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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

E agora, terei que ser um preto velho no Astral !?




Não há desdouro nem desmentido no processo evolutivo da alma imortal, quando, apesar do seu avanço intelectual e científico no mundo terreno, precisarem envergar o traje humilde do "preto-velho" ou do caboclo rústico, a fim de conseguir o seu reajustamento espiritual combalido e tão prejudicado no pretérito. Em verdade, trata-se apenas de um estágio ou espécie de descanso intelectual, em que o espírito superexcitado por excessivo racionalismo efetua salutar decantação de sua personalidade humana que fora muito envaidecida com as lantejoulas brilhantes do cenário terreno!
Sem os louvores e o destaque que lhe nutriam a vaidade no passado, o sábio, o estadista, o médico ou cientista então efetuam verdadeiro "dreno" psíquico e o expurgo do tóxico intelectual produzido pelo orgulho ou vaidade da velha personalidade humana. A inteligência, a capacidade e a prepotência incomuns do passado atrofiam-se pela ausência de estímulos pessoais e relevos decorativos no seio da Humanidade.
Eis por que não opomos dúvida, quanto à possibilidade de espíritos cultos de sábios, cientistas ou médicos famosos virem a manifestarem-se nos terreiros de Umbanda ou mesmo junto às mesas kardecistas sob o traje humilde do "preto-velho" ou da vestimenta apagada do caboclo.

Ramatís – Capítulo 12 do livro MEDIUNIDADE DE CURA

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