“Suponhamos um encarnado abruptamente desligado do corpo
físico por um acidente traumático, um incêndio. No Astral, esse ser se vê
indefinidamente na situação do desencarne abrupto, como se eternas labaredas
lhe fritassem as carnes, num quadro de demência que cria continuamente formas
pensamento do cenário fatídico, como teatro real plasmado com personagens
fictícios, que são criados pela mente em desequilíbrio. Num certo instante
desse processo dantesco, outros espíritos na mesma condição mental estabelecem
faixa sintônica com essa egrégora criada pelo primeiro encarnado, que até então
estava sozinho na sua louca ideação. E, assim, sucessivamente, outras entidades
na mesma condição existencial, todas queimadas pelas chamas na Terra, vão se
juntando como fiéis personagens de um roteiro escrito pelas mesmas sensações e
emoções em desalinho. Está estabelecido o que denominamos de 'bolsão de
espíritos sofredores', tal qual uma gigantesca bolha que é plasmada no Umbral
Inferior e que mantém imantados grupos de espíritos à sombra da sua
circunferência. Atrai cada vez mais entidades para seu interior, por poderoso
processo de influxo magnético mental coletivo que afeta sobremaneira os que se
lhe afinizam com a área de influência. Isso é só um pequeno exemplo da
plasticidade do Plano Astral."
Do livro: Ramatís - Evolução no Planeta Azul, 2ª edição, página 72.