"Mantém-se por tempo adequado essa união de forças dos dois planos vibratórios com a entoação dos pontos cantados, ativando-se o emocional e acalmando o mental consciente do médium, que é “ocupado” pela mente dos espíritos mentores."
PAI VELHO – Meu filho,
contempla as rosas no jardim, como crescem. Quem de vós pode, com todos os
cuidados, prolongar o ciclo de vida de uma flor sequer? Todavia, se não as
regar, elas secarão, morrendo antes do tempo. Existe uma profunda afinidade
entre a natureza, as coisas do espírito e a mediunidade. Os elementos de rito
citados, quais sejam a percussão de atabaques, danças rituais e a entoação de
cânticos, são regatos para o espírito do medianeiro, que o ajudam em sua
floração espiritual. Podem ser considerados cuidados supérfluos pelos mais
mentalistas, mas os seus ritmos e movimentos estão em harmonia com Deus. As
danças rituais criam as condições ideais para essa catarse energética, havendo
uma enorme interpenetração das vibrações dos Orixás rebaixadas pelos toques dos
atabaques.
Nesses momentos o campo eletromagnético do perispírito do médium
fica aumentado em sua freqüência vibratória, facilitando a sintonia com o
padrão de ondas mentais dos guias do lado de cá. Mantém-se por tempo adequado
essa união de forças dos dois planos vibratórios com a entoação dos pontos
cantados, ativando-se o emocional e acalmando o mental consciente do médium,
que é “ocupado” pela mente dos espíritos mentores. A utilização desses
elementos de rito não altera a estrutura da mediunidade, assim como a roseira
que não é regada continua a ser a mesma, embora com rosas murchas e
despetaladas.
Do livro AOS PÉS DO PRETO VELHO - Ramatís e Pai Tomé.
Ed. do Conhecimento.
Ed. do Conhecimento.