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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Mistificação e fracasso dos médiuns


PERGUNTA: - Alguns irmãos explicam-nos que perderam a fé no Espiritismo, porque foram vítimas de mistificações ou fracassos dos médiuns em que eles tanto confiavam e dos quais se socorriam comumente.
            RAMATÍS: - Sem dúvida, esses são "ex-espíritas" completamente desiludidos da doutrina porque, imprudentemente, haviam alicerçado sua crença sob a garantia do êxito dos fenômenos mediúnicos. É óbvio que essa fé também deveria aumentar ou diminuir de acordo com o maior ou menor sucesso dos médiuns no seu intercâmbio com o Além-túmulo. Em conseqüência quando ocorreu o fracasso ou a mistificação, eles também regressaram aos velhos caminhos da dúvida e da descrença, repudiando os postulados da doutrina e olvidando também os benefícios e o conforto espiritual que receberam dela nos seus momentos de angústia e sofrimento.
            Em verdade, tais "adeptos" não passam de simples curiosos mal-agradecidos que, tendo provado um vinho azedo, passam a negar a existência do vinho bom. O primeiro insucesso ou equívoco mediúnico serve-lhes, então, de motivo para execrarem todas as demais virtudes da doutrina espírita e o serviço amoroso dos espíritos desencarnados. Em seguida, lamentam a sua ingênua peregrinação através dos centros espíritas, quando buscavam a solução definitiva para os seus males e só recebiam contemporizações dos médiuns e espíritos.
            Infelizmente, trata-se de criaturas que ignoram o processo justo e redentor do Carma, que premia a "cada um conforme suas obras". Evidentemente, em suas existências anteriores, elas abusaram da inteligência e da astúcia na prática do mistifório e da burla, e por esse motivo se candidataram também às mesmas incertezas e decepções atuais. Malgrado não conheçam a engrenagem retificadora da Lei de Causa e Efeito, nem por isso estão isentas de sofrer o reajuste espiritual para encerramento de sua conta devedora na contabilidade divina.
            Os médiuns não são responsáveis pelas contingências imperativas da Lei Cármica, que age para o devido reajuste espiritual das mesmas.
            O Alto não toma medidas reprováveis, de teor vingativo, como veículo de resgate de dívidas cármicas dos espíritos devedores. Nenhum médium é obrigado ou induzido, pelos mentores siderais, a praticar deslizes ou criar acontecimentos punitivos a fim de que os infratores da Lei divina sejam corrigidos.


Do livro MEDIUNIDADE  DE  CURA.
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