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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A fisiologia oculta dos benzimentos e quebrantos

PERGUNTA: - Ser-vos-ia possível dizer algo sobre o tradicional benzimento do "quebranto" das crianças, o qual é levado a sério em muitos lares brasileiros, embora repudiado como tolice pela ciência acadêmica?
            
RAMATÍS: - Realmente, a maioria das mãezinhas brasileiras confia no sucesso do benzimento contra o chamado "quebranto", e o responsabilizam pela apatia, sonolência, melancolia, inquietação, tristeza e inapetência dos seus rebentos queridos. Trata-se de perturbações morbígenas, que são atribuídas à projeção de fluidos de inveja, ciúme ou despeito lançados pelas pessoas de "mau-olhado". Aliás, não vos deve ser desconhecido o caso de aves, animais e flores, que se abatem, adoecem e murcham depois que certas criaturas possuidoras de "olhos ruins", os desejam ou invejam.

            Embora a Medicina e os cientistas terrenos considerem o "quebranto" uma velha e tola superstição, o certo é que ele exerce-se disciplinado por leis tão lógicas como as que também coordenam o curso e a estabilidade das órbitas eletrônicas no seio dos átomos. Os fluidos etéricos e rnalfazejos projetados pelas criaturas invejosas, ciumentas ou despeitadas podem acumular-se no perispírito indefeso das crianças e chicotear-lhes o duplo etérico, perturbando o funcionamento normal dos "chacras" ou centros de forças etéricas. 1
            1 - Nota do Médium: Existe em nossa família um caso algo singular nesse gênero comentado por Ramatís. Uma de nossas sobrinhas, menina robusta e atraente, foi vitoriosa num concurso de beleza e robustez infantil, aqui em Curitiba; e, no dia seguinte, amanheceu triste, apática e sonolenta.
            Recusou alimentos, rejeitou brinquedos e guloseimas, mostrando-se indiferente aos próprios afagos dos pais. Enfim, uma senhora idosa, nossa vizinha, achou que era "quebranto" de inveja e despeito alheio, pela vitória da menina no concurso infantil. O fato é que ela benzeu a doentinha. Então a tristeza, sonolência e apatia sumiram-se como por encanto.
            O "chakra esplênico", situado à altura do baço, no duplo etérico, responsável pela vitalização e pureza sanguínea, é o centro etérico que mais sofre e se perturba sob os impactos ofensivos dos maus fluidos, pois reduz a entrada do fluxo prânico, 2 e afetando a saúde da criança, ela perde a euforia de viver, ficando triste e melancólica. Restringindo o tom energético do metabolismo etéreo ou magnético vital, o perispírito também é afetado no seu intercâmbio com a carne na sua defensiva natural. O fenômeno do "quebranto" lembra o que acontece com certas flores tenras e sensíveis, que murcham prematuramente sob as emanações mefíticas dos pântanos. E o benzimento é o processo benfeitor que expurga ou dissolve essa carga fluídica gerada pelo "mau-olhado" sobre a criança, ou mesmo exalada de certas pessoas inconscientes de sua atuação enfermiça sobre os seres e cousas. O benzedor do quebranto também bombardeia e desintegra a massa de fluidos perniciosos estagnada sobre a criança ou seres afetados desse mal, desimpedindo-lhes a circulação etérica. Embora os sentidos físicos do homem não possam registrar objetivamente o processo terapêutico de eliminação do quebranto, a criança logo se recupera.
            2 - Nota do Revisor: Fluxo prânico ou "prana" é a soma total da energia cósmica; as forças vitais do corpo, principalmente as energias recebidas pela função respiratória e através do "chakra esplênico". É palavra sânscrita, que significa sopro, hálito de vida, combinando-se o prana com as próprias energias ocultas do Sol, na Terra, e provindas de outras fontes siderais próximas.

Do livro MEDIUNIDADE  DE  CURA
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