Há casos em que os espíritos, à noite, deixam o seu corpo físico no leito de repouso e durante o sono penetram imprudentemente nas regiões inóspitas do astral inferior, terminando por sofrer agressões de espíritos malfeitores ou vingativos, que se aproveitam de todas as circunstâncias e ocasiões propícias para se desforrarem dos encarnados.
Esses prejuízos ainda são mais graves, quanto às criaturas que vivem de modo censurável e são indiferentes aos ensinamentos de Jesus ou de outros instrutores espirituais, que sempre ensinam aos homens um padrão de vida superior. A má conduta do dia deixa o espírito desamparado para as suas saídas em astral, à noite, pois quando ele se desprende do corpo carnal fica isolado dos seus protetores pela massa de fluidos adversos, que lhe aderem nos momentos de invigilância espiritual. Deste modo, os seus guias nada podem fazer-lhe nos momentos de perigo, nem livrá-lo de certos traumas psíquicos que no dia seguinte são levados à conta de pesadelos. Certos sonhos tenebrosos não passam de cenas reais vividas à noite, fora do corpo e sob a perseguição ou agressividade de certos malfeitores do mundo invisível. Em tal condição, o espírito do "vivo" retoma veloz e aflito ao local onde se encontra em perigo, para mergulhar celeremente no seu escafandro de carne e proteger-se contra os perigos do Além.
Muitas criaturas devotam-se durante o dia às paixões ignóbeis,
aos vícios deprimentes, à maledicência e à estatística dos
pecados do próximo; depois atiram-se no leito de repouso, sem ao
menos recorrerem aos benefícios salutares da oração que traça
fronteiras fluídicas protetoras em torno do espírito encarnado.
Ramatís - Elucidações do Além.
Ramatís - Elucidações do Além.