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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Espiritualidade e medicina



A médica norte-americana Christina Puchalski  promove, desde 1996, a inserção do componente espiritual no cuidado com o paciente. Esta ação fez dela uma personalidade reconhecida internacionalmente dentre os profissionais de saúde que enxergam a diferença proporcionada pelo atendimento espiritual. De origem católica, Dra Christina Puchalski é associada do Departamento de Medicina e Ciências do Cuidado da Saúde da Escola de Medicina da Universidade George, em Washington D.C, nos Estados Unidos. Ela também é fundadora e diretora do Instituto George Washington para Espiritualidade e Saúde (GWish),  um centro que promove programas de pesquisa educacional e clínica para médicos e profissionais de saúde visando o papel da espiritualidade e saúde na medicina. Seu objetivo é ajudar a complementar sistemas de cuidados para pacientes e seus familiares. Dra. Puchalski completou sua graduação em Bioquímica e Mestrado em Biologia na Universidade de Los Angeles. Antes da escola médica, ela trabalhou como cientista adjunta na área de Bioquímica e Biologia Molecular no National Institutes of Health. Em 1996, ela recebeu o prêmio outorgado pela Fundação John Templeton pelo curso de medicina e espiritualidade em que lecionava na Escola de Medicina da Universidade George Washington. As pesquisas conduzidas pela Dra. Puchalski objetivavam o papel da espiritualidade no cuidado de saúde, especialmente em relação ao término da vida; assuntos pertinentes a cuidados paliativos; o papel do clero na saúde e no cuidado a pacientes terminais; e avaliação de programas de educação em espiritualidade e medicina. Suas publicações variam de pesquisas básicas em bioquímica a assuntos sobre espiritualidade e cuidados de saúde.  A Espiritualidade é reconhecida como um fator que contribui para a saúde de muitas pessoas. O conceito de espiritualidade é encontrado em várias culturas e sociedades. Também é expresso como a busca individual pelo sentido religioso através da crença em Deus, família, racionalismo, humanismo e artes. Todos estes fatores podem influenciar como pacientes e profissionais de saúde percebem o binômio saúde – doença e como eles interagem um com o outro. O Instituto George Washington para Espiritualidade e Saúde (GWish) foi fundado em maio de 2001, como uma organização líder para a educação e assuntos clínicos relacionados a espiritualidade e saúde. Sob a direção da Dra Christina Puchalski, a instituição está mudando o paradigma do cuidado com a saúde através de programas inovadores para médicos e outros profissionais, incluindo membros religiosos. Este trabalho pioneiro tem um grande impacto na educação médica não apenas nas universidades americanas, mas também em nível internacional. A edição de 2001 do Jornal de Medicina Paliativa faz uma menção ao trabalho da Dra Puchalski, em um artigo que explora a intersecção entre espiritualidade e cuidado de saúde. Com o título, "Taking a Spiritual History Allows Clinicians to Understand Patients More Fully" (Levantar a história espirtual do paciente permite que os médicos entendam os pacientes integralmente), aparece no mesmo artigo uma entrevista direcionada aos médicos sobre como avaliar espiritualmente o paciente.O currículo da Dra. Christina Puchalski inclui várias apresentações em escolas médicas e conferências nacionais sobre espiritualidade e cuidados de saúde, cuidados paliativos, avaliação da espiritualidade do paciente e cursos curriculares de aprimoramento em medicina e espiritualidade. Seu trabalho já foi apresentado em várias emissoras e jornais americanos. 

Os Benefícios Médicos da Fé
Os médicos podem sentir-se seguros com a abordagem espiritual: uma análise de 42 estudos englobando mais de 125 mil pacientes foi publicada na edição de junho de 2000, da “Health Psychology”. O resultado apontou que todos os que tinham algum tipo de envolvimento religioso vivem mais – muito embora não tenha sido questionado se a longevidade decorre da fé ou do meio o qual o paciente está inserido.Mais de dois terços dos pacientes tratados pela Universidade de Pensilvânia, nos EUA, disseram que ao serem questionados sobre suas crenças, aumentava a confiança no médico, o que ficou relacionado a melhores resultados, de acordo com estudos. Puchalski ainda comenta que levantar a história spiritual não é sabatinar a afiliação religiosa do paciente. O objetivo é identificar o que é importante a um paciente e como estas crenças e valores podem atuar no modo pelo qual o paciente lida com a doença. E deve-se ficar claro que o médico não atua como pastor espiritual e sim, ter o propósito de abrir as portas para esta abordagem. Nos Estados Unidos, a conexão entre espiritualidade e a saúde atrai a atenção de muitas pessoas, estejam ela no meio cientifico ou não. As evidências positivas entre a relação religião e espiritualidade crescem exponencialmente. Muitas pesquisas surgiram nos últimos 20 anos para documentar os anseios dos pacientes em tratar assuntos espirituais com seus médicos. Outras pesquisas apontam que 75% dos americanos dizem que a religião tem papel fundamental em suas vidas, sendo que a grande maioria destes acredita que sua fé pode ajudá-los a se recuperar de suas doenças. Esta equivalência também aparece em pacientes com patologias oncológicas, que relataram mais conforto, com mais satisfação, felicidade e conseqüente diminuição da dor. A Dra Christina Puchalski estará presente no 2º Congresso Médico Espírita que acontece nos Estados Unidos e aborda a temática da fé e espiritualidade na medicina. É fundamental o conhecimento de que o país norte-americano que sedia o congresso está com a mentalidade aberta para os benefícios que surgem com a inserção de valores antes não incluídos à saúde. Hoje, mais de trinta cursos de Medicina nos EUA abordam a espiritualidade através de palestras e até mesmo de disciplinas obrigatórias no currículo acadêmico. A prática visa muito mais que apenas conhecer qual a religião do paciente: o objetivo maior é a cura da alma, através do conhecimento das crenças e de como a espiritualidade pode fazer parte de exames clínicos regulares.

Fonte: http://www.amebrasil.org.br/


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Corpo físico, extensão d'alma

Ele se densificou moldado por nossos pensamentos, obras e crenças mais íntimas.


Extensão da própria alma, ele é a parte materializada de nós mesmos e que nos serve de conexão com a vida terrena.


Há quem o despreze, dizendo que todas as tentações e desas¬tres morais provêm de suas estruturas intrínsecas, e o culpe pelas quedas de ordem sexual e pelos transtornos afetivos, esquecendo-se de que ele apenas expressa a nossa vida mental.


Foi considerado, particularmente na Idade Média, como o próprio instrumento do demônio, que impunha à alma, nele encar¬cerada, o cometimento dos maiores desatinos e desastres morais.


Se cuidado e bem tratado, era isto atribuído aos vaidosos e concupiscentes; se macerado e flagelado, era motivo de regozijo dos tementes a Deus e cultivadores da candidatura ao reino dos céus. Essas crenças neuróticas do passado afiançavam que, quanto maiores as cinzas que o cobrissem e quanto mais agudas as dores que o afligissem, mais alto o espírito se sublimaria, alcançando assim os píncaros da evolução.


Porém, não é propriamente nosso corpo o responsável pe¬las intenções, emoções e sentimentos que ressoam em nossos atos e atitudes, mas nós mesmos, almas em processo de aprendizagem e educação.


Nossos pensamentos determinam nossa vida e, conseqüen¬temente, são eles que modelam nosso corpo. Portanto, somos nós, fisicamente, o produto do nosso eu espiritual.


A crença em anjos rebeldes destinados eternamente a induzir as almas a pecar, tira-nos a responsabilidade pelas próprias ações, e ficamos temporariamente na ilusão de que os outros é que coman¬dam nossos feitos, atuações e inclinações, e não nós mesmos, os verdadeiros dirigentes de nosso destino.


Corpo e alma unidos a serviço da evolução, eis o que deter¬mina a Natureza.


Nosso físico não é apenas um veículo usável, mas também a parte mais densa da alma. Não o separemos, pois, de nós mesmos, porque, apesar de sua matéria ficar na Terra no processo da morte física, é nele que avaliamos as sensações do abraço de mãe, do ósculo afetivo e das mãos carinhosas dos amigos. Através dele é que podemos identificar angústias e aflições, que são bússolas a nos indicar que, ou quando, devemos mudar nossa maneira de agir e pensar, para que possamos percorrer caminhos mais adequados do que os que vivemos no momento.


A lei divina não nos pede sofrimento para que cresçamos e evoluamos; pede-nos somente que amemos cada vez mais. Cuide¬mos, pois, de nosso corpo e o aceitemos plenamente. Ele é o instrumento divino que Deus nos concede para que possamos apren¬der e amar cada vez mais.


LIVRO: RENOVANDO ATITUDES

FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO

DITADO PELO ESPÍRITO HAMMED
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