Na área central do Mercado Público de Porto Alegre, existe um assentamento de Exu ou Bará. E no Plano Espiritual, o que será que acontece no Mercado?
Já faz algum tempo que ando sonhando
com o Mercado Público, localizado no centro de Porto Alegre. Até aí nada de
estranho, porque gosto de frequentar o local, passear por ali, sentir o aroma
das especiarias, olhar as bancas, comprar produtos regionais, encher os olhos e
a boca nos restaurantes que servem comidinhas deliciosas, passando sempre pela
banca da salada de fruta com sorvete ou nata fresca. São tantas iguarias e
gostosuras num só espaço que é impossível não exagerar e ainda ficar com
vontade de quero mais. Deste modo, muitas vezes sonho que estou passeando no
centro da cidade e passando em frente ao mercado ou então fazendo compras em
alguma banca. Nessas ocasiões tenho uma leve lembrança quando acordo que estive
no local, sem maiores detalhes do que estava fazendo. Entretanto nos últimos
dias lembranças estranhas relativas ao lugar tem se apresentado pela manhã no
ato de acordar, sem, entretanto conseguir reter na memória os fatos passados.
Quando acontece de uma história se
apresentarem de forma incompleta ou interrompida aguardo sem ansiedade, porque
aprendi que tudo tem seu tempo e hora para acontecer. Não adianta querer
colocar a carroça na frente dos bois porque não vai funcionar. É preciso estar
tudo certo, previamente combinado e tranquilo, principalmente de minha parte,
para cumprir com os planos traçados, preciso estar equilibrada e calma, me
colocando à disposição para o que for necessário, com a ajuda dos irmãos da
espiritualidade encarregados de executar as tarefas previamente combinadas. Não
é algo tão simples, nem se resume na minha vontade de querer ou fazer, preciso
é que estejamos aptos para o trabalho a ser feito. Existe todo um planejamento
e preciso é que o momento vivenciado sirva para alguma coisa útil, para nos beneficiarmos
com os resultados, caso contrário as lembranças, se houverem, poderão serão
desconexas e simbólicas, de vez que nem todos os sonhos são lúcidos.
Assim que uma determinada noite
após a preparação usual para o sono, tendo adormecido imediatamente, percebi
que estava passando pelo centro da cidade em direção ao mercado público, descia
pela Borges de Medeiros, momento em que contornei a Praça XV, passando em
frente ao Chalé e daí então ao portão de acesso ao mercado. Era um dia nublado
e fui surpreendida com uma chuva repentina e forte que alagou as ruas no
entorno e como havia esquecido a sombrinha no ônibus-lotação, corri para dentro
do mercado para comprar outra. Quando passei pelo portão de acesso e olhei para
o interior, percebi que estava pouco iluminado e achei estranho, parando e
pensando que ali naquele lugar não vendiam guarda-chuvas e sombrinhas. Porém
como o tempo estava com cara de poucos amigos resolvi entrar, apesar de estar
com um sentimento estranho de que havia algo diferente, senti-me
desconfortável. Olhando para todas as direções notei um movimento fora do
normal para o horário, de primeiras horas da manhã. Dei muitas voltas, achei
tudo desconfortante, não conseguia localizar as saídas, encontrei pessoas que
me intimidaram com seu aspecto de poucos amigos, vários outros com aspecto
doentio e mães e pais carregando seus filhos magros e esquálidos, caminhando
sem rumo, procurando por algo que eu não estava compreendendo. Inicialmente me
senti perdida, naquele lugar sempre tão acolhedor e com tantas pessoas passando
apressadas para o trabalho ou adquirindo produtos, num burburinho alegre,
somado com a cantoria dos vendedores nas bancas, anunciando os produtos, na
tentativa de atrair os fregueses.
Minha atenção foi voltada para
as bancas que ficavam todas no centro e ao redor existiam várias, muitas salas
que não sabia para que serviam, porque nunca tinha percebido que elas existiam
e eram parcamente iluminadas. Ofegante e com o coração em sobressaltos resolvi atravessar
pelo portão cuja saída é em frente à Prefeitura. Porém tão logo passei pela
parte central do mercado um homem saiu de uma das salas e chamou minha atenção.
Estranhando o inusitado da situação pensei rapidamente de devia parar ou não.
Tive um ímpeto de sair correndo, porém não consegui andar e voltei meu rosto em
direção ao chamado. Ali estava um homem de aparentemente 40 anos, vestindo
roupas normais levemente amarrotadas, com a barba por fazer, mas não de aspecto
sujo, apenas extenuado.
Quando ele se aproximou perguntei quem era e o que fazia ali, porque o lugar estava tão diferente, acanhado e opressor. Ouvindo minhas argumentações calmamente respondeu que era médico socorrista, que ali na contraparte astral do mercado funciona um pronto socorro espiritual, para onde se dirigem espíritos que se encontram perdidos na cidade e precisam de ajuda e orientação. Questionei o porquê da vestimenta surrada e ele respondeu que estava trabalhando há várias horas sem descanso e assim com roupas comuns era bem aceito por aquelas pessoas, carentes de tudo que se possa imaginar. O clima opressivo disse-me era a soma dos pensamentos e emanações mentais daqueles seres que transitavam sem rumo e sem esperança. Que naquele local muito se trabalhava em prol dos desesperados e perdidos, dos feridos em sua dignidade por falta de melhores oportunidades e de compreensão dos desígnios divinos. Mostrou-me rapidamente o local explicando como funciona e foi então que pude perceber a movimentação em prol daqueles que ali aportavam. Aliviada e sem aquela sensação de medo do desconhecido pude perceber a obra de socorro ali desenvolvida.
Quando ele se aproximou perguntei quem era e o que fazia ali, porque o lugar estava tão diferente, acanhado e opressor. Ouvindo minhas argumentações calmamente respondeu que era médico socorrista, que ali na contraparte astral do mercado funciona um pronto socorro espiritual, para onde se dirigem espíritos que se encontram perdidos na cidade e precisam de ajuda e orientação. Questionei o porquê da vestimenta surrada e ele respondeu que estava trabalhando há várias horas sem descanso e assim com roupas comuns era bem aceito por aquelas pessoas, carentes de tudo que se possa imaginar. O clima opressivo disse-me era a soma dos pensamentos e emanações mentais daqueles seres que transitavam sem rumo e sem esperança. Que naquele local muito se trabalhava em prol dos desesperados e perdidos, dos feridos em sua dignidade por falta de melhores oportunidades e de compreensão dos desígnios divinos. Mostrou-me rapidamente o local explicando como funciona e foi então que pude perceber a movimentação em prol daqueles que ali aportavam. Aliviada e sem aquela sensação de medo do desconhecido pude perceber a obra de socorro ali desenvolvida.
A Grandiosidade do Pai que não deixa
seus filhos desamparados e sempre encontra um meio de ajudar, através de seus
obreiros e dedicados servidores, comandados pelo Filho, Jesus o Cristo, que se
comprometeu a não deixar suas ovelhas desgarradas e a trabalhar até que a
última delas seja trazida em segurança, para então ficar sob o olhar carinhoso
e vigilante do pastor.
Lizete Chaves.