A negligência do homem para consigo mesmo aumenta, porquanto, à medida que se torna mais
científico e erudito, parece desinteressar-se cada vez mais da sua própria
ventura espiritual! O homem do século...(atual), apesar de excessivamente
“intelectualizado”, vive mais em função das razões ou das sugestões do mundo
exterior em vez de auscultar as suas próprias necessidades, preferindo seguir a
obcecação da maioria, mesmo que isso lhe seja pernicioso.
Mesmo quanto às necessidades mais comuns, ele se submete a essa força sugestiva, seja a da moda feminina, a das inovações, sem importância fundamental, a das tolices e trivialidades que todos os dias o rádio, as revistas e anúncios incutem no cérebro dos seres terrícolas, fazendo-os trocar, comprar ou preferir produtos e coisas de que não necessitam. A propaganda moderna é feita por hábeis e manhosos psicólogos, bastante experimentados no tocante às reações humanas; eles se utilizam de recursos hipnóticos e persistentes, expondo ou anunciando os seus produtos de forma fascinante e agradável!
Mesmo quanto às necessidades mais comuns, ele se submete a essa força sugestiva, seja a da moda feminina, a das inovações, sem importância fundamental, a das tolices e trivialidades que todos os dias o rádio, as revistas e anúncios incutem no cérebro dos seres terrícolas, fazendo-os trocar, comprar ou preferir produtos e coisas de que não necessitam. A propaganda moderna é feita por hábeis e manhosos psicólogos, bastante experimentados no tocante às reações humanas; eles se utilizam de recursos hipnóticos e persistentes, expondo ou anunciando os seus produtos de forma fascinante e agradável!
E assim, à mais inofensiva
dor de cabeça ou impaciência nervosa, associais logo à mente o nome de um
produto que a inteligente propaganda soube pôr em evidência no momento. De tal
modo atuam sobre vós o rádio, o jornal, a revista e o cinema, que viveis em
função dessa fascinação imposta pelo mundo do comércio e da indústria para
impingir os seus produtos, agindo de modo astucioso; então já não escolheis as
coisas; elas é que vos hipnotizam e se impõem a vós como imprescindíveis! O
mesmo se dá através dos efeitos sugestivos da hábil propaganda do cigarro,
efetuada pelas grandes indústrias tabagistas. Elas aliciam opiniões de
cientistas, de homens célebres ou de artistas de cinema famosos, estampando
seus retratos em cromos luxuosos, cartazes brilhantes e coloridos, onde os
dísticos mais poéticos e as frases mais sugestivas destacam a delícia e a
fidalguia de fumar! Os próprios homens que não fumam sentem-se atraídos por tão
habilidosa propaganda, muitas vezes deixando-se fascinar pelas frases que
elevam o cigarro à categoria de uma distinção imprescindível no meio social.
Mais tarde, quando o indivíduo se torna fumante inveterado, já não mais precisa
da propaganda sugestiva para fumar e, extremamente viciado, chega a perder a
noção de civilidade humana em quase toda parte; ele olvida que nos veículos e
nos salões de divertimentos o fumo pode intoxicar, repugnar ou irritar a
muitos. Esquece de que, mesmo em outros lugares de reunião, pode ser detestável
ao próximo o odor do cigarro de palha, o cheiro forte do charuto ou o do sarro
do cachimbo. Alguns indivíduos fumam até nos salões dos restaurantes, à hora
das refeições; outros atingem com a fumaça o rosto dos companheiros nas
“filas” dos transportes, pouco se importando com os protestos silenciosos de
suas infelizes vítimas! Embora se conclame a fidalguia do cigarro, não é raro o
fato de um fumante queimar a roupa do seu companheiro de viagem, causando-lhe
por vezes enorme prejuízo!
- do livro FISIOLOGIA DA ALMA