Pergunta – Mediunidade é uma provação purgatória, uma punição retificativa para espíritos faltosos com a Lei Divina?
PAI VELHO – Cremos que mediunidade não é uma provação como se o espírito estivesse no purgatório católico. Também não pode ser uma punição. Em verdade é uma bênção, uma dádiva divina, uma concessão dos Regentes do Carma ao espírito faltante com a Lei Maior para que possa durante a sua reencarnação ser impulsionando novamente à evolução.
Jesus dizia “quando jejuares, lava o rosto e unge a cabeça”, sinalizando a postura do homem crístico. Assim, jejua – mas não desfigura o teu rosto se rendendo ao vazio do estômago rebelde. O espírito sensibilizado para ser médium é como o discípulo em jejum, devendo aprender a dominar seus instintos primários para o seu próprio equilíbrio, com suavidade, sem fanatismo ou servilismo, dominado a si mesmo. Inicialmente a mediunidade é um dever compulsório, um fardo pesado, mas aos poucos se torna um querer e viver espontâneo para o indivíduo que a educa e a exercita regularmente nas tarefas que se lhe são pertinentes. Mediunidade se bem educada, é um eficiente recurso facultado pela Lei Cósmica, para resgatar carmas, movimentar positivamente a roldana da evolução espiritual e harmonizar o ser com suas raízes ancestrais. Devemos superar a velha ilusão atávica que ser bom cidadão e medianeiro cristão seja necessariamente “ser sofredor”. Lembremos que também os Guias Espirituais que acompanham o médium estão em processo evolutivo e o apoiarão. Dizia o grande apóstolo de Jesus, Paulo de Tarso: “ eu transbordo de júbilo no meio de todas as minhas tribulações”, pois mediunidade com Jesus é o caminho: “meu jugo é suave e meu peso é leve”.