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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Benzimentos, passes ou exorcismos

PERGUNTA: - Mas os médicos alegam que, em face do progresso admirável da "Dermatologia" moderna, eles podem curar todas as enfermidades da pele sem precisar das práticas ridículas ou tolas dos benzimentos, passes mediúnicos ou exorcismos. Que dizeis?
            RAMATÍS: - Não opomos dúvida quanto ao êxito do tratamento moderno e benfeitor das "dermatoses", quer por via injetável, uso de pomadas, pós secativos ou medicações alopáticas aplicadas no local da pele ofendida. Porém, assim mesmo, os tóxicos psíquicos emitidos pelo homem de temperamento irascível ou colérico, depois de aderidos ao perispírito, transbordam pela carne produzindo moléstias e infecções cutâneas indesejáveis. E quando esses vírus ficam impedidos de ser drenados por um determinado eczema ou cobreiro, então, eles convergem para outra região orgânica mais debilitada, onde possam subsistir e proliferar.
            A "cura" de obstrução, que a Medicina efetua de "fora para dentro", pela cicatrização artificial ou prematura dessa válvula de escape aberta na pele, não assegura a cura verdadeira ou definitiva, pois o estancamento rápido do foco infeccioso não consegue extinguir o tóxico psíquico deletério, que prossegue, em efervescência, no mundo oculto da própria alma, para, depois, surgir "travestido" noutra moléstia equivalente à infecção primitiva, a qual apenas foi deslocada para outra zona do corpo. 8

            8 - Nota do Médium: Corroborando os dizeres de Ramatís, certa vez atendemos em nossas tarefas mediúnicas uma senhora portadora de vultosa inchação generalizada por todo o corpo; suas pernas eram arroxeadas com a pele tensa e retesada; a face embrutecida, pálida e úmida; o coração dilatado, em movimentos dificultosos, correspondendo à diagnose médica de "coração de boi". A respiração arfante. e os lábios azulados denunciavam profunda intoxicação sangüínea. O nosso guia receitou-lhe certa medicação homeopática de baixa dinamização, que fez regredir, de modo surpreendente, a inchação; mas, de modo inexplicável, na perna direita da enferma abriu-se um eczema que se reduzia ou se alastrava na sua área morbígena. Enfim, soubemos que dois anos antes ela se livrara de um eczema cicatrizado à custa de pomadas e substâncias tópicas; mas, por estranha coincidência, a sua enfermidade "cardioepatorrenal" também surgira de conformidade com o desaparecimento gradual do eczema. Submetemo-la a novo tratamento homeopático sob a indicação do nosso guia, porém, a doente, ora apresentava melhoras satisfatórias, ora, de súbito, piorava outra vez. Em resposta às suas queixas constantes, psicografamos, do nosso guia, a seguinte advertência: "A irmã F. é espírito de um amor-próprio excessivo; ofende-se por qualquer bagatela, é impaciente, irascível e coleciona ingratidões alheias refugiando-se habitualmente num mutismo enfermiço". No seu organismo, como válvula de escape para dar saída a esses fluidos deletérios desagregados da vestimenta perispiritual, abriu-se um eczema virulento. E então, o veneno acumulado no perispírito difundiu-se pelo corpo físico, atacando o coração, o fígado e os rins; e como produto dessa nova infecção generalizada, a diagnose médica constatou insuficiência cardioepatorrenal. Submetendo, então, a enferma a um tratamento específico, homeopático, de ação equilibrante, surgiu o "canal drenador" dos venenos psíquicos alojados no seu perispírito, constituído por um novo eczema. Porém, como a paciente não modificou o seu temperamento, o dito eczema permanece sob alternativas de melhorar ou piorar consoante as suas emoções de calma ou de nervosismo.

            Então, em semelhante emergência, o doente busca novamente o médico para tratar-se de uma outra doença imprevista, ignorando que ainda sofre os efeitos do mesmo tóxico fluídico que ficou represado pelas pomadas e remédios cicatrizantes, mas não extinto.

Livro Mediunidade de Cura
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