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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Socorro nos charcos purgatoriais

PERGUNTA: - Conforme temos lido em certas obras mediúnicas, os bons espíritos sempre procuram livrar dos charcos os pecadores que ali sofrem. Porventura isso não elimina a tese de que os pecadores, com saldo de fluidos tóxicos provindos da Terra, precisam submeter-se ao processo do lodo terapêutico absorvente, para sua purificação? Quer-nos parecer que a sua libertação prematura, dos charcos, dispensa-os de tal necessidade levada ao extremo. Não é assim?
            RAMATÍS: - Os espíritos socorristas só retiram dos charcos purgatoriais os pecadores que já estão condições de uma permanência suportável nos postos e colônias de recuperação perispiritual adjacentes a crosta terráquea. Assim como o homem sujo e encharcado de lama não gozará de conforto entre os lençóis alvos de um leito principesco, os espíritos saturados de venenos perispirituais também não serão venturosos pela sua transferência prematura dos pântanos repugnantes para as regiões paradisíacas!

            PERGUNTA: - Poderíeis mencionar quais os estados pecaminosos mais responsáveis pela convocação de energias primárias e daninhas, que depois enfermam o homem pelas reações do seu perispírito contra a carne?
            RAMATÍS: - São as atitudes e estados mentais "antievangélicos" denominados "pecados", conforme é da tradição católica ou protestante. Citaremos como principais, o orgulho, avareza, ciúme, vaidade, inveja, calúnia, ódio, vingança, luxúria, cólera, maledicência, intolerância e hipocrisia; ou então de amargura, tristeza, amor-próprio ofendido, fanatismo religioso, ociosidade, prepotência, egoísmo, astúcia, descrença espiritual; ou, ainda, as conseqüências nefastas das paixões ilícitas ou dos vícios perniciosos. 5

            5 - Nota do Médium: Observe-se que Ramatís fez questão de mencionar todos os pecados mais graves à nossa integridade espiritual, enquanto, nas entrelinhas e para bom entendedor, ele adverte a cada leitor do seu provável pecado ou defeito, que pode lhe amargurar a existência pela mobilização de fluidos perniciosos e enfermiços. No entanto, em oposição a essa "tabela de pecados", Ramatís tem-nos elucidado quanto às virtudes que devem ser cultivadas para a nossa melhor graduação espiritual.

            Conforme a natureza mais ou menos grave desses pecados, o homem também usa maior ou menor cota de energias provindas das regiões ocultas da vida animal; disso resultam-lhe, também, alterações correspondentes na sua saúde corporal, produzindo-se os surtos enfermiços, agudos ou crônicos. Aquele que ofende a sua própria integridade espiritual, também deve suportar os efeitos indesejáveis do expurgo dos resíduos deletérios provindos de sua infração pecaminosa, assim como o embriagado há de sofrer os efeitos molestos dos venenos alcoólicos que ingere durante a sua imprudência. Em suma: quando o homem peca, ele aciona pensamentos ou emoções de baixa freqüência vibratória e impregnados do magnetismo denso e agressivo das subcamadas do mundo oculto. Depois que tal energia inferior filtra-se pela mente alterada ou flui pelo corpo astral perturbado, ela assume um aspecto mórbido ou constitui-se numa combinação "quimiofluídica" tóxica e ofensiva ao perispírito do homem.

Do livro "Mediunidade de Cura" 
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