Em todos os tempos o altar teve o propósito de
centralizar o conjunto vibratório.
Desde remotas eras o fogo , a chama sobre o
altar simbolizava a luz divina, desde
Atlântida, passando pelos egípcios, gregos , hindus , celtas e Tb os romanos. Se lembrarmos que durante séculos, , milênios, a iluminação era
feita pelo fogo. Até hoje , acendemos
velas , representando a luz, o divino.
· Kardec, foi sacerdote druida, e eles faziam o altar nas florestas , para trabalharem diretamente
com as forças da natureza.
Na
umbanda o gonga tem a mesma função, pois
nele está a centralização, a
convergência vibratória
Os
elementos dispostos nos altares tem a função específica de atraírem nossas mentes para um foco, nos
remetendo a um referencial que sucite uma identificação com o sagrado, ou com
os elementos de nossa fé.
Se
associamos o criador a luz, a chama no
altar remete nosso inconsciente a se
identificar com a chama divina. Feita a identificação ( a nível inconsciente)
nos tornamos reverentes, buscando o mais
alto ou o mais puro, o mais sincero de nós para se comunicar...então elevamos
nosso padrão vibratório, e nos tornamos sem o saber, mais receptivos às energias
que vem do alto.
O livro Umbanda –Pé –no Chão define o gongá ( altar) como o mais potente aglutinador
de forças do terreiro. Ele coloca o altar com: atrator , condensador , escoador, expansor, transformador e alimentador
de diferentes energias.
Atrator- o altar atrai
pensamentos referentes as imagens e aos
elementos que apresenta...quanto mais harmonioso, maior a atração. Aquilo que é
visto é vibrado, então , as vibrações de
amor, de gratidão, de confiança , entre outras, são atraídas para o conga
(altar).
Condensador – no conga, são
condensadas as ondas mentais oriundas do que acontece no terreiro, palestras, consultas ,
por exemplo.
Escoador- o conga funciona como
um para-raio, escoando para a terra o que ainda tiver de negativo na pessoa.
Expansor- expande o positivo, ou
seja, as ondas mentais positivas presentes, uma vez atraídas, são expandidas
em movimento constante...são devolvidas ao ambiente.( combustão)
Transformador- no conga, acontece o reciclar do lixo astral.
Pela
força do amor e das energias positivas que ele agrega, nada de negativo ali
permanece.
No
inicio , falei em ser o altar o centralizador do conjunto vibratório, então ali
somam-se as forças positivas oriundas
dos presentes, das atividades da casa e dos mentores que emitem e
condensam suas vibrações no conga, todos
e todas elas, ligadas as energias do pai maior.
Nos
dias atuais as atividades do dia a dia,
nos absorvem a ponto de não termos tempo
para nos reservarmos um espaço para nos conectarmos com o divino.
...trabalho...filhos...parentes...aflições...distâncias...
e não conseguimos chegar frente ao altar, frente ao conga.
Estamos
numa era de muita tecnologia, as mensagens religiosas chegam pela internet, pelo vídeo, e nos
beneficiam, mas ainda assim temos que
ter tempo para ler, para ouvir, e para refletir...e isso nem sempre acontece. Estamos numa era de redescobrir, reler o que já foi
dito, reavaliar , e nesse redescobrir, redescobrir a nós mesmos, nossos
potenciais, nossas fraquezas e a luz da razão, trabalhar em prol de nossa
evolução.
Então,
numa época tão agraciada pelas redescobertas, precisamos redescobrir o altar
disponível 24 horas a nosso favor.
Esse
espaço milenarmente objeto do simbolismo do sagrado amor divino...nosso chacra
cardíaco...nosso coração, sede dos sentimentos mais altos, mais puros, e
capazes de nos conectar ao divino.
No
amor romântico, é cobiçado o amor , que está no coração do outro, seu ponto
mais alto... nos guerreiros antigos,
exibir um coração pulsante na mão, era uma suprema gloria, uma vitória.
Nesse
altar interno, simbolicamente está depositado o elo de ouro que nos liga
ao pai maior. É ai nesse espaço sagrado, onde guardamos na memória
celular o sentimento que mais se
aproxima do amor divino.
E
é nesse altar interno que podemos buscar a força. Essa força , ancorada no amor presente em
nosso coração , é capaz de nutrir as necessidades de nossa alma. Nutrir com
coragem, tolerância, carinho, gentileza, então uma vez nutridos, nos sentimos
fortalecidos para os embates do
cotidiano.
Façamos
a experiência, coloquemos nosso pensamento no centro cardíaco, e nos
visualizemos envoltos em uma chama de luz...não depende de estar aqui ou acolá, poderemos estar em qualquer lugar, basta pouco tempo,...tente.
Temos os sítios da natureza como formas de altares, e assim o são, pois
são sítios de vibrações específicas da
vontade divina.
Então,
temos três formas de altares: templos, sitos da natureza e o nosso altar interno...
Ponto da Oxum
Na cachoeira mamãe Oxum
fez seu altar
Na cachoeira todos
caboclos vão rezar
Na cachoeira a água rola sem parar
Tirando o limo lá das
pedras
Deixando todas a
brilhar