PERGUNTA: - Solicitamos pormenores para a nossa compreensão sobre as chamadas ressonâncias vibratórias de vidas passadas.
RAMATÍS: - São espécies de transferências
vibratórias, oscilantes e intermitentes, mas com aguda repetividade, de traumas
registrados no inconsciente milenar para o consciente da atual encarnação.
Pensamentos em desalinho, pânicos sem causa aparente, receios exagerados,
insônias, comportamentos compulsivos, entre outras causas não aparentes, afluem
no comportamento do ser, gerando ansiedades, depressões, ódios e dificuldades
gerais que levam rapidamente a um quadro de esgotamento psíquico, advindo
doenças variadas no equipo físico. Se há sintonia com espíritos sofredores em
mesmo estado mental, pelas repercussões vibratórias que se intensificarão,
rapidamente se agrava o quadro mórbido do encarnado, como aludimos nas
respostas sobre os bolsões de espíritos sofredores e as induções mentais.
PERGUNTA: - Supomos que os grupos de Apometria
também façam terapia de vidas passadas?
RAMATÍS: - Supondes inadequadamente. Se
assim os há, grupos de Apometria que estão fazendo terapia de vidas passadas, é
misturar alhos com bugalhos, ou querer fazer uma salada de pepino com
jabuticaba.
A terapia de vida passada parte do
interesse do paciente em esclarecer traumas que o perturbam, sedimentados em
existências anteriores, e que fluem para a vida presente, como gatilhos que se
soltam sem explicação racional à luz de outras terapêuticas, inclusive da
própria medicina. É o despertar pessoal que conta, baseado na vivência da
pessoa que está aos cuidados do médico ou psicólogo terapeuta de vidas
passadas, que o conduzirá com habilidade, num clima de confiança recíproca
entre ambos, sendo o doente ativo no processo de libertação.
Em Apometria, os mentores espirituais dos trabalhos autorizam acessar determinadas situações da anterioridade da alma milenar para que um médium sintonize esse "nó" e vivencie em si a catarse necessária para a libertação do consulente. Geralmente, dentro da dinâmica da técnica apométrica, não recomendamos maiores detalhamentos de vidas passadas aos consulentes, sob pena de desentendimento e agravo do quadro enfermiço do paciente, que ficará inseguro diante da complexidade que se apresenta.
O que ocorre na terapia de vidas
passadas é conduzido em várias sessões individuais, sem manifestações
mediúnicas de outras pessoas, a não ser a própria vivência catártica do
atendido, habilmente assistido pelo profissional médico ou psicólogo que o
atende. É o contrário do atendimento apométrico, cujo consulente se vê diante
de um grupo com finalidade de assistência anímico-mediúnica espiritual, em que
mais de um componente expressará sentimentos, emoções e padrões psíquicos
incomuns ao atendido.
Com certeza há uma sinergia entre as
atividades de um médico ou psicólogo terapeuta de vidas passadas com a
participação ativa desse profissional em um grupo de Apometria, pois terá
ampliada sua diagnose e capacidade de entendimento das vidas pregressas dos
pacientes no seu consultório. Isso não quer dizer que se deva fazer atendimento
apométrico em "consultórios" improvisados, regiamente remunerados e
com a participação de sensitivos, situação que se prende aos instrutores
milagreiros da Nova Era; aventureiros e despreparados das questões da
Espiritualidade, que se encontram dependentes financeiramente desse meio de
vida distorcido. Esse tipo de falsa caridade, que só dá munição para os
conflitos e críticas, não tem relação direta com a Apometria em si ou com a
ética profissional de médicos e psicólogos que se envolvem com essa técnica
curativa.Do livro EVOLUÇÃO NO PLANETA AZUL.