O Grupo de Umbanda
Triângulo da Fraternidade disponibiliza para a comunidade, o trabalho de
apometria que ocorre as segundas-feiras. No primeiro momento dos trabalhos
realizamos um diálogo fraterno com cada consulente que nos procura, para que
ele possa expor os motivos que o levaram a pedir um atendimento. Percebemos que
a maioria das pessoas que nos procuram vem pela primeira vez na casa e estão
muito machucados psíquica e emocionalmente, sendo que algumas já passaram por
vários outros grupos de ajuda sem ter resultados positivos. Outras pedem um
atendimento, pois no seu precário entendimento de apometria, concluem que seria
uma maneira rápida de sanar as dificuldades de relacionamento, pendências
financeiras, desilusões amorosas, crises existenciais e conflitos humanos em
geral, enfim uma maneira fácil de abrir os caminhos sem nenhum esforço.
O
trabalho de apometria não substitui a reforma íntima. Ou melhor: não existe
técnica ou tratamento espiritual baseado na preguiça, nem paz interior sem
reforma íntima, estudo, esforço, sacrifício, abnegação e renúncia. Para quem
não conhece a apometria ela é mais uma ferramenta concedida pelos benfeitores
espirituais para chegarmos à auto-cura. São procedimentos que se dão através de
técnicas, tendo como função iniciar ou continuar a um trabalho de reequilíbrio,
respeitando sempre o merecimento e o momento de consciência, de entendimento de
cada um.
Os mentores e guias da casa dão o suporte, amparo ao grupo,
intuindo-os para que o atendimento se dê dentro da Justiça de Xangô. Sendo ela
mais uma ferramenta para encontrarmos o reequilíbrio pessoal, é necessário dar
continuidade ao processo de auto-cura, imprimindo a vontade de estar cada vez
melhor, superando as limitações íntimas e do ambiente em que vive. É querer mudar
e lutar para que a transformação se faça presente e a harmonia se instale. Por
si só a apometria não faz nenhum milagre, por isso a necessidade de continuar o
tratamento nos outros dias de trabalho da casa onde procurou ajuda. Harmonia e
equilíbrio do ser não são sinônimos de ausência de problemas.
As situações que
levaram o indivíduo ao desequilíbrio estarão lá, mas num processo de auto-cura,
os campos emocional e mental estarão libertos dos pensamentos fixos,
sentimentos de penalidade, sentimento de que é vítima da situação e orgulho
ferido. Com os quadros mentais e emocionais modificados, o indivíduo passará a
ter uma visão mais clara do problema sem interferências internas ou externas.
Percebemos nos trabalhos de segunda-feira que os desequilíbrios têm como origem
principal o nosso mau comportamento, atitudes e escolhas erradas que feriram a
Lei Maior. Muitas vezes este mal agir foi em encarnações passadas e por um
motivo qualquer nesta vida, passamos a sintonizar, sem termos consciência com o
fato passado, nos desequilibrando. Aí passamos a ter, por exemplo, sensações de
raiva, pânico, medo, tristeza profunda, quando não, dores no corpo físico sem
explicação. Com o tempo, vibrando neste quadro negativo, atrairemos
desencarnados por sintonia, sendo o seu estado mental e emocional é semelhante
ou igual com o que estamos passando, agravando a nossa dor.
Sendo assim, se faz
absolutamente necessário, o trabalho de diálogo franco e amigável com a pessoa,
levando-a a compreender a importância de rever seus pensamentos, palavras e
atos para que não volte mais a entrar em sintonia com as mesmas questões e
possa seguir no seu processo evolutivo.
É indispensável no caminho da auto-cura
ciclo de palestras para que consigamos realizar as transformações pertinentes
com mais facilidade, pois passaremos a ter o apoio e amparo da equipe
espiritual da casa. Também, há o auxílio fraterno tradicional, a evangelização,
o passe, a conversa amorosa nas consultas nos dias de caridade e, também,
tratamentos psicológico e/ou psiquiátrico, necessários em determinadas
situações com profissionais da área.
A prática da oração é também algo
importante e deve ser exercitada sempre. O hábito de pedir perdão pelos erros
cometidos a outrem, bem como perdoar aos demais irmãos pelos males que nos
causaram deve ser uma constante em nossas vidas, pois liberam nosso íntimo para
vivenciarmos uma vida mais feliz. Não só para os encarnados como, também, para
os desencarnados.
Muitos casos, só serão resolvidos por meio de uma boa terapia
e de leituras que ensejam maior autoconhecimento e auto-enfrentamento. Para
todos nós que estamos em desequilíbrio, cabe a cada um a responsabilidade da
cura interna, não só na busca, mas ter a persistência de dar continuidade ao
tratamento proposto pelos grupos da casa que ora o auxiliam.