Figurai a prece como um detonador psíquico que movimenta as energias excelsas adormecidas na essência da alma humana, assim como a chave do comutador dá passagem, altera ou modifica as correntes das vossas instalações elétricas. Sem dúvida, a capacidade de aproveitamento do homem durante o despertamento dessas forças sublimes pelo impulso catalisador da oração depende tanto do seu grau espiritual como de suas intenções. Aliás, o espírito, ao liberar suas energias no ato da prece, ele melhora a sua freqüência vibratória espiritual, higieniza a mente expurgando os maus pensamentos e libera maior cota de luz interior.
Daí o motivo por que alguns santos
purificaram-se exclusivamente pelo exercício da prece, enquanto outros só
puderam fazer pelo treino do sofrimento. Em ambos os casos, a purificação é
fruto da dinamização das forças espirituais na intimidade do ser, embora varie
quanto ao seu processo. No primeiro, é um procedimento espontâneo catalisado
pela prece; no segundo, em decorrência do exercício da dor. Por conseguinte, o
homem também se purifica pelo hábito constante dos bons pensamentos, pois estes
mantêm no campo vibratório de sua mente um estado espiritual tão benéfico como
o que se produz nos momentos sedativos da oração.
No entanto, se a criatura se descura
da prece, ou seja, deixa de "orar e vigiar", eis que, então, a dor se
encarrega de ativar as reações morais necessárias para, mais tarde,
libertarem-na compulsoriamente do guante do mundo animal. Nenhum auxílio é tão
salutar e eficiente para manter o equilíbrio moral do Espírito, como o hábito
da oração, pois a criatura confiante, sincera e amorosa, religa-se a Deus.
Ramatís - do livro ELUCIDAÇÕES DO ALÉM.