vamos falar também do Zelador. Primeiro, eu acho ridícula a expressão Pai de Santo, como podemos ser Pai de Santo se estamos abaixo deles. Já começa por aí a humildade que não existe, por muitos se julgarem assim. O que somos na verdade é Zelador, que nada mais é do que zelar pelo Orixá, cuidar, servir! É isso que somos!

Como a missão de um Médium é complicada, a de um Zelador, pode-se dizer que é muito mais. Se não, vejamos por que:
O próprio nome já diz zelar pelo terreiro, pelo bom andamento dos trabalhos, sendo responsável pelos médiuns da casa, fazer todas as obrigações necessárias de cada um, atender a todos sem ver a quem, ter total responsabilidade em seus trabalhos, dedicar-se inteiramente aos Orixás, seus e de seus filhos. Ser um Zelador é abdicar de suas vontades, de seus prazeres em muitos momentos da vida. Vem a ser uma missão completamente espinhosa onde seu reconhecimento inúmeras vezes passa despercebido, vem a ser difícil ter que conviver com os dois mundos, o visível e o invisível.


sábado, 23 de julho de 2011

Pirataria de livros!?


Prezados Blogueiros,
Estamos na senda editorial como autor desde o ano de 2.000. Já fazem 11 anos.
Nunca, como agora, se pirateou tanto. Antigamente era a velha fotocópia - xerox.
Hoje, com os meios digitais atuais, em segundos uma obra está disponível num site pirata. Muito triste, no mais das vezes por iniciativas de irmãos espiritualistas, espíritas e umbandistas.

Compartilhamos com todos importantes considerações do Editor da Conhecimento, Sergio Carvalho, para a nossa reflexão.
Aonde vamos parar?

A dificuldade de assimilar o Evangelho

* * *
Palestra realizada na Gira desta sexta:



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A dificuldade de assimilar o Evangelho:

PERGUNTA: - Por que o homem, que é na realidade um espírito encarnado, não aceita ou não compreende de imediato a natureza tão sublime e salvadora do Evangelho? Não deveria crer absolutamente em Jesus, tanto quanto o aluno confia no seu professor?
            RAMATÍS: - A mais breve ou demorada integração evangélica depende fundamentalmente do grau da consciência espiritual de cada um, e não de sua memória pregressa. O vosso orbe é pródigo de líderes religiosos, católicos, protestantes e mesmo espíritas, ou pretensos iniciados, que pregam e divulgam o Evangelho, mas ainda não assimilaram, para o próprio viver cotidiano, os mesmos ensinos sublimes que eles tentam incutir no próximo. São apenas distribuidores de azeite, com o objetivo de acenderem as lâmpadas alheias, mas, infelizmente, pela sua negligência ou retardo espiritual, terminam às escuras por falta de combustível em sua própria lâmpada.
           

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Os ciganos na Umbanda


Hoje teremos sessão de ciganos.
COMPAREÇA!

Os Espíritos Ciganos são também, uma linha de trabalhos espirituais que busca seu espaço próprio, pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas. Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.

Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.
São entidades oriundas de um povo muito rico de estórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.
Dentro da Umbanda...

quinta-feira, 21 de julho de 2011

As entidades ciganas na Umbanda



São entidades que há muito tempo trabalham na Umbanda, mas normalmente se manifestam sob domínio da linha do oriente, entre outras. Isso é possível pelo fato da energia de trabalho ser a mesma, o que muda é a forma de manipular os fluídos, uma vez que os ciganos usam uma relação material, energética, elementar e natural, assim como o povo da esquerda, enquanto que o povo do Oriente manipula esses elementos através de seu magnetismo espiritual.
Sempre se faz necessário deixar claro que uma coisa é ‘Magia do Povo Cigano’, ou ‘Magia Cigana’, e outra coisa bem diferente são as Entidades de Umbanda que se manifestam nesta linha de trabalho. Existe uma pequena semelhança somente no poder da Magia, mas suas atuações são bem diferentes pois as Entidades de Umbanda trabalham sob domínio da Lei e dos Orixás, conhecem Magia como ninguém e, principalmente, não vendem soluções ou adivinhações.


Qual é a base positiva da operação de feitiço?



PERGUNTA: - Qual é a base positiva da operação de feitiço?
RAMATÍS: - O feitiço é o processo de convocar forças do mundo oculto para catalisar objetos, que depois irradiam energias maléficas em direção às pessoas visadas pelos feiticeiros. O fenômeno é perfeitamente lógico e positivo, porque toda a ação enfeitiçante é ativada no campo das energias livres, em correspondência com as energias integradas nas coisas, objetos e seres. O trabalho mais importante dos feiticeiros ou magos consiste em inverter os pólos dessas forças, empregando-as num sentido agressivo e demolidor, conforme acontece com as próprias energias da natureza descobertas pelos homens.

A dinamite usada exclusivamente para romper pedras, calçar ruas, praças ou construir alicerces, é um elemento benfeitor. Mas é força maligna e destrutiva, quando a empregam para a confecção de bombas e artefatos mortíferos, que arrasam cidades indefesas e trucidam homens nos campos de batalha. O álcool também beneficia, quando aplicado na composição de medicamentos e produtos químicos, na desinfecção e limpeza doméstica; mas é nocivo e degradante, quando embriaga o homem e o instiga ao crime. Aliás, o princípio de dualidade é um fundamento comum da própria vida; há o positivo e o...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Assedios e assediadores espirituais


No momento atual da humanidade, já sabemos, já lemos e já experienciamos que todos somos assediados espiritualmente. Esse assédio pode ser por parte da Luz ou das Sombras.
A nossa sintonia pessoal, a qual é construída com base nas nossas emoções, pensamentos, sentimentos e atitudes, determinam o que vamos atrair: assedio da luz ou das sombras. Mesmo assim, ainda podemos estar sintonizados em vibrações nobres e sermos assediados pelas sombras, como também podemos estar sintonizados em condições precárias a ainda assim, sermos assediados pelos seres de Luz.

Quando o assédio é feito por seres destituídos de amor e respeito, sem fins de moral elevada, os consideramos obsessores.
Quando o assédio é feito por seres com objetivos elevados, sintonizados com o bem maior, os consideramos como amparadores, guias, mentores o amigos espirituais.
Pela natureza da vida sabemos, a interação entre plano espiritual e plano físico é tão íntima como a relação do ovo e da sua casca, pois estão intimamente ligados. Um existe para que o outro exista, portanto estão interagindo o tempo todo.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Tratamento espiritual das doenças físicas


Palestra feita na primeira jornada médico-espírita de Goiás

A história nos narra que a crença na capacidade do homem em interagir no processo de saúde e doença vem de longe. Os magos da Caldéia e os brâmanes da Índia buscavam curar pela aplicação do olhar, estimulando o sono e a letargia. No templo da deusa Ísis, às margens do Nilo, a imposição das mãos era usada pelos sacerdotes iniciados, para tentar aliviar o sofrimento de milhares de pessoas. Os gregos, que incluíram no seu modo de vida muita coisa do Egito, usavam a fricção das mãos no tratamento dos doentes. O Pai da medicina moderna, Hipócrates também cita a imposição das mãos.


Quando observamos a tradição judaico-cristã, é interessante notar o contraste. No novo testamento algo em torno de 30 referências à curas feitas por Jesus, seja impondo as mãos, seja soprando, usando barro, deixando sair energia (virtude), etc, mas no antigo testamento, estranhamento somente uma referência de cura por imposição das mãos feita por Naamã, que nem judeu era, conforme nos narra o excelente Pastor Caio Fábio.

Claro está que Kardec, o grande codificador do espiritismo, não inventou nada ao falar de mediunidade, de cura, de energia, de influência espiritual, mas somente organizou, catalogou, usou a razão e extirpou as idiossincrasias existentes nas crenças superficiais. Mas o que é mais importante, a cura pela transferência de energia entre pessoas sempre existiu no mundo.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

A mediunidade não foi inventada pelo espiritismo*

Umbanda, rito mediúnico na mata.

PERGUNTA: - Alguns membros e adeptos de outras instituições espiritualistas, como o Esoterismo, a Teosofia, a Rosa-cruz ou a Ioga, censuram o Espiritismo por ter popularizado demais a prática mediúnica. Alegam que isso vulgariza o intercâmbio espiritual com o mundo oculto, o qual só deveria ser efetuado em ambientes iniciáticos, sem as confusões, os exotismos, as mistificações e interferências anímicas de médiuns incultos e indisciplinados. Afirmam que isso também contribui para ridicularizar o esforço dos mentores espirituais em sua delicada tarefa de esclarecer os encarnados. E que o Espiritismo deveria ser doutrina exclusivamente filosófica, sem difundir o intercâmbio mediúnico entre um público ainda ignorante ou apenas curioso. Que dizeis?
            RAMATÍS: - A mediunidade não foi inventada pelo Espiritismo*. É tão velha quanto o homem, pois é uma faculdade oriunda do espírito e não da matéria. Portanto, existe desde que a primeira criatura (espírito encarnado) surgiu na Terra e os centros nervosos do seu corpo apuraram a sensibilidade dos seus sentidos. Então, o homem primitivo transformou-se em um instrumento que, pouco a pouco, apuraria as suas faculdades que o ajustariam a ser um traço-de-união entre o mundo oculto e o mundo físico.  

            É evidente que essa sensibilização do sistema nervoso do homem contribuiu para que as entidades do mundo invisível o utilizassem como veículo para se estabelecer um intercâmbio entre os dois planos.      
No entanto, embora a criatura ignore, ela pressente que o seu aperfeiçoamento "psicofísico" depende muitíssimo da assistência e pedagogia do mundo espiritual. A Humanidade tem sido guiada desde sua origem por leis do mundo oculto, que atuam com profunda influência no ser humano. Todas as histórias, lendas, narrativas de tradição milenária do vosso orbe estão repletas de acontecimentos, revelações, fenômenos e manifestações extraterrenas, que confirmam a existência da mediunidade entre os homens das raças mais primitivas.
           

sábado, 16 de julho de 2011

Saúde ou enfermidade, como está o seu perispírito?


   As ciências médicas hoje já entendem que a causa de grande parte das doenças está no próprio doente, em suas atitudes perante a vida. São as doenças psicossomáticas. Por isso cabe a ele próprio maior esforço para curar-se. Em qualquer situação de enfermidade o papel mais importante no tratamento é o do próprio paciente, das suas posturas interiores .
Devemos procurar as causas das enfermidades onde realmente elas se encontram, e elas, certamente, estão em nós mesmos.
Explica o espírito Miramez, que os maus pensamentos são um lixo que, por lei, deve ficar com quem o produziu.
Todos nós produzimos, em maiores ou menores proporções, esse lixo mental e emocional, poluente da alma, através dos pensamentos, sentimentos e atitudes , antifraternos, depressivos ou viciosos, tais como a inveja, o ódio, o rancor, o azedume, a revolta, assim como também a luxúria, o egoísmo, a ganância, a violência e tantos outros valores negativos dos quais nem sempre nos apercebemos.
Quando isto acontece, nossa própria natureza se encarrega de expulsar parte desse lixo para que não nos sufoque, e essa carga mórbida, ao ser  drenada para o corpo carnal, materializa-se nele em forma de doenças, ou de predisposições para determinadas enfermidades.

A saúde e a enfermidade são produto da harmonização ou desarmonização do individuo para com as leis espirituais que do mundo oculto atuam sobre o plano físico; as moléstias, portanto, em sua manifestação orgânica , identificam que no mundo psíquico e invisível aos sentidos da carne ,a alma está enferma!(Fisiologia da Alma/Ramatís)
O volume de cólera ,inveja ,luxuria, cobiça, ciúme, ódio que porventura o espirito tenha imprudentemente acumulado no presente ou nas existências físicas anteriores forma um PATRIMONIO ´´MORBO PSIQUICO``, uma carga insidiosa e tóxica que , em obediência á lei da harmonia Espiritual , deve ser expurgada da delicada intimidade do períspirito.( Fisiologia da alma, Ramatís)
São os pensamentos e os atos do Espírito que determinam a maior ou menor soma de dores por que há de passar, pois do equilíbrio e da paz da consciência espiritual do ser é que resulta a estabilidade magnética ou eletrônica do períspirito e do corpo físico .(Fisiologia  Da Alma)
As dores e as enfermidades aquebrantam a rudeza e humilham o orgulho da personalidade humana ; obriga o espirito a centralizar-se em sí mesmo e a procurar compreender o sofrimento .
Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive.
Aquele que nada encontrou de bom nos lugares onde passou, não poderá  encontrar outra coisa dentro de sí.
Somos todos viajantes no tempo e o futuro de cada um de nós está escrito no passado. Ou seja, cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo.
A saúde a enfermidade, ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos e isso só depende de nós mesmos.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Para onde vai o alimento do mundo?


Recentemente a imprensa do Rio Grande do Sul alardeaou aos quatro ventos, como se fosse o máximo: “uma supersafra de soja de 12 milhões de toneladas faz a alegria dos exportadores” (que exauriram a terra com a monocultura, os agrotóxicos, a desertificação).

Considerando que 50 quilos de soja por ano, mais ou menos (possivelmente menos!) poderiam suprir as necessidades de proteína de uma pessoa – com o grão, leite de soja, queijo de soja, proteína texturizada etc – quantas pessoas esses doze milhões de toneladas poderiam livrar da fome e da desnutrição, SE fossem empregadas para a alimentação humana?

Ah, não são?

Não!

Zero Hora de Porto Alegre, 15/4/2011: “No momento em que o Brasil colhe uma produção recorde de grãos, os sojicultores estão entusiasmados com a respectiva de reforço nas exportações.

Falar sobre o mercado chinês faz brilhar os olhos dos agricultores.

O presidente da Aprosoja, Glauber Silveira: – O bom é que (os chineses) não são tão exigentes. Não querem saber se é transgênico ou não. Eles querem alimentar seus suínos para atender sua demanda interna”.

É exatamente para aí – ração de animais “de corte” – que vai a esmagadora maioria da supersafra de soja, de milho, de grãos que faltam à humanidade faminta.

Perde o comedor de carne (a saúde), perdem os famintos (a vida), perde o planeta (com o desmatamento, a poluição, a violência psíquica reforçada), perdem os animais (cruelmente criados e mortos). Ganha um pequeno grupo inconsciente.

Comer carne não é apenas uma opção dietética – saborear ou não o cadáver de um irmão menor. É uma opção ética, e entre os termos dessa equação sinistra, um dos mais relevantes é esse: contribuir para a fome no mundo.

Fonte: Informativo Ramatís 2 - AFRAM 

 

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O que significa o vocábulo feitiço?

 
PERGUNTA: - Mas o que significa, realmente, o vocábulo feitiço?
RAMATÍS: - Feitiço, sortilégio, bruxaria e enfeitiçamento significam operação de "magia negra" destinada a prejudicar alguém. Antigamente, a palavra feitiço ou sortilégio expressava tão-somente a operação de encantamento, ou no sentido benéfico de "acumular forças" em objetos, aves e animais e seres humanos. Daí, o feitiço significar, outrora, a confecção de amuletos, talismãs, escapulários e orações de "corpo fechado", cuja finalidade precípua era proteger o indivíduo.
O encantamento ou enfeitiçamento de objetos ou seres sempre implicava na presença de um mago, porque era um processo vinculado à velha magia. Mas em face de sua proverbial subversão e incitado pelo instinto animal inferior, o homem logo percebeu nessa acumulação de forças e dinamização do éter físico de objetos ou seres vivos, um ótimo ensejo para tirar o melhor proveito a seu favor. Logo surgiram os filtros mágicos e as beberagens misteriosas, para favorecer amores e casamentos, enquanto se faziam amuletos com irradiações nocivas, com finalidades vingativas. A palavra feitiço, que definia a arte de "encantar" a serviço do bem, então passou a indicar um processo destrutivo ou de magia negra!

Magia de Redenção - Ed. do Conhecimento 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O mel de Oxum pode acabar


O mundo sem abelhas?!
Abelhas do mundo todo estão sumindo, com impactos planetários alarmantes na agricultura.
 Além dos aspectos abordados pelo vídeo, será que o excesso de ondas eletromagnéticas - bilhoes de humanos com celulares e milhoes de estações bases retransmissoras de sinais no planeta  - interferem para as abelhas não voltarem para as colméias?
A situação do planeta é muito mais séria do que pensamos.
Os sinais estão aí...

* * *
Omulu e o mel de Oxum

Há mais de 5.000 anos, encontramos nos mitos Yourubanos muitos dos fundamentos que nos amparam.

Saibamos interpretá-los no campo dos fenômenos da magia dos Orixás dissociados dos míticos personagens humanizados.

Rogamos aos Orixás Omulu e Oxum que as chagas dos nossos duplos etéreos sempre que necessário sejam "ressuscitadas" com a força - axé - Deles, para a nossa plena harmonia e saúde em todos os sentidos.

Atotô meu pai!!!
Ora yê yê ô minha mãe!!!
* * *
Orixá da continuidade da existência! Obaluaiê era muito mulherengo e não obedecia a nenhum mandamento que fosse.

Numa data importante, Orinmilá advertiu-o que se abstivesse de sexo, o que ele não cumpriu. Naquele mesmo dia possuiu uma de suas mulheres. Na manhã seguinte despertou com o corpo coberto de chagas. Suas mulheres pediram a Orunmilá que intercedesse junto a Olodumaré, mas este não perdoou Obaluaiê, que morreu em seguida. Orunmilá usando o mel de Oxum despejou-o por sobre todo o palácio de Olodumaré.


Este, deliciado, perguntou a Orunmilá quem havia despejado em sua casa tal iguaria.Orunmilá disse-lhe que havia sido uma mulher. Todas as divindades femininas foram chamadas, mas faltava Oxum, que confirmou ao chegar que era seu aquele mel. Olodumaré pediu-lhe mais, que Oxum lhe fez uma proposta.


Oxum daria a ele todo o mel que quisesse, desde que ressuscitasse Obaluaiê. Olodumaré aceitou a condição de Oxum, e Obaluaiê saiu da terra vivo e são.

Chegando de viagem à aldeia onde nasceu, Omulu viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Omulu não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro, Ogum, ao perceber a angústia do orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Omulu entrou, mas ninguém se aproximava dele.

Iansã tudo acompanhava com o rabo de olho. Ela compreendia a triste situação de Omulu e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê estava animado.Os orixás dançavam alegremente com suas equedes.Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha, levantou-lhe as palhas que cobriam suas pestilência. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Omulu pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Omulu, o deus das doenças, transformara-se num jovem, num jovem belo e encantador. Omulu e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.


terça-feira, 12 de julho de 2011

Breve opinião sobre as curas nos terreiros umbandistas

- toda terça-feira no Triângulo da Fraternidade  trabalho especializado na vibração de Obaluayê / Omulu com 3 níveis de ectoplasmia e magnetismo ( eteriatria ) no duplo etéreo - triagem e marcação no dia - portão de entrada abre 18h e fecha pontualmente 19h.

A umbanda vem recebendo um reconhecimento privilegiado nos campos de cura, a eficácia dos trabalhos terapêuticos na casas umbandistas vem exercendo grande impacto sobre as correntes espiritualistas; Até alguns centros kardecistas dos quais ainda exerciam certo tipo de preconceito contra o culto umbandista, vem fazendo apologia às praticas terapêuticas umbandistas.

Muitos são os fatores responsáveis por esse êxito nas práticas de cura umbandistas, um dos que não devemos nunca menosprezar, é o ectoplasma, uma fonte de energia do corpo espiritual facilmente manipulável e maleável existente em todos nós.

Muitos dos passes e simples terapias são resolvidos através da doação do ectoplasma, é claro que isso é apenas um dos métodos utilizados pelos médiuns e mentores dentro da liturgia umbandista. Também temos a cura através da imposição das mãos, onde somos condutores de energia do prana (Fluxo de energia disperso no Cósmico segundo os hindus) e através das mãos, direcionamos a energia até o ponto enfermo.

Como a Umbanda é universalista, e a cada dia que passa médiuns das mais diferentes doutrinas e mentores dos mais variados cantos do globo, atuam de uma forma íntegra e diferencial, a mediunidade evoluiu com o passar dos tempos, o conhecimento está próximo a todos e com isso, novas linhas de trabalho na Umbanda surgem para suprir a deficiência que talvez, um dia, tínhamos.

Existe até guias que utilizam princípios do reiki, e já presenciei um médium que não sabia de nada sobre a filosofia e o seu caboclo realizou um excelente trabalho, temos também o caso de um exu que fazia cirurgias espirituais e assim, com o vasto conhecimento existente no Universo, a Umbanda vem atuando sobre várias vertentes.

Em meu ponto de vista, devemos isso principalmente à Grande Vibração de Oxossi que atua na cura e de Omulu que atua na transmutação, sob essa egrégora, os mentores vêm exercendo papel fundamental para a diminuição das aflições dos irmãos da Terra, com os médiuns também evoluindo, possibilita-se uma integração singular entre médium e guia. A Mediunidade semiconsciente e consciente também é um dos grandes fatores, ocorre uma simbiose ímpar, o guia aprendendo e utilizando as faculdades inerentes do médium e o médium aprendendo com o guia atuando em uma troca fantástica de energia e conhecimento.

Também não devemos esquecer de nossas sagradas folhas, nossas miraculosas ervas que atuam como catalisadores para as mais variadas patologias existentes no campo físico e espiritual, ótimas para limpeza, para a cura e até atuando como condensador de energia para a queima de larvas e miasmas astrais. Com tudo isso, meu pensamento é rapidamente remetido à Perfeição Divina, tudo temos na Natureza, e a Umbanda antes de tudo, é o culto à Natureza, a todas as energias provenientes do Universo, e atuam em cada canto da vibração sutil dessa energia, as cachoeiras, as matas, os mares, entre outros vários. Até mesmo no cemitério, que é o campo santo da transmutação, o portal das almas.

O que mais me impressiona nesse Universalismo Umbandista, são os diferentes graus de conhecimento que cada guia traz, o conhecimento dos caboclos não são somente aqueles que se perderam no tempo, são aqueles também que foram rememorados nos dias hodiernos, as práticas ditas ancestrais, arcaicas ou primitivas, voltam a ocupar ênfase no dia de hoje, estamos vivendo uma era maravilhosa de resgate, com isso, a saúde mental será o prisma de tudo isso.

É a cura através da Magia, da simbiose energética, dos conhecimentos antigos orientais, é a Umbanda trazendo a evolução, provando que não temos somente um corpo físico, que quando curamos nosso corpo espiritual, nosso perispírito, estamos também curando ou evitando que um malefício se alastre também no corpo físico.

Percebe-se que na Umbanda temos um arsenal de técnicas para suprir as enfermidades dos adeptos que ali adentram, e isso ocorre nas mais variadas linhas, Sr. Chico Preto sempre com seus remédios, através da magia de sua fumaça e seus banhos para lá de esquisitos, sempre de cabeça, vem também obtendo grande êxito nos processos terapêuticos. A Linha de ciganos trazendo seus conhecimentos que perduraram os séculos através de suas inigualáveis magias. Os sábios preto-velhos que trouxeram sua ciência oriunda do continente africano, miscigenada com o poder das ervas brasileiras, entre outras grandes correntes das sete linhas da Umbanda, cada qual com sua característica e sua ciência.

E devemos agradecer a essa perfeição Cósmica da qual estamos sempre sofrendo influência, e dessas maravilhosas vibrações que damos o nome de orixás, sob tais auspícios, nós médiuns com o auxílio do conhecimento de outro orbe, dos guias e mentores, conseguimos gradativamente infiltrar-nos ainda mais nessa gama de conhecimento existente no Cósmico e no corpo espiritual de cada consulente necessitado de ajuda.

Enfim… Uma série de fatores contribuiu para o grande êxito das curas nos nossos amados terreiros, e como sempre, pregando a humildade e o culto e respeito à natureza, galgaremos com grande sucesso, as escadas inerentes à nossa evolução espiritual.

E vale lembrar, também é muito importante um médium consciente de suas obrigações e que dedique seu tempo aos estudos, quanto mais rica é a cabeça do médium, maior sua serventia para o trabalho dos guias de luz.

Fonte: http://umbandadochico.wordpress.com/2009/02/09/breve-opiniao-sobre-a-cura-nos-terreiros-umbandistas/


domingo, 10 de julho de 2011

"Vós sois a luz do mundo"




Pergunta - Se não acendermos uma vela, na hora de fazermos uma oferenda ou no altar – congá – na abertura de uma sessão de caridade – gira –, os trabalhos ficarão comprometidos? Corremos algum risco?

Deveis refletir que a luz cósmica, não focalizada – o “C” da conhecida fórmula de Einstein – é a base e, por assim dizer, a matéria-prima de todas as coisas do mundo material e astral. Os elementos da química, desde os mais simples até o mais complexo, são filhos da luz invisível, a qual, quando condensada em diversos graus, produz os elementos, e destes são feitos todas as coisas do mundo.

Quer dizer que, nos planos físico e rarefeitos, a luz é a causa e a origem de todas as matérias e forças do universo. Ora, o que a luz é no plano físico, isto é Deus na ordem metafísica ou espiritual do Cosmos. A luz física é o grande condensador desse foco irradiante metafísico. Álias, profundo conhecedor das verdades cósmicas, o divino Mestre afirma que ele é a Luz do mundo, e que também seus discípulos são esta luz. Assim como a essência do Pai está nele e em vós, assim a tarefa precípua do homem no sentido de sua espiritualização consiste em que ele faça a sua limitada existência humana tão luminosa como a sua infinita essência divina. Fazer a chama imanente de cada cidadão ser um foco de luz incandescente requer tirar a fuligem do candeeiro da alma, movendo a mente do egoísmo e das trevas inferiores e fixando a consciência nos valores clareadores do evangelho de Jesus.

Então, sendo a luz a única coisa incapaz de ser contaminada, porque a sua vibração é máxima, não sendo afetada por nenhuma vibração inferior, obviamente que uma vela acesa tem inestimável valor magístico como ponto focal para a mente cambaleante na sua concentração. Todavia, se não acenderdes uma vela no momento de depordes uma oferenda ou no altar antes de uma sessão, não correreis maior risco se tiverdes a convicção que não estais separados de Deus. O que tem valia são vossas intenções e, notadamente, se vos reconciliai com vossos inimigos antes de entregardes qualquer oferta em um altar, independente de elementos materiais utilizados para vosso apoio mental e sustentação da fé oscilante.

Nenhum elemento externo substitui a fortaleza interna da alma sustentada pela fé que se alimenta da intenção benfeitora para os irmãos de jornada evolutiva. 

As disposições e impulsos internos da criatura é que farão ela correr riscos ou não.

Quais são as vossas intenções ao acenderdes uma vela?





sábado, 9 de julho de 2011

As virtudes e os vícios



Sérgio Biagi Gregório
1. INTRODUÇÃO
Ao procurar compreender a virtude não são fáceis as perguntas que a razão humana se defronta: existe realmente a virtude? Em que consiste? Como pode o homem fragmentário em seus atos parciais, encontrar a unidade, o todo? A virtude liberta ou robotiza? O que significa dizer que aquela pessoa é uma “boa pessoa”? Tomemos essas questões como ponto de partida para o desenvolvimento de nossa peça oratória.

2. CONCEITO

Virtude é uma disposição estável em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples potencialidade ou uma aptidão para uma determinada ação boa: trata-se de uma verdadeira inclinação.

Para o Espírito Emmanuel a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do Espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo trabalho no esforço próprio. (Pergunta 253 de O Consolador)
Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente. 

3. HISTÓRICO
Sócrates (470-399 a. C.) - O estudo da virtude se inicia com Sócrates, para quem a virtude é o fim da atividade humana e se identifica com o bem que convém à natureza humana. Na sua conceituação, comete dois erros: 1) confunde a ordem moral com a ordem do conhecimento; 2) exagerado otimismo.
Platão (429-347 a. C.) - Desenvolve a doutrina de Sócrates. Apresenta a virtude como meio para atingir a bem-aventurança. Descreve as 4 virtudes cardeais: a sabedoria, a fortaleza, a temperança e a justiça.
Aristóteles (384-322 a. C.) - Ao conceito já esboçado como hábito, isto é, de qualidade ou disposição permanente do ânimo para o bem, Aristóteles acrescenta a análise de sua formação e de seus elementos. As virtudes não são hábitos do intelecto como queriam Sócrates e Platão, mas da vontade. Para Aristóteles não existem virtudes inatas, mas todas se adquirem pela repetição dos atos, que gera o costume (mos), donde o nome virtude moral. Os atos, para gerarem as virtudes, não devem desviar-se nem por defeito, nem por excesso, pois a virtude consiste na justa medida, longe dos dois extremos.
Cristianismo - A influência da Sagrada Escritura fez com que se acrescentasse às virtudes cardeais, as virtudes teologais. Santo Agostinho diz que "a virtude é uma boa qualidade da mente, por meio da qual vivemos retamente". Santo Tomás de Aquino diz que "a virtude é um hábito do bem, ao contrário do hábito para o mal ou o vício".
Kant (1724-1804) - Entre os filósofos não cristãos dos tempos modernos requer especial atenção o sistema kantiano. Kant, em certo sentido, volta às doutrinas estóicas, enquanto procura formular uma ética que seja fim de si mesma, sem leis heterônomas, nem sanções. Mas a Crítica da Razão Prática, que cria a nova moral, não fala de virtude, mas só de moralidade: esta consiste essencialmente no cumprimento do dever, ou seja, dos imperativos categóricos que a razão autônoma dita. Embora por outros caminhos, caiu no mesmo erro dos antigos estóicos, dando-nos uma ética vazia, que se destrói a si mesma, negando todo legislador, toda sanção, todo o fim ulterior de nossas ações.
Aspecto Prático da Virtude - Além do aspecto teórico da sua conceituação, estritamente conexo com o sistema filosófico no qual se enquadra a Ética, apresenta um aspecto prático de vivo e permanente interesse: como formar e desenvolver a virtude. É o campo da Psicologia Educacional e da Pedagogia. No educador exige antes de tudo o bom exemplo, tão necessário, especialmente no trato com as crianças, incapazes de longos raciocínios e vivamente levadas à imitação. (Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo)

4. VIRTUDE EM ARISTÓTELES
4.1. O TEXTO ARISTOTÉLICO
“A virtude é portanto uma disposição adquirida voluntária, que consiste, em relação a nós, na medida, definida pela razão em conformidade com a conduta de um homem ponderado. Ela ocupa a média entre duas extremidades lastimáveis, uma por excesso, a outra por falta. Digamos ainda o seguinte: enquanto, nas paixões e nas ações, o erro consiste ora em manter-se aquém, ora em ir além do que é conveniente, a virtude encontra e adota uma justa medida. Por isso, embora a virtude, segundo sua essência e segundo a razão que fixa sua natureza, consista numa média, em relação ao bem e à perfeição ela se situa no ponto mais elevado”. (Ética a Nicômaco, II, 6)
4.2. TERMOS IMPORTANTES
Para entender corretamente o texto filosófico, devemos localizar os termos mais importantes, e suas noções. Assim:
Virtude (arétè) designa toda excelência própria de uma coisa, em todas as ordens de realidade e em todos os domínios. Aristóteles a emprega assim, embora lhe acrescente o valor moral.
Disposição (héxis) é definida como uma maneira de ser adquirida. O latim traduziu héxis por habitus. A virtude só será habitus se se retirar desse termo o caráter de disposição permanente e costumeira, mecânica, automática.
Mediedade (mésotès): este termo remete tanto ao termo médio de um silogismo quanto à média (ou ao meio termo) que caracteriza a virtude. 
4.3. A VIRTUDE É MÉDIA E ÁPICE
Como, pois, entender que virtude é média e ápice?
Aristóteles parte de um conceito geral e delimita-o depois.
Diz, primeiramente, que a virtude é agir de forma deliberada; depois, fala em agir em prol do mais alto bem. Ao falar dela como héxis, enfatiza uma capacidade adquirida, constante e duradoura, o que elimina a pretensa qualidade inata. Assim, ao se comportar moralmente, o homem deve também se comportar racionalmente, ou seja, uma razão que já passou pela prova dos fatos; a mediedade, diz ele, é a que o homem prudente determinaria. E determinaria em função dos homens superiores a ele. Por isso é oportuno aconselhá-los a imitarem os melhores.  
4.4. A VIRTUDE NÃO É MÉDIA, ELA É A MÉDIA JUSTA
A mediedade opõe-se a dois vícios simétricos: o excesso e a falta.
Quais são essas práticas que não são virtudes? Os vícios.
Explicação: a natureza moral jamais é natural, e sim o resultado de uma maneira de ser adquirida –  para mais ou para menos –, o que representa sempre um excesso. Por exemplo, a coragem é virtude delimitada por essa falta que é a covardia  e esse excesso que é a temeridade. A virtude revela-se portanto como um meio termo.
A virtude não é assim uma média aritmética dos excessos para mais ou para menos, ela é o vértice de eminência, ou seja, é ela quem diz qual é o vício para cima ou para baixo. O óbolo da viúva, de que nos lembra o Evangelho, vem a calhar: a viúva que deu apenas uma moeda, deu mais do que o rico, pois enquanto este deu o que lhe sobrava, para ela a quantia representava uma privação. (FOLSCHEID, 2002, cap. III) 

5. VIRTUDES CARDEAIS E VIRTUDES TEOLOGAIS
Desde a Antiguidade até os nossos dias, as virtudes foram classificadas em Cardeais e Teologais. As Cardeais são adquiridas pelo esforço; as Teologais como um Dom de Deus.
5.1. VIRTUDES CARDEAIS
As virtudes cardeais são aquelas virtudes essenciais na qual todas as outras decorrem. São em número de quatro: prudência, fortaleza, temperança e justiça. Funciona como uma dobradiça, pois todas as outras devem girar ao redor destas. Isto decorre da etimologia da palavra cardeal (cardo = gonzo = dobradiça).
Prudência - É aquela virtude que permite ao entendimento reflexionar sobre os meios conducentes a um fim racional. 
Fortaleza ou valentia - Consiste na disposição para, em conformidade com a razão, isto é, em atenção a bens mais elevados, arrostar perigos, suportar males e não retroceder, nem mesmo ante a morte. A paciência, por exemplo, é uma virtude subordinada à fortaleza, e consiste na capacidade constante de suportar adversidades.
Temperança - Consiste em aperfeiçoar constantemente a potência sensitiva, de modo a conter o prazer sensual dentro dos limites estabelecidos pela sã razão. Assim, a moderação é a temperança no comer, a sobriedade no beber, a castidade no prazer sexual. São aparentados com a temperança: a negação ou domínio de si mesmo, isto é, a vontade de não se deixar desviar do bem, nem sequer pelas mais violentas excitações do desejo.
Justiça - Consiste ela na atribuição, na equidade, no considerar e respeitar o direito e valor que são devidos a alguém, ou a alguma coisa. (Santos, 1965)
5.2. VIRTUDES TEOLOGAIS
Na Ética religiosa a , a Esperança e a Caridade são chamadas teologais, porque não são elas produtos de um hábito, pois o homem não as adquire através de seu próprio esforço.
A é o assentimento do intelecto que crê, com constância e certeza, em alguma coisa. A prudência, a fortaleza, a justiça e a moderação podem ser adquiridas. Ninguém gesta dentro de si a Fé; ou a tem, ou não.
A Esperança é a expectação de algo de superior e perfeito. A Esperança não é o produto de nossa vontade, mas de uma espontaneidade, cujas raízes nos escapam, porque não é ela genuinamente uma manifestação do homem, mas algo que se manifesta pelo homem, porque não encontramos na estrutura de nossa vida biológica, nem da nossa vida intelectual, uma razão que a explique.
A Caridade é a mãe de todas as virtudes como dizem os antigos, e diziam-no com razão: é a raiz de todas as virtudes, porque ela é a bondade suprema para consigo mesmo, para com os outros, para com o Ser Infinito. A caridade, assim, supera a nossa natureza, porque, graças a ela, o homem avança além de si mesmo, além das suas exigências biológicas.
Não são o produto de uma prática, porque pode o homem praticar a caridade sem tê-la no coração; pode o homem exibir uma crença firme, sem alentá-la em seu âmago; pode o homem tentar revelar aos outros que é animado pela esperança, sem ressoar ela em sua consciência. (Santos, 1965)

6. VIRTUDES E VÍCIOS
6.1. OS VÍCIOS MAIS COMUNS
Ao longo do tempo adquirimos uma série de hábitos negativos. Alguns deles são visíveis como o fumo e o álcool; outros, nem tanto. É que costumamos disfarçá-los ao máximo, para que não se tornem muito evidentes. Nesse sentido, à gula damos o nome de necessidade proteínica; à lascívia chamamos necessidade fisiológica; a ira é embelezada com a expressão paradoxal: “cólera sagrada”; a cobiça é encoberta com a desculpa da  previdência; a preguiça disfarçamos com a necessidade de repouso, quando não com a esperteza que faz os outros produzirem por nós.
6.2. VIRTUDES E VÍCIOS NA VISÃO DO ESPIRITISMO
Allan Kardec, nas perguntas 893  e 913 de O Livro dos Espíritos , esclarece-nos este assunto com muita propriedade.
893. Qual a mais meritória de todas as virtudes? 
— Todas as virtudes têm seu mérito, porque todas são indícios de progresso no caminho  do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das tendências; mas a sublimidade da virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem segunda intenção. A mais meritória é aquela que se baseia na caridade mais desinteressada. 
913. Entre os vícios, qual o que podemos considerar mais radical?
Já o dissemos muitas vezes; o egoísmo. Dele deriva todo do mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos existe o egoísmo. Por mais que luteis contra eles não chegareis a extirpá-los enquanto não os atacardes pela raiz, enquanto não lhes houverdes destruído a causa. Que todos os vossos esforços tendam para esse fim, porque nele se encontra a verdadeira chaga da sociedade.

7. CONCLUSÃO
O movimentar-se diário produz hábitos. Os hábitos maus enraízam de tal sorte em nosso psiquismo que se tornam extremamente difíceis de serem eliminados. Em se tratando do esforço para extingui-lo, parece-nos que cometemos um erro que já se tornou secular, ou seja, combater a causa pelo efeito. Somente quando tomamos consciência do móvel que produz a ação é que podemos ter segurança na eliminação do efeito. Na realidade, não somos nós que deixamos os vícios; são eles que desprovidos da nossa atração, deixam-nos.

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro, M.E.C., 1967.
FOLSCHEID, Dominique e WUNENBURGER, Jean-Jacques. Metodologia Filosófica. Tradução de Paulo Neves. 2. ed., São Paulo: Martins Fontes, 2002. (Ferramentas)
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.
SANTOS, M. F. dos. Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais. 3. ed., São Paulo, Matese, 1965.
XAVIER, F. C. O Consolador, pelo Espírito Emmanuel. 7. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.
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