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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Oferecendo ajuda espiritual

Para nós médiuns, um dos testes mais difíceis no dia-a-dia, fora do horário da sessão no centro, diz respeito a situações em que de repente nos vemos atuando no drama pessoal de certas pessoas (de baixa energia), um papel ao qual não nos candidatamos. Se elas costumam se queixar cronicamente, nós nos tornamos seus simpatizantes (mesmo que por educação) ou seus conselheiros, o que é pior. Há os casos em que nos atacam, com raiva, discordando das orientações recebidas, especialmente quando diante de seus pedidos enfatizamos o respeito ao livre arbítrio do próximo e o merecimento de cada um. O caldo engrossa quando indicamos que estão se colocando como vítimas e que a lamúria não leva a lugar algum. Seja qual for o jogo, estamos desperdiçando um tempo e energia valiosos com a frustração e ou a raiva do outro.
Ajudar o próximo não é sofrer junto.
Com a experiência dos anos, aprendemos uma solução simples para as pessoas sobre as quais a razão parece não exercer nenhum efeito. Afastar-se delas – sem raiva ou medo - com neutralidade.
Se você sentir-se receoso ou culpado por afastar-se, lembre-se de que ao recusar-se, sem julgamentos, a permitir que essas pessoas drenem sua energia ou o arrastem em direção ao buraco negro da vida delas, você não estará sendo covarde, esquivo ou insensível, e sim corajoso, sábio e piedoso. 
Se alguém estiver lhe causando uma frustração desnecessária, não tente lutar, evite contendas desnecessárias que só o farão perder energia vital. Simplesmente afaste-se do campo de força negativo dessa pessoa. Caso você seja obrigado a permanecer no mesmo aposento que ela em casa ou no trabalho, mesmo assim você pode erguer um escudo mental de proteção.
Sorria e não diga absolutamente nada ou declare, com calma e firmeza: "Não creio que possa falar com você neste momento." Retome então tranqüilamente suas atividades. A pessoa poderá não gostar da mensagem, mas sem dúvida a receberá. 
Não devemos ter medo de desagradar e nem tampouco precisamos ser simpáticos a todos que nos chegam. Não permita ser influenciado ou intimidado pela negatividade. Sempre podemos nos afastar.
Médiuns, procurem ter mecanismos de defesa e não fiquem "disponíveis" para as vítimas do mundo, nem tentem ajeitar a vida de todos. Defendam-se não se expondo. Mantenham-se energéticamente "blindados" e disponíveis para o trabalho mediúnico, que tem dia e horário certo para os sofredores do corpo e da alma. 
               Se Jesus não curou a todos, asseverando "vá e não peques mais", sabedor que a cura perene só é alcançada se acompanhada da reforma interior, mudando-se as atitudes e pensamentos, não temos a obrigação de ajudar a todos, mesmo porque nós no fundo também somos espíritos carentes de ajuda, sob muitos aspectos "enfermos d'alma", ao qual a mediunidade é medicamento prescrito com  dosagem na quantidade exata. Passividade mediúnica tem dia marcado, local e horários certos de início e término dos trabalhos, sob pena, em contrário, de severos efeitos colaterais.
MUITO IMPORTANTE: NÃO OFEREÇAM AJUDA ESPIRITUAL A NINGUÉM, DEIXEM QUE PEÇAM. ESTE É UM MECANISMO SIMPLES DE PROTEÇÃO E DEFESA. QUANDO VOCÊ OFERECE, ESTÁ SE EXPONDO, POIS O OUTRO PODE ESTAR ACEITANDO SÓ POR EDUCAÇÃO E COMPARECER NO ATENDIMENTO CONTRARIADO, O QUE PODERÁ TER CONSEQUÊNCIAS ENERGÉTICAS DESASTROSAS , POIS SE O ATENDIDO NÃO PERMITE PELA AUSÊNCIA DE VONTADE FAVORÁVEL - MESMO QUE DISSIMULADA - XANGÔ NÃO ESTARÁ A NOSSO FAVOR, EIS QUE O EXERCÍCIO DO LIVRE ARBÍTRIO INDIVIDUAL É SAGRADO. 

Na magia da Umbanda, encruzilhadas se fecham e abrem a todo instante. As chaves dos cadeados são o livre arbítrio e o merecimento de cada cidadão. Respeite-os e estarás com as chaves em tuas mãos e seguro mediunicamente diante da Lei Universal de Retorno.
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