Era uma vez... um centro
espiritualista onde eram atendidas
centenas de pessoas todo mês. Realizavam-se ali inúmeros tipos de trabalhos de
caridade , inclusive aqueles que confrontavam os problemas atuais dos
consulentes com os entrelaçamentos reencarnatórios, que funcionavam em mais de um grupo.
Um destes
grupos era diferenciado pela abordagem um tanto esotérica dada por conta de seu
dirigente, sabidamente muito estudioso do assunto e pesquisador ferrenho. Porém
a medida que o grupo foi se consolidando começou a haver uma urgência cada vez
maior do dirigente em encerrar o quanto antes os
atendimentos do dia para possibilitar outros experimentos "intuídos" por ele, chegando mesmo a haver negativa em atender pessoas provenientes de longe, apesar do descontentamento dos outros trabalhadores. Um trabalho que havia iniciado com o atendimento fraterno de inúmeros consulentes para resolver repercussões de vidas passadas na encarnação atual evoluiu para incursões "holywoodianas" para desmantelar bases umbralinas e capturar magos negros atlantes, culminando com triangulações energéticas com planetas de constelações longínquas, berço dos primeiros habitantes voluntários ou degredados de nosso orbe, a fim de irradiar o Cosmos. Acreditava-se o dirigente capaz inclusive de utilizar energias manipuladas pelas civilizações primordiais e mais evoluídas de nossa história, e que em grande parte contribuíram para a derrocada das mesmas.
E cada vez menos atendimentos presenciais para as filas de espera de
consulentes necessitados...Obviamente começou a haver um esvaziamento do
grupo pela discordância dos
trabalhadores em relação a tal postura, mas o dirigente seguiu firme em seus
propósitos e convicções, atribuindo a falta de capacidade dos outros o abandono
do trabalho. Quando finalmente houve a necessidade de garimpar trabalhadores em
outros grupos para manter o seu funcionando, eis que, surpreso, constatou que
ninguém foi candidato a trabalhar com ele mesmo sendo uma sumidade em tais
conhecimentos. Ainda assim atribuiu o fato a inveja de sua sapiência e resolveu
seguir sozinho nas suas atividades, alegando estar constantemente sob
irradiação dos mestres ascensionados e de irmãos de luz altamente evoluídos ,
habitantes de outros planos e galáxias que o teriam eleito para servir de instrumento para auxiliar a entrada
da Terra na Nova Era. E desta forma adoeceu e desencarnou rapidamente por ter a
certeza de não necessitar de tratamentos terrenos uma vez que contava com a
mais ampla cobertura espiritual tal a importância de seu trabalho aos olhos do
Mais Alto. Desencarnou com a convicção de que atendimentos presenciais
caritativos para a enorme população necessitada era um trabalho banal e que
poderia ser feito pelas dezenas de médiuns medíocres que formavam a corrente de
seu centro, mas o trabalho ao qual ele se dedicava necessitava obrigatoriamente
de um médium de seu quilate.atendimentos do dia para possibilitar outros experimentos "intuídos" por ele, chegando mesmo a haver negativa em atender pessoas provenientes de longe, apesar do descontentamento dos outros trabalhadores. Um trabalho que havia iniciado com o atendimento fraterno de inúmeros consulentes para resolver repercussões de vidas passadas na encarnação atual evoluiu para incursões "holywoodianas" para desmantelar bases umbralinas e capturar magos negros atlantes, culminando com triangulações energéticas com planetas de constelações longínquas, berço dos primeiros habitantes voluntários ou degredados de nosso orbe, a fim de irradiar o Cosmos. Acreditava-se o dirigente capaz inclusive de utilizar energias manipuladas pelas civilizações primordiais e mais evoluídas de nossa história, e que em grande parte contribuíram para a derrocada das mesmas.
Esta estória
apesar de fictícia poderia certamente encontrar similaridade com histórias
reais e que poderiam estar ocorrendo neste momento com qualquer consciência que
tenha se perdido na sombra do próprio ego.
Será que o
nosso planeta não tem espíritos
encarnados e desencarnados suficientemente comprometidos e necessitando de todo
auxílio possível para que nos preocupemos com a situação do cosmos? Não terá a
espiritualidade superior espíritos mais gabaritados para se encarregarem destes
assuntos do que nós que ainda estamos no jardim de infância da evolução
espiritual? Quantos trabalhadores muito comprometidos carmicamente com o
trabalho da caridade não perdem o foco em virtude da vaidade, seja em função do
estudo e conhecimentos adquiridos, seja por superficialização da memória
espiritual que traz a tona antigas personalidades egocêntricas e pouco
caridosas ou mesmo pelo reconhecimento público quanto ao trabalho realizado?
Quando a
consciência individual se torna mais importante do que a coletiva e nos faz
nivelar a importância do trabalho dos outros pela importância que nós mesmos atribuímos ao nosso, certamente
já sucumbimos a interferência das baixas vibrações e estamos servindo de peões
manipulados pelo astral inferior. Sem dúvida aquele que está sob irradiação da espiritualidade
de luz e que tenha interiorizado a essência da misericórdia crística jamais
deixará a soberba turvar sua noção da importância de todos os elos de uma
corrente, tendo entendimento suficiente para saber que o sentimento de caridade
e a postura moral digna de uma pessoa valem muito mais que quaisquer conhecimentos.
Conhecimento adquirido
é uma ferramenta valiosa no burilamento dos medianeiros desde que não se perca jamais a humildade e a noção de que nada
somos sozinhos e de que não existe aos olhos da espiritualidade nenhum trabalho
mais ou menos valioso quando o mesmo é feito com fé, dedicação desinteressada e
amor ao próximo. Conhecimento pode dar a falsa sensação de poder, mas não
esqueçamos que o poder pode facilmente
corromper aqueles que não estão preparados e não tem maturidade suficiente para
lidar com o mesmo.
Como se diz na nossa Umbanda: Quem não pode com mandinga, não carrega patuá.
Como se diz na nossa Umbanda: Quem não pode com mandinga, não carrega patuá.
Adriano –
Médium do Triângulo da Fraternidade