As
coletividades de Espíritos que mourejam junto à crosta terráquea são as
remanescentes de vossa própria humanidade e que se renova continuamente no
ciclo das reencarnações. Embora cultuemos padrões mais elevados, porque já nos
situamos na área do trabalho de Jesus, a nossa proximidade da Terra associa e
desperta-nos influências mentais muito ao gosto das preocupações terrenas.
Esquecemos, por vezes, que também já tivemos a nossa infância espiritual e
não suportamos o que julgamos equívocos dos nossos companheiros.
Assemelhamo-nos aos velhos decrépitos, do vosso mundo, que, desiludidos por
terem sido vítimas dos desregramentos da juventude, tornam-se religiosos ou
espiritualistas puritanos, e passam a excomungar todo divertimento dos jovens
como "loucuras da mocidade". Ante a visão reduzida da Realidade
Espiritual, apegamo-nos demasiadamente à personalidade, humana e tentamos
fortificá-la a todo custo! Exaltando-nos, pessoalmente, então julgamos e
corrigimos os equívocos do próximo, na ingênua ilusão de que já passamos a
existir mais e melhor do que os outros, isto é, daqueles que censuramos. Em
nossa intimidade humana e provisória, o "eu" inferior sempre nos justifica
o julgamento que fazemos do próximo, sob o sutil sofisma de que defendemos
doutrinas, princípios morais humanos ou divinos. Na realidade, tudo isso é
apenas angústia de sobrevivência, de "melhor existir",
personalisticamente, na ignorância profunda dos verdadeiros objetivos do Pai.
Ramatís - do livro MENSAGENS DO ASTRAL.