O desdobramento do corpo astral durante o sono físico difere dos provocados na apometria, embora as suas “funções” permaneçam as mesmas.
Quando o
corpo astral se desdobra com a indução magnética realizada pelas contagens de
pulsos na dinâmica apométrica, o sensitivo não entra num estado letárgico como
é o atingido no período em que dormis. Não esqueçais que o corpo etérico é o
mediador entre o corpo físico denso e o astral: quanto mais afastado do fardo
carnal o duplo etérico, tanto maior o estado letárgico. Isso não quer dizer
maior ou menor lembrança da experiência ocorrida em desdobramento, o que está
diretamente relacionado com a dilatação do corpo mental e a sutilização do
corpo etérico como transmissor das impressões, como se “afrouxasse” a força
atrativa de magnetismo animal que o retém imantado ao escafandro de carne.
Nos
atendimentos dos grupos de Apometria o corpo etérico fica levemente
desacoplado, facilitando a doação de energia animal sem os estados catalépticos
ou os desfalecimentos sonambúlicos. Durante o sono fisiológico, e com mais
facilidade nos indivíduos espiritualizados e de vida frugal, ocorre um leve
distanciamento do duplo etéreo, e durante o final da madrugada se intensifica
esse “afrouxamento”, como se fosse uma janela vibratória. Quando os corpos
astral e mental retornam das suas viagens suprafísicas, esse veículo
intermediário etérico desencaixado, como se estivesse suavemente pendido para
um dos lados, num ângulo de até uns nove graus, propicia a percepção sensorial
das ocorrências astrais. Esse “desencaixe” favorece a rememoração pelo estado
semidesperto do órgão cerebral que se encontra entre a vigília e o sono
profundo, precisamente no instante do acoplamento do corpo astral ao corpo
físico. Imaginai um “insight” de alta voltagem nas sinapses nervosas no exato
momento do encaixe dos corpos.
É de bom
alvitre que os sensitivos escrevam suas impressões, registrando os pontos
principais imediatamente, se estiverem despertos, sob
pena de rememoração difusa, esparsa e truncada após voltarem a dormir e
acordarem novamente mais tarde, nas primeiras horas da manhã.
Retirado do livro Jardim dos Orixás – Trilogia Apometria e
Umbanda – Livro 2.
Ramatís – Editora do Conhecimento.