sábado, 29 de agosto de 2015
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
sábado, 15 de agosto de 2015
ESOTERISMO DE UMBANDA - MEDIUNIDADE E MOVIMENTOS ENERGÉTICOS.
POR SI SÓ, CURSOS OU RITOS
DE CONSAGRAÇÃO NÃO GARANTEM O PREPARO DE UM MÉDIUM MAGISTA.
Durante o acoplamento
mediúnico, os mentores utilizam uma grande quantidade de energias, tanto as
originadas dos condensadores energéticos do terreiro, como as do médium e as
atraídas pelo próprio mentor através de vários processos magísticos. Estas
energias são direcionadas para a manutenção do contato mediúnico, para a
consulta e ativações sobre o consulente e também como ajustes para o próprio
médium. A Entidade responsável pelo mediunismo de seu aparelho sabe como
ativar, paulatinamente, certos conteúdos do inconsciente do médium,
possibilitando um aprimoramento psíquico e também expandindo gradualmente suas
percepções do Plano Astral.
Quando uma Entidade da
Umbanda atua sobre seu médium, movimenta as variantes do Prana (Prana, Apana,
Vyana, Udana e Samana), de acordo com a vibratória original dela e com as
forças que ela necessita para desenvolver determinado trabalho. Para que isto
ocorra de maneira satisfatória, sem prejuízo para o médium, é preciso que o
mesmo esteja com seus canais mediúnicos “limpos”, com seus condutores
energéticos desimpedidos. Estes canais mediúnicos e condutores energéticos
referem-se aos chacras no Organismo Astral, aos Plexos no Organismo Etéreo-físico
e a pequenos canais com funções semelhantes às dos vasos sanguíneos ou fibras
nervosas, denominados pelos hindus como nadis ou pipas, e pelos chineses como
meridianos, no organismo etérico.
Para que um médium possa
estar com seus fluxos energéticos adequados, duas condições devem ser
observadas:
1º - o médium deve cultivar
valores morais positivos, zelar por seus pensamentos e sentimentos, procurando
conhecer-se e utilizando as práticas orientadas pelos mentores de sua casa em
como proceder para atingir este objetivo;
2º - deve procurar os
alimentos mentais, astrais e físicos apropriados para restabelecer o desgaste
energético a que é submetido no dia-a-dia pelo exercício de suas atividades
mediúnicas, isto se faz através de visualizações, cantos ou mantras, da magia
vegeto-astro-magnética e pela frequência nos sítios sagrados da Natureza.
A atenção para esses fatores
básicos impedem que o médium tenha suas forças exauridas, que se comporte como
uma bateria elétrica que se descarrega e não mais funciona.
Mantendo constantes esses
princípios o médium será como um gerador de energia, capaz de transformar
energias negativas em positivas, ou mesmo absorver energias positivas e mudar
seu estado para mais sutil ou mais denso (ex: a transformação de energia
etérica em astral, e vice-versa). Estamos aqui nos referindo aos médiuns
verdadeiramente assistidos pelo Astral Superior.
Devido às dificuldades
impostas pelo próprio médium, muitas vezes os Mentores não podem movimentar
todo potencial energético de que dispõem, pois o médium com seus condutores
alterados, oferecendo resistência à passagem de correntes, poderia ter sua
constituição ameaçada em sua integridade. Este é um dos motivos pelos quais
raros médiuns são qualificados como médiuns-magistas - e apômetras -, tendo
suas ações restritas a certas movimentações leves da magia etéreo-física, sem
as chamadas Ordens e Direitos de atuação neste âmbito. A condição de suportar
todo o “embate” de energias envolvidas na magia, que fazem do médium um mago e
sacerdote, é aquisição de vidas passadas, um “dom, que cursos ou ritos não
podem oferecer. Isto é importante ficar claro, pois hoje a democratização
destes cursos e consagrações, que são oferecidos a qualquer um indistintamente,
passa a impressão que magia no mediunismo é algo simples e fácil, bastando
fazer o curso com ciclano ou beltrano e ser consagrado para adquirir-se certos
“poderes” que são uma ilusão.
Reflitamos que após ter
iniciado suas atividades como médiuns, a maioria dos indivíduos tem ainda seus
canais energéticos com certos estreitamentos locais, certas “deformidades”, que
correspondem às imperfeições mentais e astrais que vibram do subconsciente
gerados por atos em outras vidas (ressonâncias de vidas passadas), armazenados
na memória astral e que influenciaram na organização etéreo-física do presente
corpo astral. Através dos ritos de adestramento mediúnico, da doutrina e até da
atividade prática que exige tempo, as vezes muito tempo e paciência, os
mentores em contato mediúnico desfazem certos bloqueios energéticos e, por
consequência, desativam na memória astral inconsciente do médium os conteúdos
que originaram estes bloqueios. Esta sutil e programada interferência sobre a
memória perene (registros de vidas passadas) do médium é feita à medida que o
mesmo vai adquirindo condições, através do aprendizado com os mentores e com o
Mestre encarnado que o orienta, de resolver estes dilemas conscienciais e
seguir avante na jornada evolutiva espiritual.
Dissemos que conforme a
ligação entre o médium e o mentor que lhe assiste vai se estreitando, se há o
empenho do médium na observância das maneiras de manter o mediunismo no tempo,
os "nós" e "deformações" dos condutos energéticos vão se
dissolvendo lentamente e os conflitos conscienciais que os geraram também vão
sendo equacionados. Esta fluência maior de energias permite uma ampliação da
atuação do Mentor sobre aquele médium, nas consultas e trabalhos. De fato,
quanto mais sintonizado estiver o discípulo, mais há o deslocamento da atuação
mediúnica que passa do campo etéreo-físico e astral para o campo mento-astral.
Entretanto, embora outras formas de comunicação mediúnica possam ser
utilizadas, estes médiuns e seus Mentores não devem se esquece da mecânica de
incorporação, tão necessária na atualidade às grandes massas, pelas provas
inegáveis da vida do espírito.
Em função do tipo de atuação
mediúnica e da vibratória da entidade, há certa predominância de uma das
variantes do Prana. Estas energias significam fonte de vida para todos os seres
e provêm mais diretamente do Sol, embora soframos influências de todos os
astros e sítios da natureza, recompondo-se em seu espectro de variantes (as
cinco acima citadas ou dez se considerados seus aspectos negativos) após a
entrada na atmosfera terrestre. O Poder Volitivo dos Orixás Ancestrais com Exu
– Agente Mágico Universal - é o responsável pelas variações do Prana e pela
manutenção da vida no planeta, nos reinos mineral, vegetal e animal que são a
base de sustentação da vida e dos processos de encarne e desencarne do Reino
Hominal.
A Ciência da Movimentação de
Forças Sutis de acordo com os Ciclos e Ritmos do Universo, sob a Lei Suprema,
faz parte da Doutrina de Umbanda, ensinada pelos seus Guias Astralizados que
muitas vezes se apresentam nos terreiros como simples Caboclos e Pretos-Velhos.
Assim o fazem no intuito de demonstrar que precisamos de fortaleza moral e de
atividade efetiva em nossa vida espiritual para estarmos em harmonia com as
correntes cósmica da evolução que levam da Matéria ao Espírito, da Morte à Vida
Eterna, da Ilusão à Realidade, mas, acima de tudo, de muita humildade, amor e
propósito em servir desinteressadamente, o que nos parece, infelizmente, estar
faltando hoje em dia, no afã de conseguirmos poderes, sermos magos, sacerdotes
e consagrados, tudo muito rapidamente.
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
domingo, 9 de agosto de 2015
quinta-feira, 6 de agosto de 2015
OBRAS NO TRIÂNGULO DA FRATERNIDADE
Prezados irmãos
planetários,
Neste momento, ACONTECE no
Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade, execução da obra de
impermeabilização da laje dos 3 banheiros, 2 internos e 1 externo. Teremos
telhado novo e calhas para coleta e canalização adequada da chuva no corredor -
vão lateral - entre os banheiros e o terreiro. Este espaço será utilizado para
"depósito" do lixo que produzimos - humano e litúrgico; como folhas,
flores, resto de velas, etc, adequando-nos ao descarte do lixo produzido em
conformidade com a atual legislação orgânica do município.
Trata-se ainda da segunda
etapa da obra no telhado que iniciou semana passada, pois refizemos todo o
telhado velho do segundo piso, que estava seriamente danificado depois de uma
chuva de granizo e com várias goteiras.
Os recursos investidos à
vista, entre material e mão de obra, ultrapassarão os R$ 8.000,00. O custeio
que viabiliza a comissão de obras vêm de uma parte da mensalidade e de outra
parte - principal - da venda da Livraria do Triângulo - bazar e livros.
Em breve estaremos
pintando a casa, corredores e banheiros internos.
Contamos com a
conscientização de todos no uso e preservação pró ativa dos bens materiais
coletivos, pois sem eles não poderíamos fazer a caridade através da mediunidade.
COMISSÃO DE OBRAS
GRUPO DE UMBANDA TRIÂNGULO
DA FRATERNIDADE
terça-feira, 4 de agosto de 2015
domingo, 2 de agosto de 2015
RAÍZES DO CULTO AOS ORIXÁS – PRECONCEITO E PSEUDO SUPERIORIDADE RACIAL.
Por Norberto Peixoto.
Tenho verificado que o pior
preconceito é o velado, o dissimulado, àquele que não se mostra. Por dentro da
Umbanda, sendo o que vivencio e posso falar, ainda existe sim, muito preconceito.
Há os que preconizam uma Umbanda pura, e o esforço de busca desta pseudo pureza
doutrinária é proporcional à exclusão de tudo que remete à África. Verifiquemos
que as inteligências intelectuais históricas da Umbanda criaram orixás “novos”,
foram buscar nos vedas e nas escrituras hebraicas – cabala – referências para
explicar as raízes do culto aos orixás, desprezando a rica etnografia africana,
especificamente nagô iorubana.
Tivemos um marcante e
histórico recorte etnográfico inicial com o trabalho de Nina Rodrigues, no
inicio do século passado, O ANIMISMO FETICHISTA DOS NEGROS BAIANOS, que embora
preconceituoso, pois absorve o conceito de superioridade de raças vigente na
Europa e decorrente do iluminismo francês, ao qual por sinal, o próprio Allan
Kardec bebeu na fonte, tendo escrito um artigo a respeito na revista espírita A
IMPERFECTIBILIDADE DA RAÇA NEGRA, que diz que os espíritos atrasados reencarnariam
em corpos africanos e chineses - uma “mancada” pessoal de Allan Kardec que não foi
abalizada pelos espíritos da codificação e assim não desmerece sua importante
obra -, é válida a pesquisa de campo de Nina Rodrigues, sendo o marco inicial
do estudo antropológico das religiões africanas no Brasil.
No Brasil, conforme Nina
Rodrigues em seu segundo estudo etnográfico OS AFRICANOS NO BRASIL, o culto foi
“unificado” e centralizado num mesmo espaço sagrado. Ou seja, os orixás
principais são cultuados num mesmo espaço e tempo, num mesmo rito, que é único por
não existir igual em África. Todavia, a descentralização de poder, cada
sacerdote é totalmente independente, causou um enfraquecimento ético e moral em
muitos casos, especialmente logo após a abolição da escravatura, conforme este
autor. Assim tivemos uma prevalência da rica cosmogonia nagô iorubana, e quando
falamos em orixás bebemos inexoravelmente nesta fonte, mesmo com todas as absorções e reinterpretações que houveram na
diáspora africana no Brasil, o culto aos orixás se mantém vivo e pujante em
nossa pátria como em nenhuma outra no planeta. Há que se considerar que originalmente o culto aos orixás era “fragmentado”, cada cidade ou comunidade
cultuava um orixá. Havia um poder central organizador e disciplinador, uma
confraria – espécie de maçonaria – de babalaôs que ordenava e “fiscalizava” os
aspectos éticos e morais do culto.
Acredito fielmente que na
atualidade estejamos vivenciando um forte impulso de retomada ética e moral do
culto aos orixás no Brasil, independente de denominação religiosa e de diferenças
rituais, observo um crescimento da ética – Sabedoria de Ifá -, dos antigos
babalaôs, que robustece a religiosidade com os orixás. Sem dúvida, o Brasil é o
maior país “africano” de culto aos orixás, pois em terras africanas os
muçulmanos e católicos reduziram significativamente o culto, num processo de
aculturação e domínio catequista perverso.
Infelizmente, temos muito ainda
a melhorarmos no tocante ao preconceito, pois sabemos que é muito forte ainda o
ideal de raça superior, que está impregnado no imaginário coletivo, a ponto de
idealizarmos raças extraterrestres evoluídas, brancas, de cabelos loiros e
olhos azuis.
Espero com este pequeno
artigo ter contribuído para a reflexão sobre as raízes de origem do culto aos
orixás, independente de denominações religiosas.
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