Respeito e amor desperta a grande Mãe Yemanjá em cada um de nós, a percepção de que podemos gerar "vida" e de que somos cocriadores com Deus.
O que "criamos" no Reino do Orixá?
Como em todo fim de ano, nos últimos momentos, em todo o mundo e como não poderia deixar de ser, a maior expectativa foi pela contagem regressiva.
Comemorou-se o fim de um
ciclo, como se quiséssemos fechar com “chave de ouro” os doze meses vividos por
nós.
Vale tudo para acreditar
que algo mudará... Pulamos as sete ondas e fizemos os pedidos, pedidos estes
que continuam a alimentar o lúdico, o sobrenatural, o mágico, como se estes
rituais fossem levar de nós para sempre nossas falhas.
Quantas flores e perfumes foram jogados ao mar para enfeitar Yemanjá no desejo sincero de que este Orixá
nos oferte de volta a realização de nossos sonhos mais especiais?
Quantas velas foram acesas
nas areias das praias com milhares de pedidos despejados no ar? Pedidos de
proteção, de um bom emprego, de um novo amor ou do retorno do antigo, quantos?
Ok! Saltamos por cima
das sete ondas, acendemos as velas na praia, cantamos e dançamos,
tomamos a meia noite o banho de mar, ofertamos para Yemanjá os mimos em
troca da proteção, vestimos o branco, o amarelo, o vermelho, o dourado e
usamos a peça íntima de acordo com o desejo, para o novo ou para o velho
amor. Mas e onde em nós guardamos espaço para a vontade mental? Onde
guardamos em nós o espaço para a fé inteligente e para o “mãos a obra”?