O resultado
dos trabalhos mediúnicos depende fundamentalmente da quantidade e da capacidade
dos médiuns participantes, pois do "lado de cá" é muito comum existir
maior quantidade de espíritos para comunicarem-se com os vivos, do que o ensejo
de médiuns disponíveis. No entanto, nos trabalhos sensatos e protegidos, as
oportunidades são distribuídas de modo a favorecer mais o bem coletivo do que
atender as solicitações pessoais. Quando há médiuns em quantidade razoável, os
espíritos também podem tratar de assuntos de natureza mais particular, ou lhes
é possível dirigirem-se direta e familiarmente aos presentes nas suas mensagens
mediúnicas. No entanto, quando apenas existe um só médium em condições
favoráveis para a comunicação do Além,
os mentores do trabalho orientam o
comunicante para só cuidar de assunto de interesse coletivo e evitar as
particularidades.
Eis o motivo por que as sessões
mediúnicas de mesa, em geral, não oferecem ensejos de comprovações pessoais,
enquanto as comunicações costumeiras situam-se na craveira comum de todos os
dias ou, quando muito, não passam de exortações e assuntos de ordem geral. O
médium fica obrigado a estender-se em considerações de âmbito coletivo e evitar
a preferência pessoal, pois isso implicaria em desserviço aos demais
freqüentadores.
Ramatís - do livro ELUCIDAÇÕES DO ALÉM