PERGUNTA: - Conforme temos lido em certas obras
mediúnicas, os bons espíritos sempre procuram livrar dos charcos os pecadores
que ali sofrem. Porventura isso não elimina a tese de que os pecadores, com
saldo de fluidos tóxicos provindos da Terra, precisam submeter-se ao processo
do lodo terapêutico absorvente, para sua purificação? Quer-nos parecer que a
sua libertação prematura, dos charcos, dispensa-os de tal necessidade levada ao
extremo. Não é assim?
RAMATÍS: - Os espíritos socorristas só
retiram dos charcos purgatoriais os pecadores que já estão condições de uma
permanência suportável nos postos e colônias de recuperação perispiritual
adjacentes a crosta terráquea. Assim como o homem sujo e encharcado de lama não
gozará de conforto entre os lençóis alvos de um leito principesco, os espíritos
saturados de venenos perispirituais também não serão venturosos pela sua
transferência prematura dos pântanos repugnantes para as regiões paradisíacas!
PERGUNTA:
- Poderíeis mencionar quais os estados pecaminosos mais responsáveis pela
convocação de energias primárias e daninhas, que depois enfermam o homem pelas
reações do seu perispírito contra a carne?
RAMATÍS: - São as atitudes e estados
mentais "antievangélicos" denominados "pecados", conforme é
da tradição católica ou protestante. Citaremos como principais, o orgulho,
avareza, ciúme, vaidade, inveja, calúnia, ódio, vingança, luxúria, cólera,
maledicência, intolerância e hipocrisia; ou então de amargura, tristeza,
amor-próprio ofendido, fanatismo religioso, ociosidade, prepotência, egoísmo,
astúcia, descrença espiritual; ou, ainda, as conseqüências nefastas das paixões
ilícitas ou dos vícios perniciosos. 5
5 - Nota do Médium: Observe-se que Ramatís fez questão de
mencionar todos os pecados mais graves à nossa integridade espiritual,
enquanto, nas entrelinhas e para bom entendedor, ele adverte a cada leitor do
seu provável pecado ou defeito, que pode lhe amargurar a existência pela
mobilização de fluidos perniciosos e enfermiços. No entanto, em oposição a essa
"tabela de pecados", Ramatís tem-nos elucidado quanto às virtudes que
devem ser cultivadas para a nossa melhor graduação espiritual.
Conforme a natureza mais ou menos
grave desses pecados, o homem também usa maior ou menor cota de energias
provindas das regiões ocultas da vida animal; disso resultam-lhe, também,
alterações correspondentes na sua saúde corporal, produzindo-se os surtos
enfermiços, agudos ou crônicos. Aquele que ofende a sua própria integridade
espiritual, também deve suportar os efeitos indesejáveis do expurgo dos
resíduos deletérios provindos de sua infração pecaminosa, assim como o
embriagado há de sofrer os efeitos molestos dos venenos alcoólicos que ingere
durante a sua imprudência. Em suma: quando o homem peca, ele aciona pensamentos
ou emoções de baixa freqüência vibratória e impregnados do magnetismo denso e
agressivo das subcamadas do mundo oculto. Depois que tal energia inferior
filtra-se pela mente alterada ou flui pelo corpo astral perturbado, ela assume
um aspecto mórbido ou constitui-se numa combinação "quimiofluídica"
tóxica e ofensiva ao perispírito do homem.
Do livro "Mediunidade de Cura"