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terça-feira, 29 de novembro de 2011

O ritualismo para pedir e receber

PERGUNTA: — Qual é o vínculo ou elo entre os concei­tos de "pedi e recebereis" e "buscai e achareis"?
RAMATÍS: — Primeiramente, o homem deve saber o que quer e, depois, buscar o que deseja. No curso dessa ação, observa-se um processo num ritmo coerente e disciplinado; é um desdobramento de premissas, que convergem sensata­mente para a conclusão lógica de "receber" ou "achar". Em tudo o que se sucede na vida, a ordem e o ritmo são partes ou seqüências de qualquer processo, em qualquer plano do mundo material ou do reino divino, a fim de se manter o equilíbrio e a harmonia do Cosmo.
Malgrado algumas conceituações negativas, no próprio mundo físico predomina uma disciplina, que se pode confi­gurar como um "ritual". Não se trata de formalismo ou apego às cerimônias religiosas, mas, tão-somente a ordem ou sucessão regular de cada coisa ativada, ou atuando no seu tempo e na sua freqüência. Mesmo na criação do mundo, percebe-se o rito, ou uma ordem que impera por etapas sucessivas e gradativas, pois Deus só criou as aves e os ani­mais após ter criado o Céu e a Terra, e deu a vida ao homem depois de povoar o mundo com os seres inferiores. Assim, há um rito ou uma ordem, pois deve ser de entendimento sen­sato que, primeiro, há de se "pedir", para depois "buscar". É um ritual simples e indispensável que o homem, primeira­mente, tire os sapatos para, depois, conseguir tirar as meias. A simples operação de tirar as meias exige, "ritualisticamen­te", a mobilização do primeiro ato, em que deve, antes, des­calçar os sapatos, como a etapa ordenativa e sensata do pro­cesso. Ninguém duvida de que só um louco "busca" o que muito cogita e não "pede".
Ao pedir, o homem indica o que deseja e considera de melhor para si, e a Divindade, então, concede a permissão para ele conseguir a sua pretensão humana. Mas, ainda lhe fica o direito de escolher o "objeto" que deseja e fazer dele o uso que lhe convier. Portanto, entre "pedir" e "receber", "bus­cai e achareis", há um vínculo ou elo algo ritualístico, em que, pela disciplina da sucessão dos fatos, ninguém é sensato "buscando" o que não sabe, o que não pede e o que não deseja.

O Evangelho à Luz do Cosmo
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