"Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, chegou-se a ele um centurião e rogou-lhe: Senhor, o meu criado jaz em casa paralítico, padecendo horrivelmente. Disse-lhe: eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa; mas dize somente uma palavra e o meu criado há de sarar. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade e tenho soldados às minhas ordens, e digo a um: vai ali, e ele vai; a outro: vem cá, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Jesus ouvindo isto admirou-se e disse aos que o acompanhavam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé. E digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente, e hão de sentar-se com Abraão, Isaac e Jacó no Reino dos Céus; mas os filhos deste reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes. Então disse Jesus ao centurião: Vai-te, e como crêste, assim te seja feito. E naquela mesma hora sarou o criado." (Mateus, VIII, 5-13.)
Há
casos específicos em que a "cura", meramente no corpo físico,
reduzida a um fenômeno de recomposição de tecidos mórbidos, como os tumores,
por exemplo, não valida a cura profunda - no espírito - e não depende necessariamente da fé do enfermo para ocorrer. Certa vez presenciei um menino de 10 anos
que teve um grave tumor na cabeça "milagrosamente" desmaterializado e
o tecido cerebral recomposto e saudável novamente para espanto dos médicos. A
criança não sabia o que era ter fé, mas por intercessão de um Guia no Plano
Astral com outorga perante as Leis Divinas, a extirpação da metástase serviu
para o despertamento da fé nos familiares, pois que estava o paciente desenganado
da medicina terrena.
A partir de então a família materialista se
voltou fervorosamente para as questões do espírito, da larga horizontalidade dos
apegos sensórios fisiológicos externos paulatinamente se conduziu para a verticalidade
das portas estreitas do Eu interno mais profundo, o Espírito Imortal.
Este é
fato verdadeiro em que a fé do paciente não foi essencial para a obtenção de um
fenômeno físico isolado. Todavia, foi determinante a nova fé plantada no coração dos parentes que germinou numa melhora geral e, ao mesmo tempo, para que conquistassem
merecimento, alcançando possivelmente até a cura profunda nos espíritos deles
mesmos, pela mudança dos comportamentos equivocados por condutas
evangelizadoras, ao serem tocados pela fé - tua fé te curou,
sentenciava Jesus - diante do fenômeno "milagroso".
Foi um caso típico que o coletivo é maior que o individual e justifica a intercessão de uma instância deliberativa superior do Plano Espiritual.
Foi um caso típico que o coletivo é maior que o individual e justifica a intercessão de uma instância deliberativa superior do Plano Espiritual.
Lembremos
ainda do elucidativo episódio do centurião romano, que interpelou por seu
escravo pedindo a Jesus para curá-lo.
Jesus em atendimento interroga-o
dizendo que assim que possível iria com ele em socorro ao doente. Mas o
centurião conclama ao Mestre que determine a um de seus prepostos que haja em
Seu lugar e o cure, pois tinha autoridade para isso. E assim fez Jesus, que
tinha sob suas "ordens" uma legião de anjos. Determinou a um deles
que socorresse o necessitado.
Provavelmente o doente nem sabia
que por ele era pedido algo, não ficando clara a questão da sua fé no texto do evangelista; fé que até
então só quem demonstrara fora o centurião - "Vai-te, e como crêste, assim te seja feito" - conforme enunciou Jesus. A fé é fruto da inteligência e o centurião tinha conhecimento dos fatos.
O
Evangelho renova-se sempre à nossa interpretação e se faz infinito em renovar-nos o
espírito para o entendimento da Leis do Pai, do Seu Reino de Amor.
Paz, saúde, força e união!!!
NORBERTO PEIXOTO.
Eterno Aprendiz do Evangelho.