Ao longo do tempo, inserido no processo de aculturação sob o crivo do clero eclesiástico católico, que tinha o poder de vida e morte até sobre os nobres coloniais, foram se adaptando no imaginário coletivo os nomes atribuídos a EXU, que não condizem com a realidade do sentido original de ESHU da cosmogonia nagô. Com o devido respeito a todas as denominações que são utilizadas nas diversas Tronqueiras existentes na Umbanda, infelizmente ainda ESHU é visto com a figura do “diabo” medieval da igreja e mostrado em imagens desta forma. É chegada a hora, na Umbanda do século XXI, de revermos certos nomes e aparências de gesso que estão cristalizadas no imaginário popular, sem fundamentos com a essência magística de EXU, que se mostram ameaçadores e objetivam só causar temor as pessoas desavisadas ainda presas nos conceitos punitivos de um “inferno” de labaredas eternas. EXU é o Senhor dos Caminhos, da Felicidade, Mensageiro Divino, o Senhor da Realização, o Senhor do Poder de Movimento, enfim, o Senhor da Realização Pessoal e Vigia e Executor dos Destinos – Odus. LAROYÊ EXU!!! Nosso respeito. NORBERTO PEIXOTO.