PERGUNTA: — Alguns médiuns intuitivos, nossos
conhecidos, queixam-se de que em suas comunicações mediúnicas, malgrado o
esforço que empregam para dominar o fenômeno, não conseguem evitar a
influência de certas leituras cotidianas,
cujo assunto, então, mescla-se depois às mensagens dos desencarnados.
Eles não opõem duvida
quanto à veracidade do fenômeno
mediúnico em que são intermediários, mas
lamentam a impossibilidade de vencer
a interferência anímica. Que aconselhais?
RAMATIS: — Algumas vezes a interferência anímica, que
os bons médiuns acreditam ser prejudicial em suas comunicações, representa
apenas o cimento coesivo e um ajuste
providenciado pelos guias, com o intuito de se lograr mais sucesso
na mensagem mediúnica da noite. Alguns guias costumam preparar seus
médiuns com certa antecipação, quando desejam transmitir mensagem de importân
cia para o público ou endereçada a alguém de sua estima. Por isso, lhes
inspiram as leituras e os aproximam de pessoas que podem avivar-lhes o mesmo
assunto a ser ventilado posteriormente na
instituição espírita. Através dos recursos
providenciados à luz do dia, os guias asseguram a coerência da
comunicação mediúnica, cimentando a idéia fundamental em foco para o êxito
doutrinário ou como advertência ao público.
Daí, pois, as surpresas de alguns freqüentadores que,
ao ouvirem o guia da casa prelecionar através do médium, verificam que ele
trata de assuntos, advertências ou esclarecimentos
que lhes tocam em particular e que muitas vezes os fazem abandonar
certas atitudes perigosas cultivadas na vida
física. Doutra feita, o dirigente dos trabalhos, ao fazer a escolha do
tema da noite, abre o Evangelho na página
providencialmente exata e que inspira alguém presente e aflito a
solucionar o seu problema doloroso de maneira mais sensata e proveitosa.
Do livro MEDIUNISMO.