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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Como encaramos a morte do corpo físico?


      Na Terra ainda são muitos comuns os julgamentos extremistas com referência ao "falecimento" da criatura, assim como há uma grande confusão quanto à nossa verdadeira situação após a travessia do túmulo. Segundo ensinam os teólogos sentenciosos do Catolicismo Romano, a alma desencarnada ou deve obter uma excelente cadeira cativa no Paraíso, ou então, se não sair do Purgatório, há de se transformar em apetitoso assado no braseiro satânico do Inferno. O Protestantismo ainda é mais severo, afirmando que não há Purgatório; a alma ou vai diretamente para o céu ou diretamente para o inferno, onde permanecerá por toda eternidade. Não faltam, também, as correntes espiritualistas demasiadamente complexas, que extinguem o nosso aspecto humano e desorientam os estudiosos, quando apresentam o "plano astral" como um cenário povoado por autômatos a viverem entre sombras e imagens virtuais!
      No entanto, embora sejam verídicas as situações aterradoras de muitos espíritos lançados nas trevas dos abismos dantescos, mas não eternamente, aqui no Além vivemos de modo racional e rapidamente assimilável pelos desencarnados. Mas é certo que só usufruímos o resultado exato de nossas ações já concretizadas na intimidade de nossa própria alma; gozamos de alegrias e atrativos ou então passamos por vicissitudes e retificações dolorosas, conforme a boa ou má aplicação que na Terra tenhamos dado aos dons da vida espiritual. E por isso somos ainda criaturas acalentando sonhos ou topando com decepções; encontrando alegrias ou curtindo tristezas, mas profundamente humanas e distantes dos extremismos das opiniões que comumente se formulam sobre aqueles que "morreram". Aliás, mesmo entre os espíritas - que formam idéia mais sensata a nosso respeito - ainda há os que nos recebem compungidamente, em suas sessões, entre suspiros e temores, convictos de que baixamos dos "páramos celestiais" ou, como dizem, "dos pés de Deus", enquanto nos cobrem de "graças" sobre "graças"!

      Outros, mais pessimistas, consideram-nos terrivelmente sisudos e severos, certos de que só nos preocupamos em excomungar os pecados dos homens e desejarmos toda sorte de castigos para a Terra diabólica, apesar de haver sido criada por Deus!

Atanagildo / Ramatís
A Vida Além da Sepultura.
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