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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

"O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito"



Jesus sempre particularizou-se no fato de que o corpo carnal, embora transitório, é o instrumento indispensável e valioso para o espírito lograr a sua manifestação positiva e coerente no ambiente físico. Lembra algo do violinista, que usa o violino para expressar o seu talento musical, sem que, por isso, ele seja o próprio violino. O homem carnal não é a entidade definitiva, porém a personalidade humana modelada na sua configuração física. É tão-somente um instrumento de expressão, trabalho e aprendizado do espírito eterno. Enfim, é a materialização do acervo constituído pelo perispírito preexistente e sobrevivente à organização de carne. O corpo humano, estruturado pelos elementos substanciais do mundo e vitalizados pela presença pródiga da água, é um produto ou vestimenta transitória modelada na face do orbe que serve ao espírito, mas não é a sua identidade sideral definitiva. Assim, o que é nascido da carne é carne, isto é, o corpo físico limitado e transitório, no tempo e no espaço, enquanto a real identidade do ser é, em verdade, o nascido do Espírito.

       O espírito eterno e imutável jamais abandona o seu mundo espiritual. Em verdade, ele se manifesta através de um corpo modelado pela sua própria configuração perispiritual milenária e original. Enfim, materializa-se pela aglutinação de átomos, moléculas e substâncias, que são herdadas da ancestralidade biológica da família onde deve se encarnar.
            Em cada existência carnal, o perispírito focaliza-se no cenário do mundo material sob a estrutura anatomofisiológica hereditária do novo conjunto familiar de que descende. 


Ramatís - do livro O EVANGELHO À LUZ DO COSMO
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