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segunda-feira, 6 de junho de 2011

O passista magnético

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"Em suas auras ainda fervilhavam as larvas, os miasmas, os bacilos e os germes psíquicos do mundo astral torturado..."
 
PERGUNTA: — Por que essa severa exigência do modo de vida e alimentação do passista? Não deveriam bastar apenas o seu conhecimento e a sua capacidade vital-magnética, para então doar as energias aos mais débeis?

RAMATIS: — Dependendo grandemente do estado de saúde do passista o êxito da ação terapêutica das energias que ele movi­menta e transmite aos cancerosos, é natural que então precise devotar-se a uma vida sã, escolher uma alimentação mais ener­gética e menos tóxica, poupar-se vitalmente e fugir das paixões e dos vícios deprimentes. Em face da capacidade de penetração dos seus fluidos depender muitíssimo da sua freqüência psíquica e equilíbrio mental é preciso que não se deixe desarmonizar pelas expressões de cólera, ciúme, maledicência, vingança ou luxúria. E o enfermo, por sua vez, também terá que elevar o seu padrão psíquico moral, auxiliando a própria cura por um estado mental positivo e capaz de recepcionar sem desperdiçamento as energias que recebe do passista. Em vez de exigir deste que, por estrita obri­gação, deva mobilizar suas forças magnéticas em excesso, para dissolver os miasmas psíquicos ou as toxinas astrais circulantes no seu perispírito, o enfermo deve ajudar a limpá-lo sob a íntima concentração energética e a confiança na terapêutica fluídica.

Quando coincide uma inteligente sintonia de relações entre o passista e o canceroso, após certo tempo chegam a um aproveitamento e efeitos admiráveis, que os mais desavisados chegam a considerar como resultados miraculosos. A cooperação consciente e dinâmica do paciente, aliada ao seu otimismo, ajuda-o a formar clareiras na aura do seu perispírito, favorecendo a penetração do magnetismo mais pródigo do passista. Lembra o caso de um copo com água suja, que sempre será mais fácil ser substituída por água limpa desde que, antes, seja entornada a primeira, pois seria tolice achar mais certo derramar-se a água limpa, aos poucos, sobre a água suja, até ficar limpa. Da mesma forma ocorre com o passe magnético sobre os cancerosos e outros enfermos; eles precisam, de início, ajudar a volatizar do seu perispírito a maior quantidade de massa fluídica perniciosa que se acumula pelos des­cuidos morais, pela melancolia, pela descrença, pelos pensamentos depressivos ou torpes. E necessário que também expulsem”de den­tro para fora” o fluido mais sujo da aura, a fim de que se aproveite o fluido limpo da transfusão.

PERGUNTA: — Temos observado ser generalizada a idéia de que o passista se refaz rapidamente da perda dos fluidos que trans­mite aos enfermos, assim como a sua força magnética é um dom, facilidade ou aquisição, que nada tem que ver com as exigências receptivas do paciente. Que dizeis?

RAMATIS: — Cremos que não seria muito difícil avaliar quão delicada é a tarefa do passista altamente espiritualizado e vibrando em alta freqüência, quando precisa insuflar suas ema­nações magnéticas na aura do magnetismo denso dos enfermos psiquicamente abatidos pelo desânimo ou animalizados pelas paixões grosseiras. E evidente que, por maior abnegação e amor existentes num médium ou passista magnético, o seu trabalho resultará quase inútil desde que o paciente não empreenda a sua renovação mental e se integre ao Evangelho de Jesus, ou mesmo aos princípios nobres e elevados de qualquer outra doutrina lou­vável de pedagogia espiritual.

Conforme nos relata a tradição evangélica, Jesus curava os enfermos pelo simples toque de suas mãos abençoadas, graças à força extraordinária do magnetismo sublimado e da freqüência ele­vada do seu perispírito. No entanto, sabemos que muitas criaturas não puderam ser curadas por ele, pois não apresentavam as con­dições morais receptivas para captarem o magnetismo sublime do Mestre. Em suas auras ainda fervilhavam as larvas, os miasmas, os bacilos e os germes psíquicos do mundo astral torturado, que opunham resistência a qualquer insuflação de energia angélica.

PERGUNTA: — Tomamos ainda a liberdade de solicitar-vos algumas explicações sobre a influência do magnetismo sobre o câncer, a fim de que os leitores dos vossos ensinamentos possam compreender melhor a sua ação e natureza terapêutica. Seria pos­sível atender-nos ainda nesse assunto?

RAMATIS: — Tanto quanto for evoluindo o conhecimento e a aplicação sensata do magnetismo entre os homens, paralelamen­te com o desenvolvimento mental e a renovação moral humana, é certo que o caso do câncer também será solucionado com mais brevidade. Então a Medicina cuidará mais de tratar o conjunto humano doente, desde o espírito até à periferia orgânica de suas células, considerando em situação mais secundária a entidade mór­bida chamada “câncer”.

O homem, como já dissemos por diversas vezes, não é um ser dividido por compartimentos estanques e com a possibilidade de serem eles avaliados isoladamente do todo psícofísico. Na verda­de, é centelha imortal; é consciência e memória já acumuladas no tempo e no espaço, que age através de vários veículos ocultos no mundo invisível a vibrar nos seus planos correspondentes, para só depois situar-se na cápsula de carne, que é o corpo físico. Em con­sequência, como o homem é composto da essência da vida cósmi­ca e também se liga a todas as manifestações de vida no Universo, devemos considerar que qualquer de suas perturbações íntimas também há de se refletir no seu todo-indivíduo.

A matéria, como energia condensada, é força disciplinada pela coesão cósmica e submetida às leis que regulam as polariza­ções e o intercâmbio recíproco de nutrição energética. O homem, como um organismo eletrobiológico, também obedece a uma pola­ridade, que se equilibra pelas cargas negativas e positivas, para atuar em perfeita sincronia com os movimentos cardíacos e da res­piração. Deste modo, as lesões que se processam no seu corpo físi­co, quer sejam as tumorações cancerosas ou o distúrbio leucêmico ocorrido na intimidade da medula óssea, na verdade, devem a sua origem ao elemental criador alterado pela desarmonia dinâmica dessas correntes eletromagnéticas, que descompensam o potencial de sua sustentação celular.

Assim é que, no tratamento do câncer, o passista magnético deve, em primeiro lugar, cuidar de restabelecer o equilíbrio com­pensador do fluxo dinâmico das correntes negativas e positivas no todo-indivíduo, operando ao longo do sistema nervoso; depois que conseguir uma ação eficiente e energética do magnetismo cir­culando em todo o organismo, é que deverá concentrar as cotas de energias magnéticas, necessárias às zonas ou órgãos enfermos. Essa transfusão de energias magnéticas, de um pólo positivo para outro negativo, termina por auxiliar extraordinariamente o corpo físico a empreender as correções orgânicas para o seu restabeleci­mento. Não resta dúvida de que o corpo humano é um absorvente espontâneo de energias boas ou más; ele tanto pode-se tornar uma esponja ávida por embeber-se de forças superiores que o renovam e o ativam, como também se transforma no mata-borrão absor­vente dos venenos deletérios, desde que o espírito sintonize-se às correntes baixas do mundo astral inferior.

O espírito, como um eletroimã poderoso, tanto atrai como repele energias que palpitam livres no seio da vida cósmica. Ele é sempre um centro de atração magnética, onde quer que esteja e atue; condensa, liberta, expande ou agrupa as correntes magnéti­cas ou energéticas, que o ajudam mais breve a nivelar-se às regiões paradisíacas; ou então pode baixar vibratoriamente sob a lei dos pesos específicos, estagnando em sintonia com a vida degradada dos mundos deletérios do astral inferior. Deste modo, o principal papel do passista é o de interferir no campo dessas energias pode­rosas e canalizá-las para os enfermos na quantidade e qualidade capazes de renovarem-lhe as células doentes ou cansadas, operan­do as transformações benéficas nas coletividades microbianas que recompõem os tecidos e órgãos físicos.

Atingido o ponto de equilíbrio magnético do corpo humano, é este mesmo que opera, defendendo-se da invasão dos germes e elementos mórbidos, extinguindo qualquer mazela ou excrescência que perturbem a sua harmonia.

Do livro Fisiologia da alma cap. 25
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