BUSCAR O DIÁLOGO NAS DIFERENÇAS, É COMO ENTRAR NUMA MATA FECHADA!!!
"Buscar o diálogo num ambiente de diversidade de consciências, o que significa não homogeneidade e não homogeneização doutrinária e ritualística, é como entrar na mata fechada.
Encontrar-se-á corações isolados na sensibilidade egoística, receando dissabores no relacionamento com o próximo, que parecem cardos amargosos na terra seca.
Outros são verbos maledicentes que encontram motivo para a crítica destruidora, nos menores acontecimentos da conversação, melindrando-se e, como urtiga brava, estão sempre dispostos a ferir.
Há os que falam mais e mais alto, são as inteligências ruidosas na reiterada exposição de "nobres" ideais, que todavia nunca realizam em si mesmos, lembrando arbustos ricos de folhagem, que jamais dão frutos.
Inevitavelmente encontraremos companheiros ociosos e entediados do conhecimento espiritualista, enfado intelectual que os leva a fuga de mais elevadas obrigações no campo das realizações, não diferente dos cipós absorventes que, enlaçados a outras plantas, sugarão a vitalidade e furtarão o ânimo de quem com eles se relacionam.
Todavia, todos somos almas carentes de amorosidade. Saibamos cultivar a fé e a esperança, ofertando a quem almejamos dialogar os melhores testemunhos de amor e coragem, que como roseiras abençoadas, produzir-se-á flores de união, paz e serenidade, mesmos sobre os espinheiros do caule sustentador das relações interpessoais que compõem a arte da conversação na diversidade de carismas humanos.
Espíritos generosos e amigos que se unem em fraternidade, buscam sempre a intimidade com a luz da compreensão e do serviço, assim como a luz do Sol sempre vos serve indistintamente. Busqueis o diálogo em similaridade com as copas opulentas, que estão sempre habilitadas a socorrer dando fruto nutriente, sombra e afresco ao viajante castigado que lhe procura o abrigo acolhedor.
O espírito da fraternidade na umbanda dialoga como irmão prestimoso, e não como pai tirânico, assim como valiosa planta medicinal, cuja a seiva consegue curar igualmente inquietações e feridas sem julgamentos alheios.
Sejais como as árvores frondosas - espíritos benevolentes e sábios - no apoio incessante aos irmãos de caminhada, que surgem por troncos veneráveis, de que o homem retira a madeira para lhe servir de móvel firme no templo da fé que abraça - na comunidade religiosa, na escola da vida e na moradia terrena."