A mediunidade é
instrumento de trabalho. Muitos prometem, quando no Mundo Espiritual, cumprir
as suas tarefas ao reencarnar, mas falham ao se lhes apresentar alguma
dificuldade. Outros nem tentam desenvolver os seus “dons” para servir o
próximo. Vêm e vão de mãos vazias, perdendo as belas oportunidades que o Pai
Amantíssimo lhes oferece. Não é uma crítica. É uma constatação.
Outros, entretanto,
empenham-se na medida das suas possibilidades, a servir com abnegação,
sacrifício e perseverança.
Uma das mediunidades que
exigem muito do médium é a psicofonia, conhecida como incorporação.
Como médium de
incorporação, sei que o que vou passar agora aos leitores é verdadeiro. Não vou
contar as minhas experiências, mas uma do médium Norberto Peixoto:
“Recentemente, nos
trabalhos mediúnicos que participo, atendemos um irmão acidentado, que se
apresentava em estado bastante perturbado, queixando de muita dor no lado direito
da cabeça; mal conseguia fazer-se entender pelo dirigente. Findo o trabalho,
fiquei com uma sensação ruim, e a impressão de estar com o perispírito
desacoplado, como se a qualquer momento fosse sair do corpo. Na noite
subsequente, não consegui dormir, pois sempre que tentava adormecer tinha
sensação de queda, como se a cama afundasse, além de escutar gritos e batidas a
ecoar no quarto.
No dia seguinte, exausto,
não consegui trabalhar à tarde, e recolhi-me para descansar. Então, senti-me
desdobrar e presenciei todo o desencarne do irmão socorrido, como se fosse o
próprio: ele estava sendo perseguido por um homem alto que queria maltratá-lo
pelo fato de ter estuprado sua filha. Entrava num galpão, que aparentemente era
destinado a armazenamento, pois estavam numa comunidade rural e, ao término de
uma escada, encurralado numa espécie de sacada que havia na parte superior, ao
firmar a perna esquerda no piso de madeira, que talvez estivesse podre,
desequilibrou-se, caindo e batendo com a cabeça em algo duro, do lado direito,
desencarnando nesta queda acidental. A partir de então, fiquei totalmente
restabelecido, recuperando as forças e o bem-estar”.
Ramatis escreveu que o
médium, além das virtudes que já apontei, deve procurar o equilíbrio, a prece,
a fé e a confiança, para se fortalecer.
Para encerrar, esclareço
que numa sessão mediúnica de desobsessão é importante que os médiuns de
sustentação colaborem bastante, pois os Espíritos que se comunicam são, em sua
maioria, sofredores, revoltados e até mesmo maldosos.
Sônia Aparecida Ferranti
Tola – Blog Caminheiros da Luz.
FONTE: “Chama Crística” – Ramatis –
psicografia de Norberto Peixoto – Editora Conhecimento