PERGUNTA: - Somos de opinião que as preces iniciais, as contagens de pulsos magnéticos, as formas geométricas verbalizadas e a criação de campos de força, os cânticos e o estalar de dedos, que fazem parte do roteiro de abertura nos grupos de apometria, nada mais são que um ritual, embora sem o apoio em condensadores energéticos materiais. Diante do mentalismo da Nova Era e do racionalismo espírita, esses procedimentos não são dispensáveis? Ainda precisamos de atos ritualísticos?
RAMATÍS: - Sem dúvida. Ficareis surpresos ao saber que no Espaço se utilizam os rituais. A idéia preconcebida de que o mentalismo predomina nos planos sutis não faz com que se dispense os ritos, o método, a ordem, a hierarquia, a disciplina e os procedimentos necessários para se manipular a massa amorfa que é o fluido cósmico universal, que, por sua vez, é a matéria-prima que anima todo o Universo manifestado na forma.
Não basta somente a força mental das potestades angélicas. Existem atividades co-criativas com o Pai que não conseguis compreender em sua totalidade universal. É como se fôssemos eternos aprendizes da magia cósmica, pois as forças com as quais lidamos nas altas esferas vibracionais requerem "treinamentos" cada vez mais refinados. Os princípios por que os maiorais se regem para conferir o aprendizado não diferem da aplicação ritualística no interior dos templos pelos magos iniciadores.
Tendes de rever a vossa opinião de que os elementos materiais são prescindíveis nos rituais, premissa equivocada que cria objeções por incompreensão. O mentalismo não dispensa a ritualística, o que não quer dizer apego excessivo aos cerimoniais, objetos e formalidades dispensáveis. Existem ritualismos mentais que impõem a utilização das formas que animam as dimensões superiores, o que não conseguimos vos descrever completamente por absoluta falta de palavras em vosso acanhado vocabulário atual.
A intenção é fundamental para a mente estar direcionada às energias invocadas e evocadas. A educação mental se apóia em ritos internos, por intermédio dos quais se movimenta a matéria-prima universal que anima tudo e todos no Cosmo. Os seus princípios, imutáveis, requerem ininterrupta dilatação mental para que o mago se conecte com a Unidade que permeia e tangencia o Infinito. Assim, quanto mais ampliada a atuação do espírito, tanto mais se exige dele o cumprimento das regras que mantêm a harmonia do Todo, como um cientista que tem uma seqüência a ser cumprida para misturar as essências químicas; se não for rigidamente seguida, pode explodir o seu laboratório.
Esse exemplo ilustra, na devida proporção, os ditames do ritual divino que ordena a manipulação das energias cósmicas, elaborado pelos maiorais sidéreos, a que todos devem se submeter, inclusive para a criação de mônadas espirituais, algo que absolutamente fugiria a vossa atual capacidade de entendimento.