Jesus, sublime
catalisador angélico, deu forma e vida no
mundo exterior, às suas próprias idéias e às que lhe foram inspiradas pela amizade
pura dos Essênios. O que eles pensavam, sentiam e cultuavam, afinava-se perfeitamente com a
alma eleita de Jesus, o qual deu maior vivência aos seus elevados princípios e os
tornou fundamentos indestrutíveis do sublime Código Moral da humanidade — o Evangelho!
Assim como todo idealista intrépido, ele abriu clareiras na caminhada das civilizações humanas, combatendo o farisaísmo, a negociata religiosa, a exploração dos poderosos e a ganância dos ricos, em vez de ser um hábil político ou líder religioso capaz de contentar gregos e troianos. É certo que Rama, Crisna, Confúcio, Zoroastro, Buda e outros instrutores religiosos também pregaram o Amor que une contra o ódio que separa, mas Jesus, dispondo apenas de um punhado de homens rudes, iletrados e supersticiosos, conseguiu transformar esse mesmo Amor numa doutrina que avulta e se expande tanto quanto se sucedem os próprios séculos. Incompreendido pelos seus próprios familiares, amigos e discípulos, ele conseguiu compor na face do orbe terráqueo um poema épico escrito com a tinta vermelha do seu próprio sangue vertido no martírio da crucificação, e que a posteridade é obrigada a reconhecer como o único processo capaz de libertar o homem da escravidão animal!
Ramatís - livro Sublime Peregrino