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sexta-feira, 3 de maio de 2013

É injusto sermos enfeitiçados?

PERGUNTA: - Não seria injusto sermos enfeitiçados quando já nos empenhamos na renovação de nossa conduta moral e cooperamos, também, na edificação de obras filantrópicas em favor do esclarecimento espiritual alheio?
            RAMATÍS: - As vicissitudes, dores e os desenganos são tão peculiares na face da Terra, como o calor é um produto natural do fogo! Sem dúvida, a diferença de sensibilidade espiritual faz certas criaturas sofrerem mais do que as outras, embora todas estejam submetidas às vicissitudes e padecimentos semelhantes. Enquanto a Terra é um orbe desagradável e injusto para os mais sensíveis, constitui-se num ótimo viver para as criaturas afinadas à violência, pilhagem, intriga, maldade, ao ciúme, ódio e egoísmo! O mesmo pântano que exala o gás metano, onde o beija-flor viveria um inferno, é um paraíso para a vida do sapo! As pessoas habituadas à limpeza e higiene de suas residências bem-tratadas sentem-se aflitas no ambiente sórdido das favelas.
            O certo é que no cenário do mundo terrícola viceja o crime, o roubo, o acidente, a exploração e a morte, independentemente das virtudes e dos méritos dos espíritos encarnados! Os homens terrenos ainda são como os doidos dos asilos, pois fazem uma porção de coisas desatinadas e perigosas, contra eles próprios! Por isso, os espíritos primários vivem melhor na Terra, assim como o animal selvagem também se ajusta melhor na mata virgem! Em verdade, enquanto o príncipe rasga o seu delicado traje de seda na sarça miúda, o aldeão imuniza-se com a roupa de couro entre os espinheiros mais bravios!

Do livro Magia de Redenção.
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