O ser humano quando sob a
influência da ganância costuma utilizar de todo e qualquer
subterfúgio para justificar suas ações a fim de não ser julgado
por outras pessoas ou pela sua própria consciência.
Existem
inúmeros rituais, preceitos e tradições que são comuns e se
confundem entre as diversas religiões de raízes afro-brasileiras.
Tais semelhanças muitas vezes dão margem a certas práticas que
utilizam indevidamente o nome da sagrada Umbanda, contrariando
diretamente muitas das normas de culto repassadas pelo Caboclo das 7
Encruzilhadas ao anunciar o nascimento dessa religião que acima de
tudo tem na caridade
a sua essência maior.
Uma
destas práticas é a chamada Lei
de Salva
que seria fundamentalmente uma compensação feita a alguém em troca
de um serviço prestado. Esta justificativa tem raízes muito
antigas, remontando ao antigo Egito onde era chamada Lei de Amra. A
explicação está na troca energética existente nas manipulações
magísticas pois como toda ação mágica ocasiona uma reação, um
desgaste, uma responsabilidade e uma conseqüência imprevisível em
virtude das forças movimentadas, seria imprescindível que o
médium-magista estivesse coberto do ponto de vista material a fim
de poder enfrentar a qualquer instante essas possíveis condições
sendo então forçoso que houvesse uma compensação.