O amaci é um banho de ervas, realizado na coroa do médium, com a finalidade de lhe fortalecer o tônus mediúnico. É um reforço na ligação entre o médium e guia espiritual, melhorando cada vez mais este canal, trazendo mais segurança na mediunidade consciente do aparelho.
Como é feito este banho? O amaci é uma mistura de ervas frescas, escolhidas de acordo com os Orixás, macerada com água de cachoeira, do mar ou da chuva. Esta mistura, depois de preparada, deverá ser devidamente magnetizada em ritual próprio na frente do Congá, realizado pelo sacerdote.
Os vegetais em geral atuam como condensadores das energias vitais vindas do Sol, o prana. Eles são importantes reservatórios do éter vital, contendo em si os quatros elementos planetários: terra, fogo, ar e água.
A água provinda da natureza, dos sítios vibracionais de Oxum, Yemanjá e Nanã Buruquê, gravarão em seus cristais todo o axé acumulado nas ervas maceradas juntamente com a energia do Congá.
Esta mistura energizada será aplicada pelo sacerdote junto com seu guia espiritual, na região localizada atrás do crânio dos médiuns, sendo massageado na altura do bulbo raquidiano, diretamente numa linha vertical com a glândula pineal ou epífise. Esta glândula é o centro psíquico de recepção da mediunidade, ligado ao chacra coronário.
Como este chacra faz a ligação do nosso corpo denso aos corpos superiores, isto é, com o plano espiritual, recebendo esta energia potente do amaci, passará a girar no sentido e velocidade adequados, aumentando e/ou facilitando a ligação médium/mentor.
Consequentemente, como em cascata, todos os outros chacras receberão esta energia, fortalecendo-os, harmonizando-os, enfim, adequando o corpo etérico e astral do médium para os devidos trabalhos mediúnicos.
Mas o trabalho espiritual não acontece somente no dia do ritual. Os médiuns serão trabalhados astralmente pelos guias da casa nos sete dias que antecedem ao ritual propriamente dito, dentro da necessidade mediúnica de cada um.
Neste período de sete dias é aconselhado ao médium se proteger vibratoriamente de conflitos, animosidades ou qualquer outra situação que o leve ao desequilíbrio emocional e mental. Por quê? Porque quando nos desequilibramos a nossa vibração fica mais densa, dificultando a sintonia com o trabalho dos nossos amigos espirituais.
Poderá acontecer, também, dos médiuns ficarem mais sensíveis, sentindo certa melancolia ou saudade de algo ou de algum lugar que não conseguem explicar de onde seria.
É muito grande a importância do ritual do amaci para o médium umbandista. Passamos um ano inteiro trabalhando em parceria com os espíritos que labutam na egrégora da Umbanda, os nossos queridos preto-velhos, caboclos, exus, marinheiros e tantos outros, no embate direto com forças negativas no Astral Inferior. No final do ano estamos como pilhas ou baterias fracas, necessitando recarregar para continuar na empreitada assumida antes de reencarnar.
Se Jesus, nosso amado Mestre, espírito de grande escol, se utilizou do batismo no seu coronário, aplicado por João Batista à beira do rio Jordão, com a finalidade de tornar-se Um com o Cristo, por que nós simples médiuns umbandistas iremos dispensar tal ritual?
Fontes de pesquisa: livros Umbanda Pé no Chão - Mediunidade e Sacerdócio
http://site.edconhecimento.com.br/Ramatis/umbanda-pe-no-chao.html